03 maio 2016

Em alta, laboratórios postergam fusões com grupos estrangeiros

Laboratórios de diagnóstico brasileiros têm postergado os planos de fusões e aquisições com grupos estrangeiros para aproveitar seu período de crescimento.

O centro paulista de diagnósticos SalomãoZoppi, que no fim do ano passado negociava com grupos estrangeiros a venda de 20% a 30% da empresa, diz agora que não deve firmar acordos em 2016.

"Não temos interesse em evoluir com isso neste momento, em meio a uma forte expansão", afirma o presidente-executivo, Mário Pereira.

A Mendelics, especializada em testes genéticos, também tem recusado negociações.

"A procura tem sido grande, os grupos de fora observam a crise no Brasil e esperam preços mais baixos. Mas, para nós, não seria um bom negócio agora", diz David Schlesinger, um dos fundadores.

A Mendelics atingiu, em maio, o equivalente à receita de todo 2015, afirma ele.

Com resultados positivos e caixa para investir, as empresas do setor têm optado por esperar atingir um valor mais alto para então negociar a venda, analisa o advogado Henrique Frizzo, sócio do escritório Trench, Rossi e Watanabe.

A procura internacional teve forte alta no último ano, após mudança na legislação que passou a autorizar a participação estrangeira em empresas de assistência à saúde.

Apesar de não citar diretamente laboratórios, a lei era uma barreira, pois criava insegurança jurídica e impedia a expansão para outros serviços de saúde, diz Frizzo. "Era uma demanda represada."Autor: Maria Cristina Frias Mercado Aberto Fonte: Folha de S.Paulo Leia mais em tudofarma 03/05/2016



03 maio 2016



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