A economia que emerge da experiência de isolamento social, chamada de “low touch economy”, une tecnologia e distanciamento físico, e será o “novo normal” daqui para frente.
No setor de saúde, essa necessidade de digitalização se mostrou ainda mais urgente e está obrigando as empresas brasileiras que atuam neste mercado a correr. A crise gerada pela pandemia já derrubou três mitos do setor.
O primeiro deles é que a relação médico-paciente precisa ser presencial. Durante mais de uma década a regulamentação sobre telemedicina no Brasil foi debatida. Com a covid-19 – e o medo de superlotação em pronto-socorros e hospitais – essa modalidade foi autorizada, a princípio enquanto durar a pandemia. Mas esse é um caminho sem volta. Num país do tamanho do Brasil e todas as suas dificuldades de deslocamento, telemedicina significa acesso à saúde. É uma conveniência para o paciente e também para os médicos.
Em março, colocamos no ar uma plataforma digital para conectar médicos e pacientes, o Cuidar Digital. Em um mês somamos quase 2.000 médicos inscritos, vindos de 24 estados (muitos deles onde sequer estamos fisicamente presentes). A cada dia recebemos em média 100 pedidos de médicos que querem aderir à plataforma.
Recentemente estive em Israel para conhecer empresas que estão inovando no setor. Uma das que me chamou a atenção foi a TytoCare. Essa startup envia para a casa dos pacientes um aparelho que, conectado a seu aplicativo de telemedicina, permite que um médico faça exames para identificar doenças comuns como resfriados, dores de ouvido ou alergias. Tudo à distância. Não é à toa que mesmo com a recente queda nas bolsas de valores em todo o mundo, semanas atrás a empresa recebeu um aporte de US$ 50 milhões de fundos de investimento.
O segundo mito que está caindo é que os idosos não se adaptam a novas tecnologias. Dias atrás uma pessoa próxima me contou que, numa sessão de Skype com sua mãe, de 72 anos, a senhora contou que havia passado a manhã “ouvindo a live do Roberto Carlos no Spotify”.
Por conta do isolamento social, muitos idosos estão incorporando ao seu vocabulário palavras como live, Whatsapp e Skype. É um público que já percebeu que a vida online é prática, cômoda e segura – e vai intensificar sua presença nesse novo mundo.
Na Campana Até Você, nossa bandeira 100% digital, que iniciou suas operações há pouco mais de um mês, mais de 80% dos clientes atendidos até agora têm 60 anos ou mais. Tudo – do agendamento ao acompanhamento de resultados de exames – é feito por aplicativo. Os exames são realizados na casa do paciente. Detalhe: a marca não tem nenhuma unidade física de atendimento.''... Leia mais em Brazil Journal 17/05/2020
19 maio 2020
Três mitos da saúde que a pandemia derrubou
terça-feira, maio 19, 2020
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Ruy Moura
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