05 dezembro 2013

TI - RADAR de Fusões e Aquisições, em novembro/2013

Aquecido o mercado de Fusões e Aquisições na área de TI, em novembro. Foram anunciadas em novembro/13, o total de 29 operações de Fusões e Aquisições, representando um crescimento de 26%, em relação ao mês anterior (23 operações). 
Os segmentos de Software e Serviços de Internet concentraram o maior número de negócios. O montante das transações chega a 909 milhões de reais. 
Quanto ao racional do investimento as operações direcionadas à Escala predominaram. Transações envolvendo empresas de pequeno e médio porte foram em maior volume. 
Os investidores estratégicos foram muito mais ativos, bem como os de capital nacional. 
A operação de maior expressão foi a aquisição pela colombiana Interconexión Eléctrica SA ESP (Isa) da brasileira NQT por R$ 200 milhões. NQT possui a maior rede de fibra ótica de propriedade privada no Rio de Janeiro.
O Indicador de Volume de Transações de M&A do mês sinaliza viés de alta do volume de fusões. 

Operações de Fusões e Aquisições de Tecnologia da Informação – TI e Telecom, noticiadas com destaque na imprensa brasileira no decorrer do mês de novembro de 2013. As informações estão apresentadas em blocos, detalhando as transações por Volumes e Valores, Segmentos, Racional do Investimento, Porte das empresas, Perfil do Investidor, Cloud Computing & Mobile, Destaques do mês e Relação das Transações. 

ANÁLISE DO MÊS 
Principais constatações.
No mês de novembro/13 foram realizadas 29 transações, representando um crescimento de 164% em relação a novembro/12 (11 operações). Se comparar o período de jan a nov/13, com o mesmo período de 2012, constata-se um crescimento de 5,7%.

O fluxo de transações realizadas nos últimos quatro meses evidencia crescimento contínuo.

O objetivo do Indicador de Volume de Transações de M&A é sinalizar uma expectativa de tendência, com base na análise do verificado nos períodos semestrais móveis. No período móvel findo em nov/13, reafirma o crescimento após um longo período oscilações do volume de fusões e aquisições, com viés de alta.

Os segmentos de maior volume de operações em nov/13, foram os de SOFTWARE e SERVIÇOS DE INTERNET.

 Na classificação entre os Segmentos de TI, os subsegmentos de Verticais -Finanças, Comunicações, Educação, Saúde, Energia e Meio ambiente, Setor público de SOFTWARE - e os de Serviços de Valor Agregado de SERVIÇOS DE INTERNET , foram os mais ativos.

No que tange aos montantes das transações, incluindo as operações que divulgaram os valores e as não divulgadas (estimadas), o mês de novembro totalizou cerca de novecentos e nove milhões de reais. Na segregação dos valores por segmento de TI, Software e Serviços de Internet responderam por 26% em valor e 62% do nº das transações.

TOP 5 - MAIORES TRANSAÇÕES EM VALOR - NOVEMBRO/13 
 REPRESENTATIVIDADE POR SEGMENTO 
O montante dos negócios em novembro foi de R$ 900 milhões. Nos onze meses de 2013, as 205 transações realizadas na área de TI alcançaram R$ 9,6 bilhões. O segmento de HARDWARE DE TI & TELECOM foi o que mais se destacou alcançando o valor de R$ 4,5 bilhões, representando 47% do total dos recursos envolvidos - divulgados e não divulgados, referente a 16 operações - 8% do total.

Comparando-se o número de transações compiladas nos onze meses de 2013, por segmento, com o mesmo período de 2012, verifica-se uma mudança do perfil, com o crescimento do nº de operações de Software, Comércio Eletrônico, Serviços de Internet e Hardware de TI & Telecom, e uma redução do nº de transações de Serviços de TI, Mídia e Serviços de Telecom.

REPRESENTATIVIDADE POR VERTICAL 
Com o propósito de mapear os setores econômicos para os quais estão sendo direcionados os investimentos no mercado brasileiro de TI, o gráfico abaixo retrata o número de operações e montantes envolvidos, segmentado por verticais de negócios, no período de jan a nov/13. Destaques para o total de negócios na Vertical "Consumer", com 60 transações - 29%, e para a Vertical “Telecomunicações” em função do investimento de R$ 6,2 bilhões -representando 65%.

