Divulgadas 10 operações de Fusões e Aquisições com destaque pela imprensa na semana de 16 a 22/mar/2020. Envolvem direta ou indiretamente empresas brasileiras de 7 setores e um investimento da ordem de R$ 1,6 bilhão.
A tendência de queda semanal do volume de operações de fusões e aquisições é muito nítida conforme demonstra o gráfico abaixo. A semana de 16 a 22/mar/20 provavelmente será marcada como a semana que define o período de início da queda do volume de operações de M&A por conta do pandemia do coronavírus. Como também o mês de março/20, deverá ser o mês da ruptura da curva de crescimento do número de transações que vinha ocorrendo há mais de um ano, desde janeiro de 2019.
ANÁLISE DA SEMANA
Principais transações
NEGÓCIOS DA SEMANA
"Market Movers" - Brasil
- Elie Horn não está de brincadeira: Hospital Care compra mais um grupo hospitalar - A holding, controlada pelos empresários Elie Horn, Julio Bozano e pelo fundo Crescera, acaba de adquirir o grupo Austa, de São José do Rio Preto. Com isso, finca bandeira em cinco cidades e se prepara para entrar em mais duas praças até o fim do ano. A compra de 60% do negócio ainda tem de ser aprovada pelo Cade e pela Agência Nacional de Saúde (ANS). O valor do negócio não é revelado, mas fontes de mercado afirmam que o Austa fature R$ 300 milhões por ano. 18/03/2020
- Impossible Foods capta US$500 mi em avaliação de quase US$4 bi, diz fonte - As empresas de carne de origem vegetal vêm ganhando força, com muitos consumidores cada vez mais conscientes do impacto ambiental causado pela indústria pecuária. Impossible Burger: hambúrguer ilustrado na imagem não conta com ingredientes de origem animal. A Impossible Foods anunciou nesta segunda-feira que captou cerca de 500 milhões de dólares em uma recente rodada de financiamento, liderada pela Mirae Asset Global Investments, que não era investidora da empresa fabricante de carne vegetal. 16/03/2020
HUMORES & RUMORES
M & A - VENDA
- Coronavírus: Petrobras posterga prazos para venda de refinarias - Estatal anunciou que vai adiar o recebimento de ofertas vinculantes a ativos elencados para desinvestimentos. Em função das medidas de prevenção ao novo coronavírus, a Petrobras postergará o recebimento de ofertas vinculantes nos processos de desinvestimento em refino e seus respectivos ativos logísticos, de forma a assegurar a efetiva realização da due diligence por parte dos potenciais compradores. Os processos abrangem as refinarias Abreu e Lima (Rnest) em Pernambuco, Landulpho Alves (RLAm) na Bahia, Presidente Getúlio Vargas (Repar) e Unidade de Industrialização do Xisto (SIX) no Paraná, Alberto Pasqualini (Refap) no Rio Grande do Sul, Refinaria Gabriel Passos (Regap) em Minas Gerais, Refinaria Isaac Sabbá (REMAN) no Amazonas, Lubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste (Lubnor) no Ceará. A Petrobras reforçou “seu engajamento no projeto de venda dos ativos de refino e seus respectivos ativos logísticos, conforme estipulado em seu Plano Estratégico 2020-2024”. “A operação está alinhada à otimização do portfólio e à melhora de alocação do capital da companhia, visando a geração de valor para os nossos acionistas”, disse, em nota... 20/03/2020
- Renova recebe proposta para vender Alto Sertão III - A Renova, que está em recuperação judicial, recebeu uma proposta da Castlelake para comprar o Complexo Eólico Alto Sertão III, na Bahia, informou a empresa por meio de comunicado enviado ao mercado nesta segunda-feira (16). De acordo com o documento, a administração da Renova ainda não apreciou a proposta e, alternativamente, vem estudando outras possibilidades para equacionar a estrutura de capital. No fim de fevereiro, a Renova Energia recebeu uma proposta de financiamento das gestoras ARC, G5, e XP Vista Asset para terminar as obras do complexo eólico Alto Sertão III Fase A. A companhia informou que o conselho de administração está avaliando a proposta recebida. 17/03/2020
