26 fevereiro 2020

TI - RADAR de Fusões e Aquisições, em janeiro/2020

Crescimento de 73,7%, em janeiro/20,  no volume de fusões e aquisições de empresas de Tecnologia da Informação – TI e Telecom, no Brasil. Foram realizadas 33 transações.
  Em relação  ao valor dos negócios, apurou-se o montante de R$ 5,7 bilhões,  um crescimento de 697%, comparativamente ao mesmo mês do ano anterior.
  O segmento de maior volume de operações foi o de SOFTWARE.
  Oss investidores Financeiros foram  mais ativos em volume, com 19 negócios realizados, enquanto os investidores Estratégicos ficaram com 14.  Por sua vez , os Investidores Nacionais responderam por 28 operações e os Estrangeiros somente por 5.
  Em relação ao montante, os Estrangeiros foram responsáveis  por 73,7% dos investimentos,  e  os  Nacionais por 26,3% do total.
  O valor médio das transações no ano  foi de R$ 173,3 milhões,  crescimento de 348% em relação ao mesmo mês do ano anterior.
  O Indicador de Volume de Transações de M&A do mês sinaliza viés de baixa.
  A maior transação no mês de janeiro/20, foi venda pela Oi da participação na Unitel para a Sonangol por US$ 1 bi. Seguida pela oferta de ações da Positivo Tecnologia movimentando 445,4 milhões e da transação da Zenvia recebendo aporte de US$ 54 mi da Oria Capital.

Operações de Fusões e Aquisições de Tecnologia da Informação – TI e Telecom, noticiadas com destaque na imprensa brasileira ao longo do mês corrente As informações deste relatório, elaborado pelo Blog FUSÕES & AQUISIÇÕES (http://fusoesaquisicoes.blogspot.com.br) estão apresentadas em blocos, detalhando as transações por Volumes e Valores, Segmentos, Racional do Investimento, Porte das empresas, Perfil do Investidor, Destaques do mês, etc.

ANÁLISE DO MÊS

Principais constatações.

Volume de negócios - No mês janeiro de 2020, foram apuradas 33 transações, representando um crescimento de 73,7% comparativamente ao mesmo mês do ano  anterior (19 transações).




Tendência - O objetivo do Indicador de Volume de Transações de M&A é sinalizar uma expectativa de tendência, com base na análise do verificado nos períodos semestrais móveis. O período móvel findo em jan/20, continua com viés de queda dos últimos meses.



Maiores apetites - Os segmentos de maior volume de operações em janeiro/20 foram os de Software, Mídia e Comércio Eletrônico, representando uma concentração de 79%.




Segmentação - Na classificação entre os Segmentos de TI no corrente mês, os subsegmentos de Finanças, Comunicações, Educação, Saúde, Energia e Meio ambiente, Setor público.. (Verticais App) de SOFTWARE, e  Conteúdo/mídia digital e serviços de marketing (comunicação de marketing e marketing/mídia de tecnologia) de MÏDIA vem liderando o número de transações, seguido por SERVIÇOS DE TI.



Valor dos investimentos -  No mês de janeiro, o total das transações, incluindo as operações que divulgaram os valores (90,4%) e as não divulgadas (estimadas  9,6%), alcançaram R$ 7,1 bilhões, representando um crescimento der 679%,  em relação ao mês do ano anterior, sendo fortemente influenciada, 73% por uma só operação, da OI que vendeu participação na Unitel para a Sonangol.



Segregação setorial nos últimos três anos - Comparando-se o número de transações do primeiro mês do ano, por segmentos, compiladas nos últimos três anos,  vale destacar  os crescimentos mais representativos nos segmentos de Comércio Eletrônico  (500%) e Software (117%).



Representatividade dos Investimentos por Área - Na classificação dos investimentos realizados por Áreas, no mês de janeiro/20, destaque para ITtech, que respondeu por 53,6% do total, com R$ 825 milhões, referente a 11 negócios realizados, seguido por MARtech, com 17,5%, R$ 270 milhões e 3 operações, e  FINtech, com R$ 257 milhões, em 6 negócios. Vale destacar que foi excluída a operação de telecomunicações, que isoladamente representou 73%.



Porte das empresas - O objetivo é proporcionar uma visão das transações classificadas em função do porte das empresas. Utilizou-se o critério adotado pelo BNDES e aplicável a todos os setores para a classificação do porte em função da Receita Bruta anual (informada ou estimada).
Em relação ao porte, os investidores deram preferência para empresas de pequeno porte no presente mês.