 RACIONAL DO INVESTIMENTO 
 A intenção é distinguir as transações de M&A na área de TI, Telecom e Mídia, em função da Tese de Investimento, ou seja, os conceitos que prevaleceram para a aquisição da empresa-alvo. Na maior parte das vezes a notícia não é muito clara a respeito dos direcionadores de valor que levaram à aquisição. Mesmo assim, procurou-se identificar as premissas sobre o Racional da transação para segregar em 4 grandes grupos, de modo a permitir o entendimento das principais vetores que estão orientando os investidores estratégicos e financeiros. Em nov/13, as operações com o racional do investimento direcionado para Escala prevaleceram com 25 operações - voltadas para ampliar a participação de mercado em alguns segmentos ou geografias. Nos primeiros onze meses de 2013, Escala predominou com 68% das transações, sinalizando o contínuo processo de consolidação setorial. 
(1) Aumentar a atual capacidade ou faturamento; penetrar em novos mercados geográficos 
(2) Aumentar ofertas de novos produtos e serviços – expansão/ complemento do mix, ampliar competências 
(3)Aumentar market-share, aproveitar sinergias e economias de escala, geralmente entre duas companhias com negócios similares 
(4) Empresa brasileira adquire empresa de capital estrangeiro – acesso a mercados globais seja no âmbito do escopo, seja de escala; 

PORTE DAS EMPRESAS 
 O objetivo é proporcionar uma visão das transações classificadas em função do porte das empresas. Utilizou-se o critério adotado pelo BNDES e aplicável a todos os setores para a classificação do porte em função da Receita Bruta anual (informada ou estimada). Em relação ao porte, os investidores no mês de nov/13 deram preferência para empresas de Micro (10), Pequeno ( 10 operações) e Médio ( 5 operações ). Nos onze meses de 2013, predominou os negócios entre empresas de Pequeno e Médio portes.
 • Microempresa <= R$ 2,4 milhões 
 • Pequena empresa > R$ 2,4 milhões e <= R$ 16 milhões 
 • Média empresa > R$ 16 milhões e <= R$ 90 milhões 
 • Média-grande empresa > R$ 90 milhões e <= R$ 300 milhões 
 • Grande empresa > R$ 300 milhões 

 PERFIL DO INVESTIDOR 
 Em relação ao perfil do investidor, os Investidores Estratégicos predominaram os negócios em outubro, com 14 operações. Desse volume, 8 operações foram realizadas por empresas de capital nacional e 6 de capital estrangeiro. Os investidores financeiros, representados por Fundos de Investimentos realizaram 15 negócios, distribuídos entre capital nacional com 10 e estrangeiro com 5. No período de jan a nov/13, os investidores estratégicos foram os mais ativos com 120 operações.
(1) Empresa adquire outra empresa (controladora ou não) relevante do ponto de vista estratégico, a fim de ter acesso a tecnologia, produto ou serviço. 
(2) Fundo de Investimento Private Equity; Venture Capital, Angel; 
(3) Empresa de capital nacional adquirindo participação em empresa brasileira (controladora ou não). 
(4) Fundo de Investimento de capital estrangeiro adquirindo participação em empresa brasileira (controlador ou não). 