- Petrobras inicia fase vinculante para venda de fatia em blocos na bacia de Pelotas - A estatal Petrobras iniciou a fase vinculante de processo para a venda de uma parcela de sua participação em blocos exploratórios na concessão BM-P-2, em águas profundas da Bacia de Pelotas, no Rio Grande do Sul, segundo comunicado da companhia nesta segunda-feira. A empresa é sócia da francesa Total na concessão, na qual cada companhia possui uma fatia de 50%, e atua como operadora no ativo. "O desinvestimento será realizado em conjunto, com a venda entre 30% a 65% de participação e a Petrobras permanecerá como operadora da concessão", 16/03/2020
- R$ 5 bilhões pelos três hospitais - A United Health, dona da Amil, está pedindo R$ 5 bilhões pelos três hospitais que possui no Nordeste e por uma carteira de 200 mil planos de saúde individuais, que botou à venda recentemente. Os dois candidatos potenciais são o fundo Pátria e o grupo Hapvida. Autor: Lauro Jardim Referência: O Globo .16/03/2020
- Petrobras anuncia venda de parques eólicos em Guamaré/RN - A Petrobras comunicou ao mercado no início da noite desta sexta-feira, 13, através de um teaser, a venda da sua participação societária nos Parques Eólicos Mangue Seco 3 e 4, em Guamaré, no Rio Grande do Norte. Com esse novo anúncio, a estatal confirma que não tem mais interesse em operacionalizar o Complexo Eólico Mangue Seco, formado por quatro parques – dois deles (Mangue Seco 1 e 2) colocados à disposição do mercado em 31 de janeiro passado. O empreendimento tem capacidade instalada total de 104 MW. As Eólicas Mangue Seco 3 e 4 detêm e operam dois deles com capacidade total de 52 MW (2 x 26 MW). Na oferta desta sexta-feira, além das ações da Petrobras, a empresa Wobben Windpower Indústria e Comércio Ltda. também anunciou que disponibiliza suas ações no mesmo complexo eólico ao mercado. A Petrobras detém 49% de participação nas empresas e realizará a venda em conjunto com a sua sócia, a Wobben Windpower Indústria e Comércio Ltda., que detém os 51% restantes, através de processo competitivo visando à venda de 100% das ações das Eólicas Mangue Seco 3 e 4. Não foram informados valores estimados para a negociação. 14/03/2020
M & A - COMPRA
- Guedes diz que bancos menores são monitorados e Caixa destina R$ 30 bi para compra de carteiras - A Caixa Econômica Federal vai reservar R$ 30 bilhões para a compra da carteira de crédito de pequenos e médios bancos. O anúncio foi feito nesta sexta (13) pelo presidente da instituição, Pedro Guimarães, ao lado do ministro Paulo Guedes (Economia). Apesar disso, Guedes negou que os bancos menores estejam apresentando problemas e afirmou que o sistema financeiro está "absolutamente líquido". Mesmo assim, disse que as pequenas e médias instituições financeiras estão sendo monitoradas. "Os bancos públicos estão atentos, muito líquidos e preparados para pontos possíveis de fragilidade. Bancos médios, se houver problema. Não há no momento, eles estão bem", disse. "Não, não [estão com problemas]. Bancos pequenos e médios estão sendo monitorados", disse. Guedes disse que os R$ 135 bilhões em liberação de compulsórios de bancos já anunciados pela equipe econômica entrarão nesta sexta-feira na economia, liberando liquidez ao sistema financeiro. "[O BC está] Liberando hoje os R$ 135 bilhões de redução de compulsório. Chega num ótimo momento, exatamente quando a crise está chegando", disse Guedes. 13/03/2020
