09 julho 2020

Fusões e aquisições: 73 transações realizadas em junho/20

  Queda de 19,8% no mercado de fusões & aquisições no mês de junho/20, em relação ao mesmo mês do ano anterior, refletindo o impacto do covid-19.  E quanto ao montante de investimentos a redução foi de 46,7%. 
  No mês de junho foram realizadas 73 transações, com uma queda de 1,4%, e investimentos de R$ 17,5 bilhões - representando um aumento de 183,1% em relação ao mês anterior.
  Se comparado com o mesmo mês do ano anterior (91 transações)  a queda do volume de transações foi de 19,8%.  E de investimentos a redução foi de 46,7%.
  O volume de negócios do 2º trim/20, teve uma redução de 6,6%, e em valor dos investimentos a queda foi de 63,4%. Na comparação com o 2º trim. do ano anterior, a redução do número de negócios foi de 24,1% e os investimentos a queda foi de 76,3%.
  No 1º semestre de 2020, foram  410 operações, com uma queda de 7,0%,  gerando investimento de R$ 107,1 bilhões e queda de 33,4%.
  No acumulado dos doze meses sinaliza um crescimento de 13,0% do número de transações, com  1.006 operações, comparativamente  ao mesmo período acumulado do ano anterior - jun/19. Desde de mar/20, por conta do covid-19, sinaliza viés de baixa para os próximos meses.
 Queda de 33,6% do valor médio das transações no mês de jun/20 em relação ao mesmo mês do ano anterior. O valor médio das transações realizadas no 1º semestre alcançou R$ 261,1 milhões, queda de 28,3%.
  Operações de porte até R$ 49,9 milhões representaram 62,4% no acumulado do ano.
  No primeiro semestre as operações de porte entre R$ 500 milhões a R$ um bilhão, acusaram uma queda de 19%. E as operações de  porte superior a R$ 1,0 bilhão a queda foi de 20,6%.
  Quanto à dinâmica dos Investidores, os Estrangeiros e os Estratégicos reduziram o ticket pela metade no 1º sem/20. A queda mais significativa foi do valor médio das transações dos Investidores Estrangeiros com redução de 55,0%.
  Os setores de TI, Outros e Hospitais e Lab.de Análises Clínicas foram os mais ativos no 1º semestre. 
  TI; Hospitais e Lab.de Análises Clínicas; Alimentos, Bebidas e Fumo foram os que mais cresceram. 
  De outro lado, Instituições Financeiras, Serviços Portuários e Aeroportuários,  e Outros foram os que apresentaram maior queda.
  O maior apetite no mês ficou por conta dos investidores Estratégicos  com 46 operações.  Os Financeiros realizaram 27 operações.
  Os investidores de Capital Nacional foram responsáveis por 51 operações no mês. No acumulado do ano, 318 operações - crescimento de 2,9%. O investimento foi da ordem de R$ 79,4 bilhões, o equivalente a 74,2 do total, correspondendo a um crescimento de 9,5% em relação ao mesmo período do ano anterior
  Os investidores de Capital Estrangeiro realizaram no mês 22 transações, no montante de R$  6,1bilhões.     
  No acumulado do ano foram 92 operações e investimento de R$ 27,6 bilhões, correspondendo a uma redução 68,6%.
  Petróleo e Gás, Tecnologia da Informação, Imobiliário e Instituições Financeiras foram os setores de maior expressão entre os investimentos realizados em 2020.
   Foram mapeados 22 negócios realizados por investidores de 10 países. Os EUA com 12 operações, seguido por Alemanha com três  operações, foram os de maior apetite estrangeiro no mês.  No 1º semestre os EUA realizaram  40 negócios no montante de R$ 9,3 bilhões, contra 50 transações no valor de R$ 17,3 bilhões, redução de 20% no volume de operações e 46,2% no montantes dos investimentos.
   Maior transação do mês  de junho/20 - A Via Varejo captou 4,45 bilhões de reais com a venda de 297 milhões de ações.
   Covid-19 e o mercado de  M&A: 1º sem/20 - uma breve narrativa: (jan/20) Bancos projetam novo recorde em ofertas de ações. Operações podem somar até R$ 200 bilhões. Estimativa de ofertas para o ano começou com 40 operações e projeta quase 80 transações para o mercado brasileiro. (mar/20) Bolsa tem pior trimestre da história, com perda de 36,86% de janeiro a março. Cerca de 25 ofertas de ações de empresas brasileiras previstas para o primeiro semestre do ano correm o risco de serem adiadas. O impacto da pandemia sobre os negócios de M&A  foi fulminante. (jun/20) Apesar do avanço da pandemia, os empresários estão animados com a retomada da Bolsa. Os bancos têm em mãos cerca de 40 mandatos para abertura de capital na B3. A expectativa é de que pelo menos 20 se concretizem no segundo semestre,  diretamente impulsionado pelo corte de juros. Setembro deve concentrar parte significativa das transações.  

