31 outubro 2019

Ivan Sant’Anna: IPO, chegou a sua vez

Caro leitor, Antes de mais nada, uma questão gramatical, de gênero. A maioria dos comentaristas trata a sigla IPO como sendo masculina: o IPO. Só que Initial Public Offering significa Oferta Pública Inicial e a concordância de gênero, mesmo se tratando de um termo em inglês, deve ser feita com a palavra Oferta. Por isso, sempre escrevo “a IPO” e não “o IPO”.

Fiz isso ao longo de todo o texto de meu livro Projeto Maratona (Editora Cultura, 2009), que trata do lançamento das ações da BM&F.

Mas vamos aos fatos. Aconselho o caro amigo leitor que, a partir de agora, concentre suas atenções nas IPOs que surgirão no Brasil.

A explicação é simples: com a aprovação da reforma da Previdência, e o início de uma série de privatizações, isso num ambiente de taxas de juros reais tendendo para zero e até para negativas, a lógica é que o dinheiro flua para o mercado de ações. Melhor renda variável do que perda fixa.

Como se os argumentos acima não bastassem, o dinheiro dos gringos, que andou caindo fora daqui, está começando a retornar.

É preciso levar em conta que no Brasil as aplicações em cadernetas de poupança, títulos e fundos de renda fixa, CDBs, Tesouro Direto, etc, superam, em muito, os valores investidos em ações.

Para que as cotações da Bolsa não atinjam valores irreais (estou me referindo à relação preço/lucro), será necessário que novos papéis entrem no mercado. Caso contrário, o atual bull market poderá exagerar e terminar em crash.

É bom alertar que a cada três IPOs, aproximadamente dois já chegam por preços muito altos ao mercado, tantos são os ganhos auferidos pelas instituições envolvidas no lançamento. Não raro, há muita gatunagem no processo.

Por outro lado, boa parte das grandes tacadas propiciadas pelas bolsas de valores em todo o mundo nasce numa IPO.

Escolhi um exemplo bem emblemático. Nos Estados Unidos, a empresa Beyond Meat, produtora de “carne” vegana, lançada em 1º de maio de 2019, portanto há apenas 6 meses, rendeu para seus felizardos compradores 542%.

Aqui no Brasil, o mercado andou meio carente de IPOs. Mas, com a Bolsa subindo desde o início do ano, e dando sinais claros de que a alta irá prosseguir, chegou a vez de surgirem grandes oportunidades.

Nas IPOs. Ou, vá lá, nos IPOs – a gramática aqui é o de menos –, o que vale é a velha aritmética. Comprou a R$ 10,00, vendeu a R$ 20,00, ganhou 100%. As simple as that...Por Ivan Sant’Anna:   Leia mais em r7 31/10/2019

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31 outubro 2019



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