- Eneva quer fusão com AES Tietê em negócio de R$ 6,6 bilhões - Segundo comunicado da empresa, a combinação dos negócios transformaria a companhia em uma gigante de geração energia, com 6,4 gigawatts em capacidade até 2024. A elétrica Eneva anunciou que fez uma proposta à geradora AES Tietê, da norte-americana AES, de combinar os negócios entre as companhias com o objetivo de criar uma “gigante no setor de geração” no Brasil. A informação foi comunicada pelas empresas no dia 2 de março. A AES Tietê terá 60 dias para avaliar a oferta, envolvendo um total de cerca de R$ 6,6 bilhões, sendo R$ 2,75 bilhões em dinheiro e aproximadamente R$ 3,9 bilhões em ações da Eneva. O acordo ainda incluiria um prêmio de 13,3% sobre o preço das ações da AES Tietê. Segundo a Eneva em comunicado, o negócio resultaria na segunda maior empresa privada de geração de energia listada no Brasil. Para se ter ideia do tamanho do negócio, a Eneva tem como principais acionistas o BTG Pactual e a Cambuhy Investimentos, empresa da bilionária família Moreira Salles, cada um com 22,95% das ações, e opera principalmente termelétricas a gás, com portfólio que soma 2,8 gigawatts em capacidade instalada, dos quais 78% já operacionais. 14/03/2020
OFERTA DE AÇÕES
- Grupo Mateus contrata bancos para IPO de R$ 4 bi, segundo fonte - Em uma inóspita semana para o mercado financeiro, o Grupo Mateus, varejista maranhense, definiu os bancos que vão coordenar sua oferta pública inicial de ações (IPO), apurou o Valor. O sindicato é liderado pela XP Investimentos e conta ainda com Itaú BBA, BTG Pactual e Bradesco BBI, conforme três fontes. O grupo tem liderança no varejo alimentar em cidades das regiões Nordeste e Norte. Apesar de ter decidido dar andamento aos preparativos de oferta, a companhia, é claro, não irá à bolsa nas próximas semanas. Mais de 25 empresas já adiaram suas ofertas que estavam programadas para ocorrer entre o fim de março e o início do mês de maio. A ideia do grupo é estar pronto para a próxima reabertura de mercado, seja no terceiro ou no quarto trimestre - o que bancos hoje consideram o mais provável. A intenção é levantar ao menos R$ 4 bilhões, sendo R$ 3 bilhões em oferta primária e R$ 1 bilhão em tranche secundária, sendo a companhia avaliada acima dos R$ 25 bilhões. Pelo tamanho da operação, houve uma disputa acirrada entre quase todos os bancos de investimento no país. Isso porque, até agora, é a maior oferta privada programada no Brasil - as outras grandes operações são ligadas a estatais, que pagam taxas de remuneração aos bancos consideravelmente inferiores à média praticada no mercado.19/03/2020
- Hidrovias do Brasil adia IPO por deterioração do mercado - A empresa não estimou quando a oferta poderia ser retomada. A Hidrovias do Brasil decidiu adiar sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) diante do derretimento dos mercados acionários em meio à crise disparada pela pandemia de coronavírus. A companhia de logística havia protocolado o pedido de IPO na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) em 20 de fevereiro, pretendendo listar seus papéis no Novo Mercado da B3. 17/03/2020
- IPO da CSN Mineração pode ter janela única de atratividade - O presidente da CSN, Benjamin Steinbruch, voltou a falar de uma possível oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) do braço de mineração do grupo para reduzir o endividamento. Embora o coronavírus tenha diminuído o apetite por esse tipo de investimento no curto prazo, o mercado entende que, no caso da CSN Mineração, a janela ideal para um IPO é agora – e ela não deve durar muito. Diante dos intermináveis tropeços da siderurgia brasileira nos últimos anos, a CSN ancorou sua rentabilidade na mineração. Em 2019, mais de 80% da geração de caixa do grupo (medida pelo Ebitda ajustado) veio das vendas de minério de ferro. A empresa é a segunda maior exportadora de minério de ferro do Brasil (atrás apenas da Vale), com produção de aproximadamente 35 milhões de toneladas por ano. A expectativa é que, em breve, esse volume possa subir para 40 milhões. O produto é considerado de alta qualidade, com teor médio de 62%, referência do mercado global. 16/03/2020
