19 fevereiro 2016

SAP compra BI mobile Roambi

A SAP vai comprar a Roambi, uma companhia americana especializada em soluções de business intelligence com foco em visualização em dispositivos móveis.

Não foram abertos valores. Em nota, a SAP diz que o objetivo é oferecer recursos de análise de dados para profissionais trabalhando remotos ou viajando.

Além da sua aplicação de visualização de dados, a Roambi também tem ferramentas de data discovery e de criação de publicações ricas baseadas em dados.

A Roambi foi uma das pioneiras em aplicativos corporativos, lançando seu primeiro aplicativo antes mesmo da criação da AppStore e da liberação do primeiro SDK do iOS em 2008.
Hoje, o Roambi é usado por 20% das empresas na lista da Fortune 500, incluindo nomes como Siemens, ABB e Telstra. No Brasil, a lista ainda é pequena, mas inclui organizações como Globo, Gol e Vale.

O app foi desenvolvido para oferecer uma melhor visualização de dados em dispositivos móveis, buscando informação em repositórios como planilhas de Excel, bancos de dados e softwares de BI e CRM, entre outros.

Pelas suas características, o Roambi é um competidor para produtos como Qlikview, Yellowfin e Tableau. A diferença é que ele é nativo mobile e não um produto portado para a nova plataforma.
Agora, com o peso da SAP por trás, o produto pode ganhar mais mercado, algo que a gigante alemã não deixou de anunciar aos seus novos concorrentes:

“Queremos entregar analytics all in one para todo mundo, na nuvem e on premise, de forma ubícua e em tempo real. Algo que os players de nicho na área não conseguem”, afirma Steve Lucas, presidente da área de plataforma digital empresarial da SAP.

A SAP entrou forte no mundo do BI em 2007, adquirindo a Business Objects por US$ 6,8 bilhões. A época foi marcada por uma febre de aquisições na área com a Oracle levando a Hyperion e IBM  a Cognos.

No entanto, nesse meio tempo emergiram com força tendências como mobilidade e big data, além de uma nova safra de players que enfatizava implementações rápidas, muitas vezes departamentais, frente a abordagem mais complexa e corporativa das companhias originais de BI.
Fundada nos anos 90 na Suécia, a Qlik abriu capital em 2010 nos Estados Unidos e é um player consolidado, com faturamento de US$ 556,8 milhões em 2014, uma alta de 14% frente ao ano anterior.

A Tableau vem chegando perto, crescendo 78% em 2014, para atingir US$ 412,6 milhões.
A MicroStrategy, que antes da onda de aquisições competia no mercado com Cognos, Business Objects e Hyperion, e ainda publica resultados individuais,  faturou US$ 576 milhões, um resultado estagnado desde 2011. Maurício Renner // Leia mais em ebaguete 19/02/2016 

19 fevereiro 2016



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