02 outubro 2013

Disputa entre redes vai aumentar

A estreia do grupo Ultra como operador de drogarias, a partir da compra da Extrafarma, adicionou mais complexidade ao tabuleiro de consolidação do setor de farmácias no Brasil. Com o novo dono, a rede paraense ganha impulso para se expandir pelo país.

 A corretora Brasil Plural vê mais implicações imediatas para a Brasil Pharma, que apresenta a maior sobreposição de lojas com a Extrafarma. "Uma dos ativos mais rentáveis da Brasil Pharma, a Big Ben, pode encontrar competição com a Extrafarma, além da Pague Menos ", escreveu o analista Guilherme Assis em relatório.

 No longo prazo, a Raia Drogasil e a Profarma também podem ser afetadas. "A Ultrapar tem o potencial de explorar cerca de 10 mil pontos de venda espalhados em todo o país e pode se tornar uma grande concorrente à Raia Drogasil e à Profarma", disse Assis.

 O Espírito Santo Investment Bank considera o anúncio negativo para as redes de drogarias de capital aberto, do ponto de vista do preço das ações e da concorrência. Para o analista Richard Cathcart, o acordo reitera a previsão de que o setor de farmácias deve sofrer uma baixa na classificação.

 O grupo Ultra deve abrir lojas em seus postos de gasolina. Para o Espírito Santo Investment Bank, isso não será necessariamente simples, já que as lojas de conveniência são franqueadas, mas o acordo abre um grande número de bons locais para farmácias no país. "Conveniência é um motor importante de escolha na drogaria, e nós achamos que postos de gasolina fornecem boa conveniência", diz Cathcart. Valor Econômico | Autor: Marina Falcão
Fonte: tudofarma 02/10/2013 

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Momento favorece consolidação, diz Abrafarma 

O presidente da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), Sergio Mena Barreto, avaliou que o momento do setor de varejo farmacêutico ainda é favorável à consolidação.

 O negócio entre Ultrapar e a rede do Norte e Nordeste Extrafarma traz uma mudança significativa no cenário, disse ele. Para Barreto, o negócio é mais um marco no processo que levou à formação de grandes grupos como Raia Drogasil, DPSP (São Paulo e Pacheco) e Brasil Pharma. Essa onda de uniões fez com que, no início do ano, a rede americana CVS Caremark chegasse ao Brasil, por meio da compra da Onofre. Para ele, o momento traz pressão para redes pequenas e médias, o que pode estimulá-las a buscar investidores.  Autor: Dayanne Sousa |  O Estado de S.Paulo
Fonte: Tudofarma 02/10/2013

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Farmácia gera receita, margem e atrai investidores 

A entrada do grupo Ultra no mercado de varejo de farmácias - a um preço aparentemente comportado de 13 vezes o Ebitda da Extrafarma - pode chamar a atenção por parecer inusitada. Mas, pensando bem, quem que não quer investir nesse segmento no Brasil?

 O segmento funciona, basicamente, como um relógio. Conforme balanços de empresas abertas e fechadas disponíveis no Valor PRO, as margens brutas oscilam pouco abaixo de 30%, a margem Ebitda fica em torno de 7% e a operacional, próxima de 3% - mas de forma consistente.

 A combinação de crescimento acelerado - motivado pelo aumento da renda e pelo envelhecimento da população - com pulverização ainda grande do mercado são os principais ingredientes que atraem os investidores.

 De acordo com a Abrafarma, as cinco maiores redes de farmácias do país reuniram apenas 29% da receita do setor em 2012. Há muito espaço para consolidação.

 As redes tradicionais do setor redobraram a aposta ao se unir com antigas rivais, como ocorreu no fim de 2011 com a fusão de Raia e Drogasil - que formaram a maior empresa do país por faturamento - e foi seguida logo depois pela junção das operações de Drogaria São Paulo e Pacheco, que ocupam a segunda posição.

 No início de 2013, a atacadista de medicamentos Profarma, que se via espremida entre laboratórios e varejo, decidiu seguir o exemplo da Dimed, dona da rede Panvel, e verticalizou a operação com a compra de três redes.

 Em fevereiro, foi a vez de a gigante americana CVS fechar a aquisição da Onofre, numa transação avaliada em R$ 830 milhões, equivalentes a salgadas 25 vezes o Ebitda da adquirida.

 Antes disso, supermercados como Pão de Açúcar e Carrefour também já vinham apostando as fichas ao instalar farmácias em suas lojas. E o BTG Pactual fez sua investida em 2011, ao formar a Brazil Pharma a partir de redes locais.

 O Ultra, o novo concorrente, deve disputar mercado, de início, com Pague Menos e Brazil Pharma, ambas com cerca de 380 lojas no Norte e Nordeste. Valor Econômico | Autor: Fernando Torres
Fonte: Valor Econômico Autor: Fernando Torres
Fonte: tudofarma 01/10/2013
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02 outubro 2013



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