- Locadora de caminhões Vamos adia IPO de R$ 1,5 bi: - A Vamos, locadora de caminhões da JSL SA, decidiu suspender sua oferta pública inicial de ações devido às condições de mercado e à dificuldade de encontrar investidores, disseram duas pessoas familiarizadas com o assunto, pedindo para não ser identificadas, pois a decisão não é pública ainda. O IPO, marcado para o dia 25, pretendia levantar até R$ 1,53 bilhão, segundo prospecto enviado à Comissão de Valores Mobiliários. A ideia seria vender 36,6 milhões de ações ordinárias em uma oferta primária e mais 19,4 milhões em secundária, sem contar o lote adicional e suplementar. Essa é a segunda vez que a empresa tenta fazer uma oferta de ações. Dentre as cerca de 25 ofertas de ações que estavam registradas na CVM para acontecer este ano antes da crise do coronavirus abater os mercados, a da Vamos era a única que tinha uma data fixada para a fixação de preço. 16/03/2020
- Ações derretem e empresas lançam recompra - A liquidação generalizada que tomou conta do mercado de ações nos últimos dias fez com que as companhias acelerassem programas de recompra de seus ativos na bolsa, uma das principais armas para sustentar as cotações em momento de queda. De janeiro até ontem, 20 operações de recompra de ações foram anunciadas, 11 delas em março, período em que o Ibovespa caiu 31,7%, acompanhando o pânico nos mercados no mundo todo por causa da pandemia de coronavírus e seus efeitos sobre a economia global. As recompras anunciadas neste ano já correspondem a mais de um terço das divulgadas em todo 2019, segundo dados compilados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), regulador do mercado de capitais. A recompra de ações no momento de baixa do mercado representa uma sinalização aos investidores de que os papéis estão muito baratos. É uma maneira de a administração mostrar que está de olho [em suas ações], que o preço não é condizente com o momento da empresa, diz Thiago Salomão, analista da Rico Corretora.
- Cogna faz registro da Vasta na Nasdaq - Companhia pretende levantar até R$ 2 bilhões por 20% do seu negócio de serviços educacionais. A Cogna (ex-Kroton) protocolou registro da Vasta, sua subsidiária de serviços educacionais, na Nasdaq. No entanto, a oferta inicial de ações não deve ocorrer neste primeiro semestre, devido à forte volatilidade nas bolsas, provocada pela pandemia do novo coronavírus, segundo o Valor apurou. Diferente da B3, cujo prazo para realizar a oferta é de dois meses após o registro, na bolsa americana não há uma data limite para o IPO. Ainda segundo fontes, a Cogna planeja levantar entre R$ 1,6 bilhão e R$ 2 bilhões por 20% do capital da Vasta. Caso consiga atingir essas quantias, a empresa será avaliada em cerca de US$ 2 bilhões. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) estimado para a Vasta neste ano é da ordem de R$ 350 milhões A ideia de abrir o capital da Nasdaq começou a ser amadurecida no ano passado, após o sucesso obtido pela Arco Educação, empresa que atua no mesmo segmento da Vasta. A Arco abriu seu capital em setembro de 2018, levantando US$ 200 milhões e papel precificado a US$ 17,50. Hoje, essa ação vale US$ 44,84, ou seja, uma valorização de 156% desde o IPO.... Leia mais em valore econômico 16/03/2020
TOP TRENDS
