A estatal mineira de energia Cemig decidiu que focará na venda de ativos para reduzir sua alavancagem, que quase dobrou desde o final de 2015 e tornou-se uma das principais preocupações da gestão da companhia, afirmou nesta terça-feira o diretor de Finanças, Fabiano Maia Pereira.
A relação entre a dívida líquida da elétrica e a geração de caixa, medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda), fechou março em 4,39 vezes, ante 2,4 vezes no final de 2015.
A marca, inclusive, está acima do limite de 4,12 vezes estabelecido no estatuto social da companhia, o que obrigou a convocação de uma assembleia de acionistas para 30 de maio para aprovar a ultrapassagem do teto.
"A Cemig está fazendo uma reavaliação do portfólio dela e isso permite que nós consigamos diminuir a dívida no médio prazo... a gente tem olhado fundamentalmente ativos que não temos o controle ou cocontrole. O planejamento da companhia é voltar os olhos para eles e colocar à venda, obviamente com valores satisfatórios", disse Pereira.
Questionado por analistas sobre quais ativos poderiam ser colocados no mercado, o diretor não quis dar detalhes, mas afirmou que o plano já possui inclusive algumas iniciativas aprovadas pelo Conselho de Administração.
"A gente tem que ter consciência de que a Cemig é uma companhia grande, com uma governança complexa. Nos últimos meses tivemos um trabalho muito grande de convencimento sobre a necessidade dessa estratégia... Conseguimos finalizar isso, alguns movimentos já estão aprovados pelo Conselho e a gente está em negociação", afirmou.
O executivo negou, no entanto, que esteja no plano a venda da fatia da Cemig na Renova Energia, empresa voltada a investimentos em fontes renováveis, ou das participações da companhia nas hidrelétricas de Santo Antônio e Belo Monte.
"Na Renova somos cocontroladores, temos interesse em que a companhia se mantenha forte... Santo Antônio, Belo Monte, ainda são projetos greenfield que ainda vão demorar a gerar caixa... Não é esse o caminho, a princípio."
O diretor financeiro afirmou ainda que a Cemig buscará aumentar a eficiência de sua unidade de distribuição de energia, a Cemig-D, responsável pelo fornecimento em Minas Gerais, que teve prejuízo de 40 milhões de reais no trimestre.
A companhia anunciou, inclusive, o adiantamento de um futuro aumento de capital de 410 milhões de reais para a subsidiária.
"Fizemos uma capitalização para reduzir a alavancagem... a intenção é que a produtividade aumente consideravelmente, já temos estudos demonstrando que isso é possível", afirmou Pereira.
A Cemig teve lucro líquido de 5 milhões de reais no primeiro trimestre, com recuo de 99,7 por cento ante mesmo período de 2015. Reuters Leia mais em bol.uol 17/05/2016
17 maio 2016
Cemig aposta em venda de ativos para reduzir alavancagem
terça-feira, maio 17, 2016
Compra de empresa, crise, Desinvestimento, Investimentos, Plano de Negócio, Tese Investimento, Transações MA, Venda de Empresa
0 comentários
Postado por
Ruy Moura
Assinar:
Postar comentários (Atom)
0 comentários:
Postar um comentário