Operações de Fusões e Aquisições divulgadas com destaque pela imprensa brasileira no decorrer do mês de JUNHO de 2020.

ANÁLISE DO MÊS

Concentração setorial - Os 5 setores mais ativos responderam no mês de junho/20 por 82,2% do total das operações, contra 80,1% no mesmo mês do ano passado.



Queda de 1,4% do número de operações  em relação ao mês  anterior. Foram divulgadas com destaque pela imprensa no mês de junho 73 transações em 15 setores da economia brasileira, registrando uma queda  de 1,4% em relação ao mês anterior ( 74 operações).
Confrontando com o mesmo mês do ano anterior,  constata-se uma queda de  19,8%, quando foram apuradas 91 negócios.
Das 73 transações realizadas em junho, identificadas 73 delas - como concretizadas já sob a influência da pandemia. Ao comparar  este número de transações pós-covid, com a estimativa do volume de negócios para junho/20, divulgadas em dez/19, permite inferir uma perda potencial de 34,3% dos negócios esperados para este mês.



Evolução nos últimos 5 anos  - No acumulado do primeiro semestre de 2020, apuradas 410 operações,  registra uma queda 7,0% se confrontado com igual período de 2019,  quando foram realizadas 441 operações.


Maiores apetites x maiores quedas
.  Setores mais representativos no primeiro semestre. No gráfico dos setores mais ativos no acumulado do corrente ano, além de TI, destacam-se  Outros e Hospitais e Lab.de Análises Clínicas.


No primeiro semestre, o segmento com maior crescimento no número de transações em relação o mesmo período do ano passado foi o de TI, com um aumento de 15 operações, seguidos por Hospitais e Lab.de Análises Clínicas, Alimentos, Bebidas e Fumo e Hotéis e Restaurantes.


Os setores que apresentaram maiores quedas no nº de transações no acumulado do ano, em relação ao mesmo período do ano passado, foram  Instituições Financeiras e  Serviços Portuários e Aeroportuários  - redução de 10 operações cada.



Queda do  acumulado do volume de transações dos últimos doze meses. 
O mês de junho mantém o viés de queda. Por conta do Covid-19, março/20 ficará marcado como o mês da inflexão da curva de crescimento do número de transações que vinha ocorrendo há mais de um ano, desde janeiro de 2019. 
Junho sinaliza queda de 1,8% do número de transações de M&A acumuladas nos últimos doze meses, com 1.006 operações, comparativamente com o mesmo período do mês  anterior.
Já em relação ao mesmo período acumulado do ano anterior - jun/19, ainda se mantêm um aumento de 13%.

No gráfico do acumulado, pode-se inferir ciclos distintos de crescimento e queda do número de transações.  Destaca prováveis fatores que mais estão repercutindo nas expectativas de investimentos e, no detalhe, (i) a evolução da série histórica do índice BOVESPA (desempenho das ações negociadas na B3), no mesmo período, e (ii) a evolução da série histórica EMBI+ Risco-Brasil no mesmo período.