- Ibovespa volta a desabar e aciona novo circuit breaker com ceticismo sobre medidas para conter efeito de pandemia - O mercado parece estar "preocupado que essas medidas não serão suficientes pra conter o real impacto econômico causado pelo coronavírus", diz o Credit Suisse. A bolsa paulista começou a semana com fortes perdas e precisou acionar o mecanismo de circuit breaker antes da primeira meia hora de pregão, mesmo após medidas de bancos centrais para frear os efeitos nocivos da pandemia do novo coronavírus nas economias, com agentes céticos sobre a eficácia dessas ações. O Ibovespa registrou queda de 12,53%, a 72.321,99 pontos, antes de acionar o mecanismo de circuit breaker, o quinto já registrado em março. As negociações serão retomadas a partir das 10:55. O volume financeiro até o momento na bolsa somava 1,39 bilhão de reais. Na sexta-feira, o Ibovespa à vista fechou em alta de 13,91%, em dia de recuperação global dos mercados. O Federal Reserve e outros bancos centrais globais agiram agressivamente no domingo, com a autoridade monetária norte-americana cortando os juros para perto de zero, prometendo centenas de bilhões de dólares em compras de ativos e oferta de financiamento barato em dólar. Em nota a clientes, o Credit Suisse destacou que esses estímulos emergenciais são medidas fortes, que fazem sentido dada a rápida deterioração econômica como consequência do surto do Covid-19, mas que, mesmo com todas essas iniciativas, o mercado parece estar mais cético e negativo. "As sequelas do Covid-19 já se fazem presentes na economia global e devem se ampliar ainda mais nas economias da Zona do Euro, EUA e aqui no Brasil, com risco de estarmos próximos de uma recessão global", destacou a equipe da Mirae Asset, em relatório a clientes. 16/03/2020
RELAÇÃO DAS TRANSAÇÕES
- BT vende rede óptica, data centers e teleportos no Brasil - Clientes da BT seguem atendidos pela empresa britânica, que passa a utilizar a infraestrutura do comprador, o fundo CIH, com sedes no Reino Unido e em Hong Kong. A BT anunciou hoje, 19, que chegou a um acordo para a venda de parte das operações e instalações de infraestrutura em 16 países da América Latina, inclusive no Brasil, à CIH Telecommunications Americas. A transação está sujeita à aprovação das autoridades regulatórias competentes e deve ser concluída neste ano. Os termos da venda não foram revelados. A operadora afirma que manterá a presença na região apesar da venda, prestando serviços de próxima geração nas áreas de rede, nuvem e segurança a seus clientes multinacionais em 21 países. A transação faz parte da revisão estratégica global da BT, que determinou foco no mercado Europeu e atendimento a multinacionais. Entre os ativos e operações incluídos na transação estão duas redes de fibra óptica de propriedade da empresa com comprimento total de 650 km; 2.000 km de linhas de fibra óptica arrendadas; quatro centros de dados e cinco teleportos. Os negócios alienados têm sede na cidade de São Paulo. Ao todo, os ativos alienados na América Latina proporcionaram uma receita de £ 110 milhões à BT no exercício fiscal de 2018/19. “O anúncio de hoje é um importante marco na execução de nossa estratégia para nos tornarmos uma empresa mais ágil e focada. Ele ocorre em um momento especialmente desafiador para a economia mundial. Portanto, trata-se de um indicador de nossa determinação para manter a empresa avançando e continuar conectando comunidades, empresas e governos”, afirmou Bas Burger, CEO da unidade Global da BT. 19/03/2020
