20 abril 2015

Raytheon vai comprar empresa de segurança cibernética

Raytheon: o negócio da Websense vai adicionar mais de 20 mil clientes comerciais à carteira predominantemente de governo da empresa

A fabricante norte-americana de armas Raytheon está comprando a provedora de segurança de rede Websense da empresa de private equity Vista Equity, num acordo de 1,9 bilhão de dólares, o mais recente no mercado de segurança cibernética em rápida expansão.

Empresas como Sony, Staples, Home Depot e Target, foram alvos de roubos de dados de alto nível nos últimos dois anos.

"Estamos vendo um aumento exponencial dos ataques de invasores ultrassofisticados", disse o presidente-executivo da Raytheon, Thomas Kennedy, à Reuters.

"É a combinação dos dois que está provocando uma explosão na área de segurança cibernética."

Um ataque cibernético contra o órgão de serviços de investigação dos EUA, em 2014, que verifica antecedentes para os funcionários do governo, comprometeu dados de pelo menos 25 mil empregados, incluindo alguns investigadores civis.

O negócio da Websense vai adicionar mais de 20 mil clientes comerciais à carteira predominantemente de governo da Raytheon.

"A compra destaca os investimentos maciços que estão sendo alocados para esta área de gastos com TI, com empresas de todos os formatos e tamanhos buscando montar sistemas de segurança com tecnologias de última geração", escreveu o analista da FBR Capital Markets Daniel Ives.

O mercado de segurança cibernética global deve atingir cerca de 156 bilhões de dólares em 2019, ante 96 bilhões em 2014, segundo a empresa de pesquisa MarketsandMarkets.

A Bain Capital concordou no mês passado em comprar a companhia de segurança de rede da Blue Coat Systems, negócio que avaliou a empresa em cerca de 2,4 bilhões de dólares, incluindo dívida.

A Raytheon, que está pagando cerca de 1,6 bilhões dólares, incluindo dívida, pela Websense, informou que vai combinar sua unidade de segurança cibernética com a empresa.

O negócio é avaliado em 1,9 bilhão de dólares, líquido de caixa.Sagarika Jaisinghani, da REUTERS Leia mais em exame 20/04/2015

20 abril 2015



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