26 junho 2017

Raízen avalia apenas aquisições de ativos com alta sinergia, diz Ometto

A Raízen, maior companhia de açúcar e etanol do Brasil, avalia apenas oportunidades de aquisição de unidades que tenham alta sinergia com as dezenas de usinas da empresa, afirmou nesta segunda-feira o seu presidente do Conselho de Administração da empresa, Rubens Ometto, durante evento do setor.

"A Raízen só está buscando oportunidades que têm alta sinergia conosco. Se tiver sinergia conosco, entra (no radar). Logística, redução de custo e coisa perto", afirmou ele.

Questionado por jornalistas se os preços estão bons para aquisições, ele afirmou que sim, em um ambiente de crise do setor sucroalcooleiro.

A afirmação foi feita após a companhia, joint venture da Cosan e da Shell, ter apresentado uma proposta de 823 milhões de reais pelas usinas Santa Cândida e Paraíso, da Tonon Bioenergia, que está em recuperação judicial.

A oferta foi considerada como vencedora pelos credores da companhia, segundo comunicado da empresa divulgado em meados do mês.

Ometto disse ainda que o setor de açúcar e etanol do Brasil deverá passar por um momento de consolidação, com fusões e aquisições, antes que as usinas voltem a investir em novos projetos para expansão da capacidade, devido à situação de deterioração financeira das empresas do segmento.

"Para você produzir mais etanol, você tem que ter uma política bem clara de investimento, porque vamos demorar algum tempo para as grandes usinas recuperarem sua situação financeira, que está muito deteriorada agora", disse Ometto, ao participar de seminário da União da Indústria de Cana-de-Açúcar em São Paulo.

"É muito mais barato comprar uma usina funcionando que investir em greenfield. Até que haja uma consolidação do setor, não vai haver greenfield", acrescentou ele.

A Raízen conta atualmente com 24 unidades de produção de açúcar, etanol e bioenergia. (Por Luciano Costa) Reuters Leia mais em DCI 26/06/2017

26 junho 2017



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