18 dezembro 2020

Grupo A adquire startup Jaleko, “Netflix” da educação para médicos

As fusões e aquisições de startups não param. O ano de 2020 já registrou 143 transações, duas vezes mais que em 2019. Seguindo a tendência, nesta quinta-feira, 17, o Grupo A, de educação superior, anuncia ter adquirido a startup carioca Jaleko, que oferece educação continuada para médicos e estudantes de medicina. A transação foi feita por meio de trocas de ações da Artmed, empresa do grupo, com a startup — avaliada em 40 milhões de reais.

A edtech nasceu de um projeto de 2013 dos médicos Lucas Cottini e Guilherme Weigert que ajudava profissionais da área com provas e concursos. Em 2018, eles decidiram transformar o negócio em uma plataforma de educação contínua para médicos. A princípio, focaram nos estudantes, oferecendo reforço em vídeo para os conteúdos da grade curricular. Hoje, mais de 150.000 estudantes na América Latina usam seus produtos, além de universidades, como a UERJ e a Estácio.

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A aproximação com o Grupo A aconteceu no final de 2019 e foi encarada pelos sócios da Jaleko como uma oportunidade de expansão do negócio. “Estamos no início da jornada, enquanto o Grupo A já atua em outras etapas da vida do médico. Para nós, essa aquisição é uma boa oportunidade de nos juntarmos a uma empresa robusta e com credibilidade no mercado”, diz o fundador Lucas Cottini.

O Grupo A, de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, atua há mais cinquenta anos no mercado editorial para educação superior. Entre os seus produtos, está o Secad Artmed, uma plataforma de educação remota que atende mais de 1 milhão de estudantes no país. Desde 2018, a companhia tem focado na digitalização do negócio e já adquiriu outras seis empresas de tecnologia.

“Faz parte da nossa estratégia olhar para o mercado em buscas de novas oportunidades com startups. As fusões e aquisições são boas formas de trazer pessoas talentosas e com alta capacidade de entrega”, diz Guilherme Dias, diretor da Artmed. Para ele, com a aquisição da Jaleko, a empresa vai conseguir acompanhar de forma mais completa a trajetória dos médicos, desde a faculdade até a carreira.

Com a aquisição, os sócios da Jaleko e a equipe de 60 pessoas da startup permanecem no negócio. A marca da edtech será mantida, assim como todos os seus produtos. Agora, as duas equipes estão trabalhando para identificar pontos de sinergia nos dois negócios e possíveis oportunidades conjuntas. A sede da Jaleko continua sendo no Rio de Janeiro.

O desafio agora, segundo os executivos, é posicionar bem a marca para conquistar mais espaço no mercado. Ao longo do ano, as startups de educação para saúde cresceram e atraíram investidores e grandes grupos. A Sanar, que atua em modelo similar ao da Jaleko, recebeu um aporte milionário em abril. Em novembro, a MedRoom, que oferece um software de realidade virtual para cursos de medicina, foi adquirida pela Ânima Educação. “Em um oceano cada vez mais vermelho, precisamos ter agilidade”, diz Dias. Fonte Exame.Leia mais em indicesbovespa 17/12/2020'


18 dezembro 2020



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