O crescimento do interesse das pequenas e médias empresas (PMEs) pelo uso da tecnologia da informação (TI) vem ganhando força nos últimos anos. A limitação de orçamento de TI dessas companhias, no entanto, ainda é um dos principais desafios para que os fornecedores consigam transformar essa demanda potencial em investimentos efetivos.
Esse cenário é a grande aposta do Banco IBM - braço financeiro da IBM no Brasil - para impulsionar seus negócios. O banco é a unidade local da IBM Global Financing (IGF), que oferece financiamentos para incentivar a aquisição de equipamentos, sistemas e serviços da IBM e de seus parceiros de negócios. Recentemente, a IGF anunciou que vai destinar US$ 1 bilhão para estimular os projetos de TI das PMEs em todo o mundo.
"As PMEs buscam novas tecnologias, mas existe uma série de custos associados a esse processo", diz Antônio Rascão, executivo que acaba de assumir a presidência do Banco IBM no Brasil. Até então, ele atuava como gerente geral da IGF para a América Latina, cargo que acumulará com a nova função.
Diante da cifra anunciada pela IGF, Rascão explica que não há um valor específico reservado ao Brasil. No entanto, ele diz acreditar que o país responderá por uma boa parcela desses recursos. Como parte dessa expectativa, o executivo cita uma pesquisa da IBM feita no início de 2011. Segundo o estudo, 81% das PMEs brasileiras pretendiam ampliar seus investimentos em TI neste ano. "Ao contrário de países mais maduros, os investimentos das PMEs por aqui ainda estão muito restritos aos equipamentos, o que abre todo um campo de oportunidades para nós", afirma.
O Brasil já é o segundo país na operação da IGF em volume de financiamentos para PMEs, atrás apenas dos Estados Unidos. Atualmente, esse segmento de empresas representa 26% dos ativos financiados pelo Banco IBM no país - o foco é dirigido a projetos de no mínimo R$ 10 mil.
Para atender ao avanço da demanda, o banco decidiu investir em uma abordagem menos burocratizada. Mais do que taxas agressivas, a aposta está em um sistema on-line, que é usado pelas 1,7 mil revendas da IBM em todo o país. A ideia é acelerar a aprovação do crédito, com o processo realizado diretamente na ponta por esses canais e distribuidores, por meio de contratos padronizados.
"Para essas empresas, o trâmite tem que ser tão simples como comprar uma roupa no shopping. Se você não tiver uma resposta completa e rápida, eles compram na loja ao lado", observa Rascão, que aponta os segmentos de varejo e serviços como os mais promissores desse universo no país.
Em relação às ofertas disponíveis, o Banco IBM trabalha com os modelos de financiamento tradicional e de leasing, com ou sem valor residual. Ao fim dos prazos estabelecidos nos contratos, os clientes têm a opção de comprar o bem em questão por seu valor de mercado na época ou devolvê-lo à IBM.
Outra estratégia adotada é a descentralização das operações. O plano é sair do eixo Rio-São Paulo-Brasília e ter presença direta ou por meio de revendas em outras 35 cidades até o fim do ano. Rascão diz que o mercado de TI ainda se preocupa muito com as capitais. "Essa visão é prejudicial, especialmente no plano das PMEs. Queremos ter vendedores locais, com o sotaque dessas regiões. Esse é um dos nossos desafios", observa. Por Moacir Drska
Fonte:Valor13/10/2011
13 outubro 2011
Projetos de pequenas e médias empresas são alvo do Banco IBM
quinta-feira, outubro 13, 2011
Consolidação, Investimentos, Plano de Negócio, Tese Investimento, TI, Transações MA
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Ruy Moura
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