- Votorantim e CPPIB têm aval para aquisição de projetos eólicos da Casa dos Ventos - Uma joint venture entre a Votorantim Energia e a administradora de fundos de pensão canadense CPPIB recebeu autorização do órgão antitruste Cade para aquisição de 14 projetos eólicos no Nordeste do Brasil. O negócio, fechado junto ao fundo de investimentos em participações Salus, controlador da desenvolvedora de projetos Casa dos Ventos, foi aprovado sem restrições pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), segundo publicação no Diário Oficial da União desta segunda-feira. A VRTM, associação entre a Votorantim e os canadenses, defendeu a transação como "uma oportunidade para desenvolvimento de novos projetos no mercado de energia, ampliando sua atuação no segmento de matriz eólica na região Nordeste do país, de modo a agregar valor e sinergia aos seus negócios", mostraram documentos entregues ao Cade. A aquisição envolve projetos em desenvolvimento e ainda não operacionais em Piauí e Pernambuco que totalizam capacidade instalada de 419 megawatts. Atualmente, a associação entre Votorantim e CPPIB possui ativos eólicos no Brasil com 563,7 megawatts em capacidade, de acordo com parecer do Cade sobre o negócio com a Casa dos Ventos. As empresas também controlam em conjunto a elétrica Cesp, após terem vencido em meados de 2018 um leilão de privatização da empresa realizado pelo governo paulista. 16/03/2020
- Cade aprova reestruturação em ativos de energia do BTG Pactual - FIP Vulcan comprou 100% de ações do FIP Brasil energia em UTEs e PCH. O Conselho Administrativo de Defesa Econômica aprovou sem restrições a compra pelo FIP Vulcan de aproximadamente 100% das ações representativas do capital social detidas pelo FIP Brasil Energia nas UTEs Viana (ES – 174,6 MW), UTE Linhares (ES – 204 MW), Ponta Negra (AM – 85,3 MW) e PCH Braço (RJ – 11,5 MW). As empresas atuam na área de geração e comercialização de energia. A operação é uma estratégia do BTG para reestruturar os seus ativos relacionados à geração e comercialização de energia no Brasil. O FIP Brasil Energia é um fundo de investimento em participações gerido pelo BTG Pactual e constituído sob a forma de condomínio fechado. Já o Vulcan pertence ao Grupo BTG Pactual e é uma comunhão de recursos destinados ao investimento em valores mobiliários de emissão de sociedades por ações. Na operação, as ações representativas do capital social da Linhares serão adquiridas através da Rio Doce, um veículo do FIP Vulcan. As demais serão adquiridas pelo Vulcan, que foi criado especificamente para operacionalizar a transação. A Servtec, que tem 50% das ações da Gera Amazonas, terá o direito de vender a sua parte.. 20/03/2020
- 500 Startups tem novo sócio no Brasil - Flávio Dias, investidor anjo e novo sócio do 500 Startups no Brasil. . O 500 Startups, fundo global de venture capital de early stage sediado em São Francisco, anunciou a chegada de Flávio Dias, ex-CEO da Via Varejo, como seu novo sócio no Brasil. Com 20 anos de experiência no varejo, Dias atuou por dois no grupo dono da Casas Bahia e do Pontofrio, onde também foi Chief Digital Officer (CDO). Nos últimos anos, o executivo também se tornou um investidor anjo com mais de 12 startups em seu portfólio. Ele ainda é conselheiro independente na rede de lojas de departamento Coppel, no Conselho Mudando o Jogo e a startup de customer acquisition Escale. Antes da Via Varejo, Dias foi CEO da Cnova, diretor executivo do Banco Original e presidente da Walmart, além de ter sido gerente de e-commerce na Magazine Luiza e na Philips. “Aliar essa experiência ao time da 500 Startups é uma enorme oportunidade de causar um grande impacto para todo o ecossistema brasileiro, pois nosso objetivo é olhar para além do eixo Rio-São Paulo e investir cada vez mais em startups de localidades diversas", afirma Flávio Dias, novo sócio da 500 Startups no Brasil. Desde que foi fundado no Vale do Silício, o 500 Startups investiu em mais de 2,4 mil negócios espalhados por mais de 75 países, com um montante sob gestão de mais de US$ 560 milhões. 19/03/2020
