O investimento direto da China no exterior mudou sua direção da América do Norte para a Europa nos primeiros seis meses deste ano, indicou nesta segunda-feira (16) uma pesquisa divulgada pelo escritório de advocacia global Baker McKenzie e fornecedor de pesquisa independente Rhodium Group.
O valor de fusões e aquisições chinesas recém-anunciadas na Europa totalizou US$ 22 bilhões, bem maior que os US$ 2,5 bilhões na América do Norte.O total dos investimentos chineses foi cinco vezes maior na Europa que na América do Norte, indicou o relatório.
“Os obstáculos regulatórios permanecem mais baixos, as relações políticas mais previsíveis e a Europa oferece uma grande base para ativos de alta tecnologia industriais, que é uma boa combinação com as prioridades de investimento ao exterior dos reguladores chineses”, disse Thilo Hanemann, diretor da prática de investimento transfronteiriço do Rhodium Group.
Globalmente, o valor semestral das atividades de fusões e aquisições globais recém-anunciadas pelas empresas continentais chinesas somou US$ 50 bilhões, 32% a menos em relação ao segundo semestre de 2017, mas ainda significativamente acima da média de seis meses registrada entre 2013 e 2015.
A Suécia foi o maior destino europeu dos investimentos chineses no primeiro semestre deste ano, seguida pelo Reino Unido, Alemanha e França.
A composição industrial de investimentos chineses também mudou durante este período tanto na Europa como na América do Norte, indicou o relatório.
Os setores da “economia real” como automóveis, saúde e biotecnologia, e produtos e serviços de consumo se tornaram os maiores beneficiários do investimento direto estrangeiro ao exterior em ambas as regiões. Os setores de bens imobiliários e hospitalidade perderam o melhor lugar mas ainda se mantêm amplamente atrativos ao capital chinês.
“A China desempenha um papel vital na propulsão da economia global e é claro que o investimento no exterior está continuando a um ritmo sustentável, mesmo que o mix geográfico esteja mudando”, disse Danian Zhang, representante-chefe do escritório de Shanghai do Baker McKenzie. (*) Com informações da Agência Xinhua Leia mais em comex 17/07/2018
18 julho 2018
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quarta-feira, julho 18, 2018
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Ruy Moura
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