16 março 2015

GE vende divisão financeira na Austrália por US$ 6,26 bi

A GE Capital, braço financeiro da General Electric Co., irá vender a sua divisão de serviços voltados ao consumidor na Austrália e Nova Zelândia.

Esta é uma das maiores aquisições na região da Ásia e Pacífico do ano, fechada por 8,2 bilhões de dólares australianos, ou US$ 6,26 bilhões, feita pelo grupo de investidores o Deutsche Bank e firmas de private equity como Värde Partners e Kohlberg Kravis Roberts.

A divisão voltada ao consumidor tem mais de três milhões de contas e oferece empréstimos pessoais, cartões de crédito e financiamento para parceiros no varejo. A GE Capital irá manter a unidade voltada a empresas de tamanho médio.

“Estamos satisfeitos de ter assinado esse acordo com um consórcio de negócios bem respeitado”, disse Duncan Berry, diretor executivo da GE Capital na Austrália e Nova Zelândia em um comunicado. “Finanças para o consumidor são um ótimo negócio para a GE, que está bem posicionado para um maior crescimento”.

O grupo de investidores detém a firma Värde Partners, que também oferece empréstimos em seus escritórios em Minneapolis, Londres e Singapura.

Reduzir os riscos

A GE está vendendo seus negócios financeiros voltados ao consumidor, como parte de um esforço para reduzir sua presença em serviços bancários. Estes, reunidos na GE Capital, trouxeram grandes prejuízos na crise de 2008, pela sua exposição aos mercados de crédito.

A empresa é pressionada por investidores para se focar em operações industriais, como turbinas de geração de energia e motores para jatos, suas unidades mais lucrativas.

O presidente-executivo da GE, Jeff Immelt, afirmou no ano passado que quer focar a companhia ainda mais na fabricação de grandes bens industriais, conforme reduz a dependência do grupo em relação à unidade financeira GE Capital.

Por isso, o conglomerado tem vendido bilhões de dólares em ativos em negócios para consumidores no Japão, Turquia, Europa oriental e Reino Unido nos últimos anos.

Ano passado, vendeu sua divisão de cartões de crédito na América do Norte, que incluía cartões para a GAP e Amazon.com. Além disso, realizou um IPO dos seus negócios voltados ao varejo, agora conhecido como Synchrony Financial.

Também se desfez os ativos de serviços financeiros da região nórdica ao Banco Santander, por cerca de 700 milhões de euros. Karin Salomão, Leia mais em EXAME 16/03/2015

16 março 2015



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