18 outubro 2019

Esta é a receita para ter uma startup de sucesso, segundo fundador do Waze

Para Uri Levine, empreendedores precisam se apaixonar pelo problema e não pela solução. Empreendedor e investidor participou do IT Forum X

Criar uma startup é como se apaixonar, diz Uri Levine, empreendedor serial e fundador do Waze. Para o israelense, que soma 13 startups em seu currículo, seja como fundador ou como investidor, o olhar romântico precisa ser, essencialmente, direcionado ao problema que empreendedores estão dispostos a resolver.

E ressalta: “você precisa se apaixonar pelo problema e não pela solução”, aconselha durante a palestra de abertura da 7ª edição do IT Forum X, evento realizado pela IT Mídia e que acontece nesta quinta-feira (17), em São Paulo.

Entretanto, o empreendedor lembra que há uma grande distância a percorrer entre o problema e a solução. E a jornada, diz ele, será invariavelmente pontuada por erros. “Essa talvez seja a maior compreensão. Se você tiver medo de falhar, você já está falhando. Construir uma startup é isso. Você precisa fazer mais experimentos para ter sucesso”, complementa. Levine também não se esquiva de salientar o que se tornou o discurso uníssono no mundo empreendedor: “Erre rápido”. E, claro, se levante rápido.

Jornada da startup
Era 2013, quando o Google comprou o Waze por US$ 1,1 bilhão. Naquela época, era o aplicativo mais caro que o Google já havia comprado. O app de navegação para carros se tornou um dos mais populares do setor e, em 2018, atingiu 110 milhões de usuários ativos. Levine acredita que o sucesso do Waze se dá por resolver uma dor latente de seus usuários nos grandes centros: como chegar de um ponto a outro da melhor forma possível? Mas segundo ele, a grande sacada do Waze foi focar em apenas um recurso para resolver o problema. “Você só precisa se ater a um recurso que funcione e trabalhar até encontrar uma solução para ele”, diz.

Olhando para suas startups, Levine afirma ter encontrado uma espécie de receita ou mapa para atingir o sucesso:

  • Encontre um problema que você queira resolver e se atenha a ele;
  • Ouça os usuários em potencial que sofrem com esse problema;
  • Busque a solução somente após ouvir seus potenciais usuários

“Converse com as pessoas que vivenciam este problema. São elas que vão te dar a resposta. Se você construir uma solução que ninguém se importa, você não terá sucesso. Será frustrante”, pontua.

Levine também destaca que startups precisam encontrar a “adesão do mercado”. Startups que não descobriram o market fit, vocês não ouviram sobre elas. Sabe por que? Porque elas simplesmente morreram. Até mesmo para Microsoft foi difícil. Eles levaram anos até descobrirem que precisavam construir um software e não computadores”, alerta.

Indagado por Romero Rodrigues, sócio Redpoint eventures, sobre o que busca em um empreendimento para investir, Levine retoma o que diz ser seu propósito. “Eu sempre olho para o problema. Se o problema não for grande e interessante, eu não vou me importar. Se não criar valor para o mundo, eu não me importarei”, conta.

Ao mesmo tempo, ele diz que é importante olhar sempre para o líder e CEO da startup. “Eu vou ver que tipo de comportamentos ele têm. Quero ver alguém persistente, alguém capaz de tomar duras decisões, que lidere, um cara que o time está disposto a seguir. Isso é crítico”, conclu... Leia mais em Computerworld 18/10/2019


18 outubro 2019



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