O mercado de fusões e aquisições começou 2020 em um ritmo acelerado, mas a pandemia de Covid-19 gerou pessimismo. De acordo com a plataforma Transactional Track Record, o número de transações caiu em 25% no primeiro semestre de 2020 em comparação com o mesmo período no ano passado.
Este percentual, entretanto, é contestado por Leonardo Dell’Oso, sócio da PwC Brasil e líder nacional da área de transações (Deals), responsável pela elaboração de relatórios mensais para a empresa. Para ele, a recuperação já começou no primeiro semestre de 2020. Em 2019 aconteceu o maior movimento em toda a história do Brasil, explicou, com 912 transações concretizadas e anunciadas, e a previsão de Dell’Oso é que este ano seja batido este recorde de aquisições e fusões.
“Se você compara os primeiros sete meses de 2019, em julho daquele ano foram 462 transações. No mesmo período, em 2020, foram 520 transações (crescimento de 20%). Isto nos leva a prever que, mesmo com esta crise sem precedentes, um novo recorde será batido. Nos relatórios podemos verificar uma queda acentuada de dezembro de 2019 a abril de 2020, com uma intensa recuperação a partir de julho último, o que nos leva a esta projeção do recorde”, analisa Dell’Oso.
“Empresas com dificuldade para sobreviver devido à crise precisam fazer movimentos estratégicos”, explica Dell’Oso. As maiores perdas ocorreram em lojas físicas, cadeia de lanchonetes e restaurantes, hospitais deixaram de ter receitas altas, aviação aérea, hotelaria. Os ganhos ocorreram nos setores supermercadistas, de alimentos e bebidas, farmacêutico, TI, operadoras de celular com os dados móveis.
As empresas que foram aos bancos para pedir dinheiro ou fazer renegociação de débitos pagaram juros altíssimos, pois o risco de inadimplência é maior. Algumas partiram para abertura de capital na Bolsa, pois é melhor ter um sócio exigente que perder tudo para os bancos. Ao mesmo tempo, com a remuneração de investimento hoje muito baixa, é mais interessante adquirir ou se fundir com estas empresas em dificuldades, porque ocorreu redução do valor destas, tornando o negócio mais atrativo, avalia.
Negócios em marcha
Somente ontem, duas grandes empresas anunciaram aquisições no país. A Petlove, maior pet shop online do país e terceira maior do mercado brasileiro, adquiriu a Vetus, uma das maiores plataformas de gestão para pet shops, clínicas e hospitais veterinários do Brasil. O marketplace Magalu, campeão em vendas no país, anunciou a aquisição da startup de delivery de comida AiQFome, com sede na cidade paranaense de Maringá, com cobertura nacional, presente em 350 cidades, de 21 estados, com uma plataforma com mais de dois milhões de clientes cadastrados.
Como exemplos de transações ocorridas na Bahia em 2020, a corretora de investimentos XP adquiriu a participação majoritária na fintech baiana Antecipa, uma plataforma digital de antecipação de recebíveis; a Companhia de Participações Aliança da Bahia anunciou a venda de 80% do Hospital Aliança, em Salvador, para o Grupo Rede D’Or São Luiz; a DNA Capital, gestora brasileira de investimentos em saúde e a norte-americana Valor Capital realizaram um aporte no valor de R$ 60 milhões na baiana Sanar Saúde, plataforma de educação.
Também no estado, segundo a PwC, a Eagle, empresa brasileira de exploração e produção de petróleo e subsidiária do grupo CKL, realizou a aquisição de quatro campos de exploração terrestre da Petrobras, na Bacia de Tucano, na Bahia, pelo valor de USD 3,01 milhões; a Domo Invest, gestora de venture capital, realizou um aporte no valor de R$ 3 milhões na fintech Bloxs Investimentos, empresa que opera uma plataforma digital de investimentos alternativos, sediada na Bahia.... leia mais em atarde.uol. 05/09/2020
06 setembro 2020
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domingo, setembro 06, 2020
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Ruy Moura
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