Consórcio japonês liderado pela Mitsui detém agora 88,7% das ações
A GUMI – Guarana Urban Mobility Incorporated, subsidiária controlada pela trading japonesa Mitsui, assinou nesta quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019, contrato de compra e venda com a Odebrecht Transport S.A. (OTP) para transferência de controle na SuperVia, empresa que opera o serviço de trens urbanos na região metropolitana do Rio de Janeiro.
A OTP, braço de mobilidade da Odebrecht, detém participações em importantes projetos, como o VLT Carioca, o Consórcio Move São Paulo (responsável pela construção e operação da Linha 6-Laranja) e o VLT Goiânia.
Com a transação, a GUMI passa a deter quase 90% do controle da Supervia (88,7% das ações), restando 11,33% à Odebrecht Transport.
O negócio foi aprovado pelos credores, pelo Cade – Conselho Administrativo de Defesa Econômica, e pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro.
A participação da OTP, que passa a 11,33%, fica agora composta por 6,73% das ações da Odebrecht, 3,4% do FI-FGTS e 1,2% BNDES PAR.
Com isso, o consórcio japonês liderado pela Mitsui assume a quase a totalidade das ações da Supervia, tomando o lugar da OTP, até então a maior acionista da empresa.
As negociações, que vinham se desenrolando há alguns meses, estavam sendo vistas com otimismo pelo setor ferroviário, que aposta na abertura de novos investimentos. O consórcio, além da Mitsui, engloba participantes como a JRW (West Japan Railway), maior operadora de trens do Japão.
O negócio para vender a concessionária foi liderado por credores brasileiros da Odebrecht. O grupo sofreu enormes perdas com os escândalos investigados pela operação Lava Jato, o que a levou a sofrer intensa pressão para vender ativos para reduzir suas dívidas.
A Supervia, com 201 trens, opera 270 quilômetros de malha ferroviária dividida em cinco ramais, três extensões e 104 estações. Atua desde 1998 e transporta cerca de 600 mil passageiros em dias úteis.
Alexandre Pelegi, jornalista especializado em transportes. Publicado em 1 de março de 2019 por blogpontodeonibus em Mercado, Nos Trilhos Leia mais em diariodotransporte 01/03/2019
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crise, Desinvestimento, Infraestrutura, Investimentos, Tese Investimento, Transações MA, Venda de Empresa
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Ruy Moura
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