O inquérito “Covid-19 and the world of private equity”, da Mazars, revela que, apesar da pandemia, os investidores globais continuam atentos às oportunidades de negócio.
A consultora internacional Mazars realizou um inquérito global, a mais de 150 investidores na Europa, América e Ásia, centrado na avaliação do impacto da Covid-19 nas empresas de capital de risco e nas previsões e estratégias dos investidores. Acabou por constatar que, apesar da expetativa de quebra de receitas no seu portefólio de companhias e de um regresso ao normal previsível para 2021, a maioria deles continua à procura de oportunidades de negócio.
O Covid-19 and the world of private equity’ mostra que, nos próximos 12 meses, 50% dos inquiridos estima uma descida entre os 11% e os 25% nas receitas das empresas que fazem parte do seu portefólio, enquanto 22% antecipa uma quebra entre os 26% e os 50% durante o mesmo período.
No que diz respeito ao modelo de trabalho adotado, cerca de 88% dos investidores e empresas de capital de risco afirma ser possível finalizar os negócios trabalhando a partir de casa, mas 74% admite que o desafio é maior nesses casos.
Por outro lado, 45% dos inquiridos afirma que novas oportunidades e aquisições nas ‘platform companies’ e “bolt-ons” serão o seu foco no próximo ano, contra 24% que afirmaram não fazer alterações na sua estratégia em resposta à Covid-19. 79% dos inquiridos afirmou que o timing de saída para as suas empresas de portefólio será atrasado.
Relativamente a um possível regresso à normalidade, 22% aponta o terceiro trimestre de 2020 como a data previsível para que tal aconteça, enquanto 14% prevê esse regresso apenas no quarto trimestre do ano. 61% revelou-se mais cauteloso afirmando esperar uma melhoria só em 2021.
No parâmetro de avaliação das medidas governamentais de resposta à situação de pandemia, 51%, dos inquiridos pensa que o seu Governo respondeu de forma adequada à situação.
Perante estas conclusões, Stéphane Pithois, Gobal Head of Corporate Finance da Mazars, salientou que “os resultados do inquérito revelam que os investidores estão abertos ao negócio, mas que os tempos ainda são desafiantes. Ao mesmo tempo que aparentemente as saídas serão adiadas, muitos dos fundos existentes têm alta liquidez e continuam à procura de novos negócios e ‘bolt-ons’ para as ‘platform companies”. Acrescenta ainda que “à medida que o mundo dos negócios volta lentamente ao trabalho, é tranquilizador observar uma clara noção de otimismo e resiliência dos fundos de capital de risco”... Leia mais em linktoleaders 27/06/2020
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