Porte das transacões:  Das 73 transações apuradas no mês,  44 são de porte até R$ 49,9 milhões -  60,3 % do total e responderam por 3,6 % do seu valor. No primeiro semestre de 2020, para este mesmo porte de operações, registraram-se 256  transações representando 62,4% do total  e 3,3% do valor. E  impacta uma queda de 4,8% em relação ao mesmo período do ano anterior.
O volume de transações de porte acima de R$ de 500 milhões  foi o que mais sofreu  queda no mês com o impacto da pandemia. No acumulado do primeiro semestre as operações de porte entre R$ 500 milhões a R$ um bilhão, acusaram uma queda de 19%. E as operações de  porte superior a R$ 1,0 bilhão a queda foi de 20,6%


Trimestral: impacto acentuado - Se o volume de transações do 1º trimestre/20 não foi  atingido de forma significativa pelo Covid-19,  o 2º trimestre teve impacto relevante, pois registrou  198 transações, um valor total de R$ 28,7 bilhões. O volume de negócios teve uma redução de 6,6%, e em valor dos investimentos a queda foi de 63,4%. Na comparação com o 2º trim. do ano anterior, a redução do número de negócios foi de 24,1% e os investimentos a queda foi de 76,3%.


Queda de 46,7 % do montante dos investimentos no mês em relação ao mesmo mês do ano anterior.  Quanto aos montantes dos negócios realizados no mês, estima-se o total de R$  17,5 bilhões, com um crescimento de 183,1% em relação  ao mês anterior - considerando Valores Divulgados (84,2%)  e Não Divulgados/Estimados (15,8%). Em relação ao mesmo mês do ano anterior, verifica-se uma queda de 46,7%.

Queda de 33,4% do montante dos investimentos no acumulado do ano.  Quanto aos montantes dos negócios realizados no primeiro semestre estima-se o total de R$ 107.1 bilhões, representando uma queda  de 33,4%  em relação ao mesmo período de 2019.
Os investimentos realizados nas operações de porte acima de R$ 1,0 bilhão foram os que apresentaram maior queda, de 41,8%.



Distribuição do montantes das transações por porte - trimestral. Sinais de crescimento das transações de pequeno porte e queda das de grande porte. Somente as operações de porte até R$ 50 milhões registraram crescimento nos investimentos em relação ao 1º trim./20, de 15,8%. 
Por outro lado, os investimentos das operações de porte superior a R$ 1,0 bilhão tiveram queda de 79,9%, em relação ao trimestre anterior.



Valor médio das transações no acumulado no 1º sem/20 registra queda de 28,3% em relação ao mesmo período do ano passado. O valor médio das transações realizadas no primeiro semestre do ano alcançou R$ 261,1 milhões, contra R$ 364,3 milhões no mesmo período de 2019, representando uma queda de 28,3%.

A queda do valor médio do acumulado do ano ficou por conta das transações de porte superior a R$ 1,0 bilhão, comparativamente com o mesmo período do ano anterior, com redução de 26,7%.



Queda de 33,6% do valor médio das transações no mês - No mês de junho/20, verificou-se queda de 33,6% no valor médio das transações em relação ao mesmo mês do ano anterior. Constata-se uma redução gradativa da diferença do valores médios verificados mensalmente no comparativo de 2020 e relação a 2019.



Dinâmica dos Investidores: Estrangeiros e Estratégicos reduziram o ticket pela metade no 1º sem/20. A queda mais significativa foi do valor médio das transações dos Investidores Estrangeiros, redução de 55,0%, comparado com o mesmo período de 2019. O maio crescimento apurado foi dos Investidores Financeiros, com aumento de 14,1%.


Mesmo predominando os Investidores Estratégicos tiveram queda no 1º semestre de 12,6%  no volume, e de 53,6% nos investimentos - O maior apetite neste mês ficou por conta dos investidores Estratégicos  com 46 operações (63,0%), e responderam por 31,7 %  dos montantes investidos.
No primeiro semestre, os Estratégicos, com 264  operações - registraram uma queda de 12,6% - responderam por 64,4% dos negócios e 50,4%  dos investimentos, no montante de R$ 54,0 bilhões, o que significa uma queda de 53,6% em relação ao mesmo período do ano de 2019.