 Quanto ao Nº de Operações

 Quanto aos Valores

 NACIONALIDADE DOS INVESTIDORES 
 Em relação à nacionalidade das empresas que estão investindo no Brasil no mês de nov/13, foram registrados sete países. No acumulado de jan a nov/13, foram 84 operações com investidores estrangeiros. Os EUA foram responsáveis por 48% desse total, com 40 negócios, e o segmento de SOFTWARE foi o mais representativo, com 35%.
HUMORES & RUMORES 
  • Pixeon: nuvem e aquisições como estratégia de crescimento. Vender 40% mais em 2013 e 2014 e expandir presença no Brasil e na América Latina por meio de parcerias e futuras aquisições de companhias que já atendam o setor de medicina diagnóstica. 
  • Cielo diz que não descarta compra de empresas pequenas e inovadoras A Cielo tem como prioridade o crescimento orgânico no Brasil, mas não descarta aquisições de empresas "pequenas e inovadoras", afirmou o presidente Rômulo Dias. 
  • Entre teles, sobram indícios de que fusões vão continuar. Os terremotos que têm sacudido as grandes operadoras de telecomunicações há mais de uma década, acelerando o processo de fusão entre grupos internacionais, parecem não ter fim. A América Latina e o Brasil, onde várias companhias de peso disputam espaço, participam ativamente desse processo. No Brasil, a Nextel, controlada pela americana NII Holdings, continua a enfrentar problemas. A sucessão de ondas de fusões e aquisições é contínua, e com tantos casos pendentes, mais tremores estão à vista.
  • BNDES vai investir R$ 124 milhões em fundo que contempla startups de TIC. O BNDES vai investir no Fundo Criatec II, destinado a apoiar empresas nascentes voltadas à inovação e que terá capital comprometido de R$ 186 milhões, que será aportado na participação societária de 36 companhias. Os setores alvo do fundo são tecnologia da informação e comunicações (TICs), agronegócio, nanotecnologia, biotecnologia e novos materiais. 
  • Mercado de capitais quer atrair empresas menores. O Brasil tem pelo menos 200 empresas de médio porte em condições de entrar para o mercado de capitais nos próximos três a cinco anos. A BM&FBovespa espera atrair no mínimo um terço delas para o mercado, revela Cristina Pereira, diretora de desenvolvimento de empresas da bolsa de valores. As estimativas da BM&FBovespa indicam que o país tem cerca de 15 mil empresas de porte médio, com faturamento entre R$ 20 milhões e R$ 400 milhões, mas a maioria nem sonha com o mercado de capitais, considerado restrito às grandes empresas. 
  • Entre teles, sobram indícios de que fusões vão continuar. Os terremotos que têm sacudido as gran grupos internacionais, parecem não ter fim. A América Latina e o Brasil, onde várias companhias de peso disputam espaço, participam ativamente desse processo. No Brasil, a Nextel, controlada pela americana NII Holdings, continua a enfrentar problemas. A sucessão de ondas de fusões e aquisições é contínua, e com tantos casos pendentes, mais tremores estão à vista. 
  • Gartner prevê “guerra” na indústria de TI a partir de 2014 Donald Feinberg observa uma guerra no horizonte e as batalhas começarão a ser travadas a partir do ano que vem. O que o vice-presidente do Gartner vê é um período de extrema competição em uma nova indústria de tecnologia da informação que começa a se formar a partir do próximo ano. Será sangrenta, acrescenta. “Algumas empresas tem mais a ganhar; enquanto outras, mais a perder”. O especialista observa que, enquanto alguns players entrantes poderão verificar lucratividade alta quando conquistam alguns pontos de market share, esse percentual de perda, para fornecedores estabelecidos, significa quase que uma catástrofe.hipercompetição sem fronteiras, ofertas em uma modelo “as a service” e endereçando tecnologia a demandas de negócio. Para Feinberg, os mais preparados a vencerem as batalhas são aqueles capazes de ofertar valor negócios e inovação no campo de diferenciação a seus clientes. O tempo dirá quem sobreviverá. 
RELAÇÃO DAS TRANSAÇÕES 
 A relação das transações de Fusões e Aquisições na área de TI, segue a data em que foram divulgadas pela imprensa e compiladas pelo blog fusoesaquisicoes.blogspot.com. Todas podem ser pesquisadas e localizadas no blog.
RELATÓRIO ANTERIOR: TI - RADAR de Fusões e Aquisições, em outubro/2013 

M&A - QUEM, O QUÊ, QUANDO, QUANTO, COMO e POR QUÊ 
O RADAR de M&A em TI tem o propósito de captar o “clima” do mercado das operações de Fusões e Aquisições, no setor de serviços de Tecnologia da Informação e Comunicação, bem como sinalizar suas principais tendências. Trata-se da compilacão mensal das notícias visando tornar mais acessíveis e conhecidos os negócios de fusão, aquisição e venda realizados entre empresas com atuação no Brasil. Todas as informações sobre os negócios citados no presente relatório são obtidas a partir de notícias consideradas confiáveis publicadas pela imprensa e divulgadas no “estado" pelo blog FUSOESAQUISICOES.BLOGSPOT http://fusoesaquisicoes.blogspot.com.br , não sendo feita qualquer verificação quanto à sua veracidade, precisão ou integridade do conteúdo. Sempre que possível, serão mencionados os nomes dos compradores – investidor estratégico ou fundos de private equity, dos vendedores, a tese de investimento e principais “value drivers”, o valor da transação, forma de pagamento, múltiplos praticados (Valor da Empresa/EBITDA, Valor da Empresa/Receita) etc. Muitas vezes a notícia não é clara a respeito dos valores/forma de pagamentos e respectivos múltiplos. É bem-vinda toda e qualquer contribuição para tornar as informações mais precisas e transparentes.

05 dezembro 2013



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