Rodada foi liderada pelo QMS Capital e com participação da Accel, Monashees, Endeavor Catalyst, PointBreak e Pollux
A Neoway, startup que fornece dados e análises para empresas aqui no Brasil, anunciou hoje a captação de uma nova rodada, no valor de US$ 45 milhões, liderada pelo QMS Capital e com participação da Accel, Monashees, Endeavor Catalyst, PointBreak e Pollux. A quantia servirá para a Neoway expandir para o mercado norte-americano.
A companhia de Florianópolis ajuda seus usuários a gerenciarem vendas, agregando e curando enormes quantidades de informações altamente detalhadas sobre potenciais clientes e uma variedade de mercados. A startup usa mais de 3 mil bases de dados de 600 fontes diferentes.
“As empresas não precisam necessariamente saber para quem estão vendendo para que eles precisem de dados inteligentes para orientar melhor seu alcance”, disse o fundador e CEO Jaime de Paula. “Nós coletamos dados públicos de diferentes fontes que se adequam a diferentes propósitos”.
A Neoway reúne informações da Agência de Transportes, por exemplo, que fornece detalhes sobre todos os caminhões pertencentes a empresas no Brasil. “Com essa informação, a Raizen e a Shell podem vender combustível para potenciais clientes e os bancos podem cobrar dívidas incobráveis devido à recuperação potencial de ativos”, disse de Paula.
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A empresa coleta 95% de seus dados de fontes públicas e 5% através de parcerias. De Paula afirma ter mais de 400 clientes – que pagam uma taxa de inscrição para acessar o serviço – incluindo a Telefônica Vivo e as operações brasileiras da Unilever e da Microsoft. Além de fornecer dados inteligentes, a Neoway integrou com o Microsoft Dynamics e pretende estar disponível no Salesforce no final deste ano.
A expansão para o mercado norte-americano começou no início desse ano, ao abrir um escritório em Nova York, em parceria com o fornecedor de dados Infogroup. De acordo com o CEO, a Neoway já coletou dados de 50 milhões de empresas nos EUA e criou dois programas piloto: um com uma instituição financeira e um com uma empresa de bens de consumo.
A startup foi fundada em 2002, quando Paula trabalhava em sua tese de doutorado na Universidade Federal de Santa Catarina. “Obter financiamento naquela época não era tão fácil como hoje no Brasil”, disse ele. “Mas muitas startups estão começando em Florianópolis agora, tornou-se um verdadeiro centro tecnológico. Existem alguns incentivos fiscais excelentes aqui”.
A Neoway anunciou hoje também que Andrew Prozes, o ex-CEO da LexisNexis, se juntará ao conselho de administração, o que deverá ajudá-los a ajustar seu modelo ao mercado norte-americano. Atualmente, são 300 funcionários na capital catarinense, São Paulo e Nova York.
(via Venture Beat)
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Ruy Moura
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