Os investidores Financeiros cresceram 5,0%  no volume e 19,9% no montante dos  investimentos no primeiro semestre. Realizaram 27 operações no mês de junho num montante de  R$ 11,9 bilhões. No acumulado do ano os investidores financeiros alcançaram 146 operações - crescimento de 5,0% - correspondendo a 35,6% dos negócios e 49,6%  dos investimentos, no valor de R$ 53,1 bilhões, representando um crescimento de 19,9% em relação ao mesmo período do ano anterior.


Investidores Nacionais com maior apetite no 1º semestre, tanto no volume, crescimento de 2,9%, como no montante das transações, com aumento de 9,5%. Os investidores de Capital Nacional foram responsáveis por 51 operações, 69,9%, do total no mês e investimento da ordem de R$ 11,4 bilhões.
No acumulado do ano, os investidores nacionais foram responsáveis por 318 operações - crescimento  de 2,9% em relação ao ano anterior, e  responderam por 77,6% das operações. O investimento foi da ordem de R$ 79,4 bilhões, o equivalente a 74,2% do total, correspondendo a um crescimento de 9,5 % em relação ao mesmo período do ano anterior.

Investidores Estrangeiros registraram queda de 30,3% no volume de transações e 68,6% no valor dos investimentos, no primeiro semestre. Os investidores de Capital Estrangeiro realizaram no mês, 22 operações no montante de R$ 6,1 bilhões.
No primeiro semestre, os Estrangeiros com 92  operações - registraram uma queda de 30,3% - responderam por 22,4% dos negócios e 25,8%  dos investimentos, no montante de R$ 27,6 bilhões, o que significa uma queda de 68,6% em relação ao mesmo período do ano de 2019.


Maiores investimentos setoriais - Petróleo e Gás, Tecnologia da Informação, Imobiliário e Instituições Financeiras foram os setores de maior expressão entre os investimentos realizados em 2020, no cômputo total dos investimentos - R$ 107,1 bilhões. Em 2019, foram 160,6 bilhões. No gráfico abaixo estão relacionados por ordem de relevância os investimentos no primeiro semestre, por setor em 2020, e o respectivo comparativo com 2019.


No mês de junho/20, foram mapeados 22 negócios realizados por investidores de 10 países. Os EUA com 12 operações, seguido pela Alemanha com 3, foram os de maior apetite estrangeiro no mês. No primeiro semestre os EUA realizaram  40 negócios no montante de R$ 9,3 bilhões, contra 50 transações no valor de R$ 17,3 bilhões, representando uma redução de 20% no volume de operações e 46,2% no montantes dos investimentos.

Maior transação do mês  de junho /2020 - A Via Varejo captou 4,45 bilhões de reais com a venda de 297 milhões de ações. A alta demanda permitiu à Via Varejo aumentar em 35% o número de ações vendidas.  15/06/2020

Maiores negócios no primeiro semestre de 2020.
Distribuição da participação das duas maiores transações e respectivos montantes, mensalmente, ao longo dos seis  primeiros meses do ano.



