23 novembro 2015

As pechinchas da Lava Jato

Estão avançadas as negociações do grupo OAS para a venda de sua participação na Invepar para a companhia canadense de investimentos Brookfíeld. A transação não é nenhuma surpresa para quem acompanha a movimentação das grandes empreiteiras que tiveram os seus nomes envolvidos na Operação Lava Jato. Com uma dívida que já chega aos R$ 11 bilhões, a sua fatia de 24,4% na Invepar, que tem participação no Aeroporto de Guarulhos (SP) e no Metrô Rio, pode trazer um alívio de R$ 1,3 bilhão à OAS. Fundado em Salvador, o grupo, assim como o pernambucano Queiroz Galvão, pediu recuperação judicia], no primeiro semestre deste ano.

O processo envolve nove empresas da OAS, deixando de fora outras nove companhias.

E, para recolocar as contas em dia, o plano de recuperação incluiu colocar à venda seis delas. A estratégia de sair oferecendo as suas operações no mercado não é exclusividade do grupo, dentre as A6.

envolvidas nas investigações da Operação Lava Jato. Com isso, uma série de pechinchas está disponível aos investidores. Os grupos controladores das empreiteiras envolvidas nas denúncias de corrupção na Petrobras e Eletrobrás se viram obrigados a negociar ativos, como forma de pagar as dívidas e se manter operando enquanto possuem pagamentos congelados, não conseguem financiamento e são impedidas de fechar novos contratos.

A UTC, do empresário Ricardo Pessoa, busca compradores para a sua fatia de 23% no Aeroporto de Viracopos.

PACOTÃO: a OAS colocou à venda sua participação em seis empresas, incluindo na Arena Fonte Nova, em Salvador em Campinas, que é estimada entre RS 500 milhões e RS 700 milhões. Os bancos credores Itaú Unibanco, Santander e Bradesco estariam intermediando as negociações, com o objetivo de fecharem algum acordo até o início de 2016.

Outros aeroportos já encontraram novos donos. Em maio, a Engevix vendeu sua participação nos aeroportos de Brasília e São Gonçalo do Amarante, de Natal, à holding argentina Corporación América, que era sua sócia nos empreendimentos.

"Com o dólar valorizado e a necessidade de venda por falta de liquidez, os preços desses ativos estão atraentes para os investidores estrangeiros", diz Maurício Endo, sócio da KPMG (leia artigo sobre essas oportunidades na pág. 48).

Há diversas operações atraentes. Em outubro, a Alpargatas anunciou que a sua controladora, a Camargo Corrêa, analisa propostas de venda de sua participação de 44%. A empreiteira também admite negociar parte das ações de sua divisão de cimentos InterCiment. Há ainda rumores, negados pela empresa, quanto às participações relevantes que possui na empresa de energia CPFL e na concessionária de infraestrutura CCR.  IstoÉ Dinheiro  Leia mais em portal.newsnet 23/11/2015

23 novembro 2015



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