11 março 2019

BB busca parcerias para unidades de gestão de ativos, banco de investimento e cobrança de dívidas

O Banco do Brasil está buscando parcerias em suas unidades de gestão de ativos, banco de investimento e cobrança de dívidas, em vez de listar esses negócios em bolsa, disseram analistas em notas a clientes nesta segunda-feira.  

Analistas do Itaú BBA disseram que o vice-presidente de Gestão Financeira do BB, Carlos Hamilton, afirmou em reunião que as parcerias seriam semelhantes às forjadas pela BB Seguridade antes de sua oferta pública inicial de ações.    

A BB Seguridade tem parcerias com empresas como Principal Financial, Mapfre e Icatu Hartford, que detêm participações em seguradoras junto com a BB Seguridade.  

"Uma estrutura semelhante pode ser aplicada a outros segmentos, particularmente os de gestão de ativos e de banco de investimento", escreveram analistas do Itaú BBA.  

A Brasil Plural disse que o banco não pretende vender qualquer participação em seu negócio de cartões e destacou que Hamilton também mencionou a unidade de cobrança de dívidas do Banco do Brasil como um potencial alvo para parceria.  

"Ficou claro que o banco prevê a oportunidade de melhorar a lucratividade desses ativos, como aconteceu com a BB Seguridade", escreveram analistas do Banco Safra.  

Falando em condição de anonimato, uma fonte disse à Reuters que uma análise preliminar mostrou que o BB poderia destravar um valor maior para seus negócios se primeiro buscasse parcerias com renomadas instituições financeiras.

Em uma segunda etapa, o banco poderia listar suas subsidiárias.    A BB Seguridade vale 53,2 bilhões de reais, quantia que dificilmente alcançaria dentro do BB se não tivesse sido listada em 2013, acrescentou a fonte.  

O presidente do BB, Rubem Novaes, disse mais cedo neste ano que o banco venderia fatias em negócios-chave com o objetivo de agregar valor às unidades. O banco, no entanto, buscará a venda total de ativos considerados não essenciais, como da empresa de energia Neoenergia e do Banco Patagonia, da Argentina.  

O Banco do Brasil não comentou o assunto. Por Carolina Mandl e Paula Arend Laier e Marcela Ayres Reuters Leia mais em dci 11/03/2019

11 março 2019



1 comentários:

Anônimo disse...

Parabéns pela matéria!!!
Já estava na hora do BB fazer algo... Já deveriam ter seguido as praticas de alguns ou da grande maioria dos Bancos privados que fazem a cessão (venda) de principalmente dos créditos vencidos e não pagos para Fundos de Investimentos (Distressed) ou até mesmo para empresas privadas que tem acordo com diversos fundos/investidores que compram e efetuam a recuperação do ativos oferecendo um premio maior ao investidor. Recentemente uma empresa muito interessante e distante de todos os holofotes [FiNANZ (finanzbr.com)] comprou de um grande banco alguns créditos / dividas de empresas em recuperação judicial e com o plano ainda em aprovação, além de ter negociado com os 3 maiores bancos um divida superior de R$ 300 mm de uma grande empresa de infraestrutura (em R. Judicial) não chegando no acordo apenas com o BB. Abortando toda a negociação uma vez que existia o compartilhamento de garantia junto aos 4 bancos.