Covid-19 e o mercado de  M&A: 1º sem/20 - uma breve narrativa
1º trim/20
(jan/20) Bancos projetam novo recorde em ofertas de ações. Operações podem somar até R$ 200 bilhões. Estimativa de ofertas para o ano começou com 40 operações e hoje já projeta quase 80 transações para o mercado brasileiro. Muitas companhias que pensavam em IPO em 2021 ou 2022 estão antecipando esse movimento, para aproveitar essa janela forte de mercado; Foram realizadas  76 transações, um crescimento de 46,2% em relação ao mesmo mês do ano passado.  Em volume financeiro, essas transações movimentaram cerca de R$ 16,3 bilhões, crescimento de 38,7% em relação ao mesmo mês do ano anterior.
(fev/20) O ano das empresas médias na Bolsa. Teremos onda avassaladora de IPOs; Realizadas 87 transações, com um crescimento de 38,1%, e investimentos de R$ 47,3 bilhões - representando um aumento de 190,1%, comparativamente ao mês anterior. Se comparado com o mesmo mês do ano anterior o crescimento do volume de transações foi de 468,3%.
(mar/20) Bolsa tem pior trimestre da história, com perda de 36,86% de janeiro a março. A pior de que se tem registro para o intervalo de três meses, com a crise do coronavírus superando mesmo os momentos mais depressivos de 2008. Cerca de 25 ofertas de ações de empresas brasileiras previstas para o primeiro semestre do ano correm o risco de serem adiadas. O impacto da pandemia sobre os negócios deM&A  foi fulminante. No relatório da semana de 16 a 22/mar/20, destaca a semana  como o marco do período de início da queda do volume de operações de M&A. O mês de março/20, também ficará marcado como o mês da inflexão da curva de crescimento do número de transações que vinha ocorrendo há mais de um ano, desde janeiro de 2019. Foram realizadas 49 transações, com uma queda de 43,7%, e investimentos de R$ 14,8 bilhões - representando uma redução  de 68,8%, comparativamente ao mês anterior. Se comparado com o mesmo mês do ano anterior a queda do volume de transações foi de 24,6%.
2º trim/20 - 
(abr/20) É esperado um aumento do número de transações motivadas por dificuldades financeiras, e também por um grande movimento de consolidação. As operações de grande porte, acima de R$ 1,0 bilhão, desapareceram no Brasil.  Os cenários são os mais variados;  Foram realizadas 51 transações, com uma queda de 4,1%, e investimentos de R$ 5,0 bilhões - representando uma redução  de 65,9%, em relação ao mês anterior. Se comparado com o mesmo mês do ano anterior  a queda do volume de transações foi de 42,0%.  E de investimentos a redução foi de 90,8%.
(mai/20)  Mesmo nos países desenvolvidos a expectativa é por uma recuperação mais lenta do que inicialmente imaginado. PIB do 2º tri será ainda pior do que a apurada no 1º tri., quando registrou uma queda de 1,5%. O Brasil vai ser um dos países mais impactados, tanto pela queda do PIB, como pelo tamanho do déficit fiscal e da relação dívida/PIB, uma vez que o país está passando por três crises: da saúde, da economia e da política.  Projetos de envergadura continuam sendo adiados. Empresas congelam aquisições.  O momento é de cautela e prioridade é a manutenção do caixa.  No Brasil, a Estapar e a Centauro  foram as primeiras empresas a anunciar a captação de recursos na Bolsa. Foram realizadas 74 transações, com um crescimento de 45,1%, e investimentos de R$ 6,2 bilhões - representando um aumento de 22,4%, em relação ao mês anterior. Se comparado com o mesmo mês do ano anterior (82)  a queda do volume de transações foi de 9,8%.  E de investimentos a redução foi de 81,7%.
(jun/20) Otimismo eleva a projeção do Ibovespa para 112 mil pontos em 2020. Ipea prevê queda de 10,5% no PIB do 2º trimestre e retração de 6% em 2020. O mercado de fusões e aquisições começa a mostrar sinais de atividade e que a retomada é vista particularmente entre compradores estratégicos bem capitalizados.  Abril foi ‘com certeza’ o fundo do poço da atividade. Para fazer caixa, empresas fazem 'liquidação' de ativos considerados não essenciais. Levantamento sobre os impactos do isolamento provocado pela pandemia nas indústrias brasileiras. Varejo, mídia, telemedicina, químico, entrega de alimentos, educação digital e alimentos e bebidas são os setores que devem ter uma retomada dos negócios mais efetiva pós covid-19. Na outra ponta, estão áreas como aeroportos, outros segmentos de varejo, hotéis, governo, mercados industriais, esporte e mídia que podem ter um processo mais longo de reinício das atividades. FMI piora a projeção de queda do PIB do Brasil em 2020, de -5,3% em abril para -9,1%. Apesar do avanço da pandemia, os empresários estão animados com a retomada da Bolsa. Os bancos têm em mãos cerca de 40 mandatos para abertura de capital na B3. A expectativa é de que pelo menos 20 se concretizem no segundo semestre,  diretamente impulsionado pelo corte de juros. Setembro deve concentrar parte significativa das transações.  