- Antiga fábrica da Nilza em Ribeirão Preto é vendida por R$ 23,5 milhões - Imóvel foi comprado pela empresa JV Naves e decisão publicada pela Justiça nesta segunda-feira. A antiga Indústria de Alimentos Nilza S/A foi vendida por R$ 23,5 milhões para a empesa JV Naves. A venda inclui os dois imóveis da Nilza que, juntos, somam 250 mil metros quadrados, na altura do km 312 da Rodovia Anhanguera. Segundo o advogado Alexandre Borges Leite, administrador judicial da massa falida da Nilza, existia um leilão em andamento e a maior proposta a ser ofertada por essa área tinha sido de R$ 16 milhões, no final do ano passado. “Mas, recebemos essa proposta de R$ 23,5 milhões e entramos com um recurso. Em dezembro, o juiz abriu novamente o prazo, de 30 dias, para qualquer interessado que tivesse apresentado algum valor em leilão pudesse cobrir essa proposta. Então, agora em março, essa venda foi homologada”, conta. O valor negociado representa 42,7% da avaliação total dos imóveis com os equipamentos, mas a Justiça autorizou a venda mesmo não sendo alcançado o valor de 50% previsto em lei nesses casos. “Já fizemos seis leilões pela área e nunca recebemos nenhuma proposta como essa. Visando a depreciação dos equipamentos e também a desvalorização do mercado imobiliário, além da crise econômica, o juiz achou prudente aceitar essa proposta, pois já existe uma jurisprudência nesse caso”, explica.16/03/2020
- Brasileira Hotmart compra startup americana de educação Teachable - Os detalhes financeiros não foram divulgados e a operação deve ser concluída no segundo trimestre de 2020.A startup de empreendedorismo por conteúdo digital Hotmart anunciou nesta terça-feira, 17, a aquisição da empresa americana Teachable, focada no setor de educação online, sem revelar detalhes financeiros da transação. Segundo nota divulgada pela empresa brasileira, a operação deverá ser concluída no segundo trimestre de 2020, após aprovações regulamentárias. A Hotmart, fundada em Belo Horizonte em 2011, é uma plataforma que oferece um ecossistema para venda, divulgação e compra de produtos digitais, como cursos online, e-books, audiobooks e podcasts. Já a Teachable nasceu em 2014 e tem sede em Nova York e na cidade de Durham, na Carolina do Norte. A empresa possui uma plataforma que permite que empreendedores e criadores de conteúdo faturem com a criação e comercialização de cursos online. De acordo com o site americano Crunchbase, a startup recebeu um total de 12,5 milhões de dólares em rodadas de investimento... 17/03/2020
- Elie Horn não está de brincadeira: Hospital Care compra mais um grupo hospitalar - A holding, controlada pelos empresários Elie Horn, Julio Bozano e pelo fundo Crescera, acaba de adquirir o grupo Austa, de São José do Rio Preto. Com isso, finca bandeira em cinco cidades e se prepara para entrar em mais duas praças até o fim do ano. Rogério Melzi, presidente da holding de serviços de saúde Hospital Care, rede de hospitais, clínicas e laboratórios, não esconde de ninguém que pretende fazer uma aquisição atrás da outra até fincar bandeira em oito cidades estratégicas. E dinheiro não falta para isso. Nesta quarta-feira, 18 de março, a empresa vai anunciar a aquisição do grupo Austa, de São José do Rio Preto (SP). A compra de 60% do negócio ainda tem de ser aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e pela Agência Nacional de Saúde (ANS). O valor do negócio não é revelado, mas fontes de mercado afirmam que o Austa fature R$ 300 milhões por ano. Com isso, a Hospital Care deve bater em um faturamento estimado em R$ 1,5 bilhão. “Fico feliz de, mesmo no meio dessa confusão toda de coronavírus, anunciar mais uma aquisição”, diz Melzi ao NeoFeed. A incorporação do Austa faz com que a holding alcance um total de 23 ativos, entre os quais nove hospitais, e atinja 80 mil atendimentos mensais. Atualmente, o hospital de São José do Rio Preto faz 10 mil atendimentos e 800 cirurgias por mês. 18/03/2020
