10 outubro 2011

Segundo pesquisa, 37% das empresas preveem aquisições no Brasil

Percentual é maior que o registrado em abril, quando 29% esperavam concluir aquisições, diz Ernst & Young

Apesar da turbulência na economia mundial, 37% das empresas esperam concluir uma aquisição no Brasil no próximo ano, segundo pesquisa feita pela Ernst & Young. O percentual é superior ao registrado no último levantamento, feito em abril, que mostrava que 29% dos entrevistados previam fechar alguma compra no ano.

“No Brasil, mesmo que grande parte do mundo esteja preocupada com a volatilidade dos mercados, as companhias estão focadas no crescimento, com um total de 71% delas esperando crescer nos próximos 12 anos”, afirmou em nota Rogerio Villa, sócio-líder de Transações da Ernst & Young Terco.

“Enquanto a maior parte do crescimento deve ser orgânico, nós esperamos um aumento em transações, na medida em que mais de um terço das companhias planeja realizar aquisições.”

Entre os líderes de companhias globais, a pesquisa revela que 41% das empresas preveem alguma aquisição para os próximos 12 meses. Na avaliação da Ernst & Young, "demonstrações financeiras mais sólidas e um foco maior na adequação operacional reforçam o contínuo apetite por fusões e aquisições entre as empresas de grande porte".

Outro fator que contribui para o movimento é a "grande apreciação em torno do preço dos ativos, incentivando os vendedores a irem a mercado". De acordo com a pesquisa, 57% dos entrevistados espera que a avaliação dos ativos se mantenha pelos próximos 12 meses.

Isso amplia em 30% o número de potenciais vendedores na comparação com seis meses atrás – hoje, 26% dos entrevistados consideram a hipótese de serem alvo de aquisição no próximo ano.

A pesquisa também mostra que quase metade dos entrevistados no mundo está focada em crescer nos próximos 12 meses. Dessas empresas, apenas 7% está focada em crescer para sobrevivência - o menor nível desde o início do levantamento, em 2009.

No Brasil, quase todas as empresas mostram crescimento ou estão estáveis, sendo que apenas 1% delas foca em sobreviver.

Pip McCrostie, vice-líder global de Transações da Ernst & Young, afirmou em nota que existe um "novo paradigma" no setor.
“Atualmente, companhias líderes de mercado descartam fazer parte das crises do mercado e focam em crescimento e M&A (fusões e aquisições, na sigla em inglês). Para elas, não se trata de um novo 2008. Essas companhias têm passado os três últimos anos reduzindo os riscos financeiros de suas demonstrações e adotando duras medidas de eficiência necessárias para o fortalecimento de suas posições, o que as habilita à gestão em tempos de volatilidade”, completa.

Confiança em alta

A crise econômica mundial preocupa, mas muitas companhias líderes de mercado estão surpreendemente otimistas sobre suas economias nacionais e sobre o crescimento global no longo prazo.

Mesmo em meio à diminuição do crescimento nos Estados Unidos, seguida do rebaixamento da nota de crédito do país e a intensificação da crise da dívida na zona do euro, 63% dos entrevistados disseram acreditar que a economia global está, ao menos, estável.

A confiança está particularmente alta em setores como energia, petróleo e gás, metais e mineração.
Fonte:iG10/10/2011

10 outubro 2011



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