Banco público levantou mais de R$ 15,5 bi com a estratégia e, por recursos aportados no passado, devolveu ao governo R$ 11,4 bi
A Caixa Econômica Federal apresentou ontem um lucro líquido de R$ 14,7 bilhões em 2019, valor 20,6% maior que o registrado em 2018. O primeiro ano da gestão de Pedro Guimarães, escolhido para capitanear a instituição no governo de Jair Bolsonaro, foi marcado por uma agenda de vendas de ativos e devolução de recursos aportados durante a gestão da ex-presidente Dilma Rousseff.
“Tivemos um ano importante, quando a gente consolidou uma série de mudanças e conseguiu mostrar resultados consistentes e recorrentes mesmo com uma política redução de taxas de juros”, explicou Guimarães. Em coletiva de imprensa, ele afirmou que o banco levantou mais de R$ 15,5 bilhões em vendas de ativos em 2019 e que o ganho de R$9,5 bilhões com a reestruturação do negócio de seguros ainda não foi computado e deve afetar positivamente o balanço de 2020 ou de 2021.
Em 2020, a estratégia de vendas continua. O principal alvo é o negócio de seguros que, conforme Guimarães, já está “maduro” para abrir o capital na Bolsa. O banco já fechou seis parcerias que garantem 90% dos resultados da área, concentrada na Caixa Seguridade, e tem outras cinco encaminhadas. Prevista para abril, a operação tem chance de movimentar em torno de R$ 15 bilhões, avaliando o negócio entre R$ 50 bilhões e R$ 60 bilhões.
Sem confirmar a data da oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) de seguros, o presidente da Caixa disse ainda que vê espaço para emplacar também a abertura de capital de cartões neste ano. “Vamos anunciar em breve a primeira parceria nesta área, que também será importante”, prometeu, sem dar mais detalhes. “Pode contar um trimestre depois do IPO de seguros”, acrescentou.
O executivo também reafirmou a vontade da Caixa de se desfazer da participação que detém no banco Pan (ex-Panamericano), avaliada em R$ 4 bilhões. O desinvestimento, porém, pode ocorrer em até três anos, sem pressa.
Balanço. No quarto trimestre, o lucro do banco foi de R$ 3,03 bilhões, evolução de 2.304%, sobre os R$ 126 milhões no mesmo período de 2018.
O banco público anunciou ainda que, em 2019, pagou R$ 11,4 bilhões ao governo, por conta de recursos que foram aportados no passado, para fazer frente à política de crédito adotada na ocasião.
Segundo a Caixa, o resultado do banco foi marcado por menores gastos com calotes e por maiores margens financeiras.
Conhecido como o “banco da habitação”, a Caixa registrou expansão de 4,6% no saldo do crédito imobiliário no ano passado, totalizando R$ 465,1 bilhões frente a 2018. A performance mostra uma aceleração no ritmo de crescimento da modalidade em um exercício no qual a instituição se debruçou ao seu foco de origem e lançou novas modalidades como, por exemplo, o financiamento com lastro em IPCA.
No ano passado, a Caixa mudou a estratégia que vinha adotando nos governos anteriores sob a ótica do crédito. Assim, deixou de emprestar para grandes grupos, voltando-se a pequenas e médias empresas, o que justifica o encolhimento do saldo de empréstimos dedicados à pessoa jurídica.
Sobre 2020, Guimarães afirmou que o ano é de crescimento e de melhor aproveitamento da base de clientes do banco. Autor: Aline Brontazi Referência: Estado de São Paulo Leia mais em capitólio 20/02/2020
20 fevereiro 2020
Em ano de venda de ativos, lucro da Caixa sobe 20,6%
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quinta-feira, fevereiro 20, 2020
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Ruy Moura
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