- Healthtech recebe US$ 2,5 milhões em primeira rodada de investimento - A VivaBem (ViBe), startup de healthtech brasileira focada em saúde primária digital para o mercado empresarial (B2B), anunciou sua primeira rodada (seed) de investimentos, liderada pela fundo sueco Webrock Ventures. Além dos US$2,5 milhões focados na expansão dos serviços da ViBe no Brasil, a startup firma parceria com a Doktor.se, empresa sueca de telemedicina. A startup surgiu em 2018 com o objetivo de ampliar o acesso a atendimento de saúde primário de qualidade para a população através de soluções digitais via celular, tablet ou computador. Segundo a empresa, por mais que ainda existam algumas limitações regulatórias, essas barreiras têm tudo para serem rompidas no curto prazo no Brasil, seguindo a tendência e realidade dos Estados Unidos, Europa e Ásia. 16/03/2020
- BFerraz compra a Snack e põe o pé no YouTube - A BFerraz acaba de comprar uma participação minoritária na Snack, uma empresa que cria e administra canais no Youtube para marcas como Guaraná Antarctica, Boticário e Magazine Luiza. A transação inclui ainda uma opção para comprar o controle nos próximos anos. A Snack é uma das poucas empresas brasileiras homologadas pelo Youtube para administrar múltiplos canais simultaneamente. Nos Estados Unidos, o peer mais conhecido é a Maker Studios, que surgiu em 2010 e foi adquirida quatro anos depois pela Disney por US$ 500 milhões (hoje, a empresa se chama Disney Digital Network). A Snack faturou R$ 20 milhões ano passado e espera dobrar o faturamento este ano. A rede tem uma audiência de mais de 200 milhões de views por mês. Está é a quinta aquisição da BFerraz desde que Bazinho Ferraz vendeu sua participação no Grupo ABC (onde era sócio desde 2006 junto com Nizan Guanaes e Guga Valente) e recomprou a agência que leva seu nome. Outras aquisições incluem a Just a Little Data, New Vegas, Score e Ablab. Bazinho foi sócio de Nizan Guanaes no Grupo ABC, onde chegou a ter 13% do capital. Em 2015, quando a empresa foi vendida para a Omnicom para dar saída ao Kinea, ele vendeu sua participação e recomprou o controle da BFerraz. Ele diz estar negociando com mais quatro agências e deve anunciar outras duas aquisições em breve, provavelmente de agências que atuam nos segmentos de ecommerce e de ‘first-party data’ (empresas que trabalham com grandes bases de dados). 16/03/2020
- Superintendência do Cade aprova operação entre Ask e Si Group Crios - A superintendência geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou sem restrições a operação entre a ASK Produtos Químicos do Brasil Ltda e SI Group Crios Resinas S.A. O despacho pela aprovação está publicado no Diário Oficial da União desta segunda-feira, 16. Segundo parecer disponibilizado pelo Cade, a operação consiste na aquisição, pela ASK Chemicals CmbH (ASK), da maior parte dos negócios de resinas industriais da SI Group Crios no Brasil, Índia e África do Sul. Especificamente no Brasil, a operação envolverá a aquisição, pela ASK, da SI Group Crios Resinas (Crios), sendo que o grupo SI reterá determinados negócios. Ainda de acordo com o parecer, o Grupo SI separará os Negócios Retidos da SI Crios e os transferirá para uma nova entidade ("SI SpinCo"), de forma que a Crios consistirá apenas no Negócio Alvo Brasileiro (a maior parte dos negócios de resinas industriais). 16/03/2020
RELATÓRIOS - DESTAQUES DA SEMANA
- SEMANA ANTERIOR >>> 02 a 08/mar/2020>>
- Fusões e aquisições: 87 transações realizadas em fevereiro/20
- TI - RADAR de Fusões e Aquisições, em janeiro/2020
QUEM, O QUÊ, QUANDO, QUANTO, COMO e POR QUÊ
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