Indicador do Volume de Transações 2020:  Cenário Dez/19, pré-covid  versus Cenário pós-covid. Tem como objetivo estimar qual seria a perda potencial do volume de negócios de M&A,  mais aproximada possível. Ao longo do 2º trim. deve normalizar esta situação.
Das 73 transações realizadas em junho, identificada 72 delas formalizadas já com a influência da pandemia. Ao comparar  este número de transações pós-covid, com a estimativa do volume de negócios para jun/20, divulgadas em dez/19, permite inferir uma perda de 29,4% dos negócios esperados para este mês.


Expectativas projetadas em dez/19 - No final do ano, no contexto do otimismo que prevalecia, divulgamos projeção mensal conservadora esperada ao longo de 2020;
Operações  informadas no mês - Trata-se do número de transações coletadas no mês, que inclui também negócios realizados anteriormente, mas só agora informados, captados ou divulgados;
Estimativa de Transacões PÓS Covid-19 - Trata-se da tentativa de identificar as perações realmente realizadas no Brasil após a Organização Mundial da Saúde declarar a pandemia de Covid-19, em 11/03/2020, (com todas as limitações conhecidas). A maior parte das transações informada em março e abril, são ainda negócios realizados anteriormente e que, por conta de prazos contratuais, legais, ou mesmo deliberações pelas partes, são informados somente nestes meses e que não foram impactados  decisivamente no processo quando do fechamento das transações.
Percentual de perda de negócios (dez-19 / pós Covid-19): O indicador retrata o percentual de perdas de transacões no mês, considerando a expectativa projetada no cenário de dez/19, e o volume efetivamente apurado de oprações realizadas após o Covid-19

SUMÁRIO DOS DESTAQUES DO MÊS - FUSÕES E AQUISIÇÕES
A ordem da relação das transações de Fusões e Aquisições segue a data em que foram divulgadas pela imprensa e/ou  postadas no blog fusoesaquisicoes.blogspot.com. onde  podem ser localizadas
M&A - QUEM, O QUÊ, QUANDO, QUANTO, COMO e POR QUÊ
 A pesquisa FUSÕES E AQUISIÇÕES - DESTAQUES DO MÊS tem o propósito de captar o “clima” do mercado das operações de Fusões e Aquisições bem como sinalizar suas principais tendências. Trata-se da compilação de notícias visando tornar mais acessíveis e conhecidos os negócios de fusão, aquisição e venda anunciados/realizados entre empresas com atuação no Brasil. Todas as informações sobre os negócios citados no presente relatório são obtidas a partir de notícias consideradas confiáveis e de boa-fé publicadas pela imprensa e divulgadas no “estado" pelo blog FUSOESAQUISICOES.BLOGSPOT http://fusoesaquisicoes.blogspot.com.br, não sendo feita qualquer verificação quanto à sua veracidade, precisão ou integridade do conteúdo. Operações divulgadas em relatórios anteriores podem sofrer alterações, por conta de cancelamentos, renegociações, atualizações,  etc. Sempre que possível, serão mencionados os nomes dos compradores – investidor estratégico ou fundos de private equity, dos vendedores, a tese de investimento e principais “value drivers”, o valor da transação, forma de pagamento, múltiplos praticados (Valor da Empresa/EBITDA, Valor da Empresa/Receita) etc. Muitas vezes a notícia não é clara a respeito dos valores/forma de pagamentos e respectivos múltiplos. É bem-vinda toda e qualquer contribuição para tornar as informações mais precisas e transparentes.

09 julho 2020



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