 • Microempresa <= R$ 2,4 milhões
 • Pequena empresa > R$ 2,4 milhões e <= R$ 16 milhões
 • Média empresa > R$ 16 milhões e <= R$ 90 milhões
 • Média-grande empresa > R$ 90 milhões e <= R$ 300 milhões
 • Grande empresa > R$ 300 milhões

Perfil do investidor - Em relação ao perfil do investidor no corrente mês, das 33 operações destacadas, os Investidores Financeiros foram responsáveis por 19 negócios. Desse volume, 15 operações foram realizadas por empresas de capital nacional e 4 de capital estrangeiro. Os investidores Estratégicos realizaram  14 negócios, sendo 13 de capital nacional e 1 de capital estrangeiro.
Por sua vez,  o Investidor de Capital Nacional foi mais ativo com 28 operações (84,8%), enquanto o Investidor Estrangeiro foi responsável por 5 negócios (15,2%).

Investimentos nacionais & estrangeiros - Já no que tange ao montante das transações no mês, de R$ 5,7 bilhões, os Investidores Estrangeiros foram responsáveis por 73,7% dos investimentos enquanto os Nacionais ficaram com 26,3%.
(1) Empresa adquire outra empresa (controladora ou não) relevante do ponto de vista estratégico, a fim de ter acesso a tecnologia, produto ou serviço.
(2) Fundo de Investimento Private Equity; Venture Capital, Angel;
(3) Empresa de capital nacional adquirindo participação em empresa brasileira (controladora ou não).
(4) Fundo de Investimento de capital estrangeiro adquirindo participação em empresa brasileira (controlador ou não).

Valor médio dos investimentos - O valor médio das transações no acumulado do ano  foi de R$ 173,3 milhões, representando um crescimento 348%   em relação ao valor médio do mesmo mês do ano passado.

Nacionalidade dos investidores - Em relação à nacionalidade das empresas que estão investindo no Brasil no mês de janeiro/20, quando foram registradas 5 operações, envolvendo 2 países.

Maiores transações no mês de janeiro/20:


Tops TRENDS
Oferta de ações na Bolsa brasileira pode atingir até R$ 200 bilhões em 2020 - Se a expectativa do mercado se confirmar, valor de operações vai mais do que dobrar em relação ao número de 2019 e representar um novo recorde para o mercado financeiro do País. As empresas brasileiras devem continuar se financiando na Bolsa para promover sua expansão em 2020, a exemplo do que já aconteceu em 2019. As operações de abertura de capital (IPO, na sigla em inglês) e emissões de ações de companhias já listadas na B3, a bolsa paulista, podem atingir de R$ 150 bilhões a R$ 200 bilhões no ano que vem, segundo fontes ouvidas pelo Estado. Em 2019, as operações no mercado de capitais somaram cerca de R$ 90,2 bilhões, com 42 transações (37 emissões de ações e 5 IPOs). 31/12/2019

Relação das transações - A relação das transações de Fusões e Aquisições na área de TI, segue a data em que foram divulgadas pela imprensa e compiladas pelo blog fusoesaquisicoes.blogspot.com. Todas podem ser pesquisadas e localizadas no blog.

RELATÓRIO ANTERIOR: TI - RADAR de Fusões e Aquisições, em dezembro/2019

M&A - QUEM, O QUÊ, QUANDO, QUANTO, COMO e POR QUÊ
 O RADAR de M&A em TI tem o propósito de captar o “clima” do mercado das operações de Fusões e Aquisições bem como sinalizar suas principais tendências. Trata-se da compilação de notícias visando tornar mais acessíveis e conhecidos os negócios de fusão, aquisição e venda anunciados/realizados entre empresas com atuação no Brasil. Todas as informações sobre os negócios citados no presente relatório são obtidas a partir de notícias consideradas confiáveis publicadas pela imprensa e divulgadas no “estado" pelo blog FUSOESAQUISICOES.BLOGSPOT http://fusoesaquisicoes.blogspot.com.br , não sendo feita qualquer verificação quanto à sua veracidade, precisão ou integridade do conteúdo. Operações divulgadas em relatórios anteriores podem sofrer alterações, por conta de cancelamentos, renegociações, atualizações,  etc. Sempre que possível, serão mencionados os nomes dos compradores – investidor estratégico ou fundos de private equity, dos vendedores, a tese de investimento e principais “value drivers”, o valor da transação, forma de pagamento, múltiplos praticados (Valor da Empresa/EBITDA, Valor da Empresa/Receita) etc. Muitas vezes a notícia não é clara a respeito dos valores/forma de pagamentos e respectivos múltiplos. É bem-vinda toda e qualquer contribuição para tornar as informações mais precisas e transparentes. 

26 fevereiro 2020



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