28 fevereiro 2020

As 5 ações do Ibovespa que caíram mais de 20% em fevereiro – e as 4 únicas que conseguiram subir no mês

Ação da CVC registrou a maior baixa do Ibovespa, com queda de 29,51%, enquanto a maior alta ficou com a Marfrig, com ganhos de 10,03%

Fevereiro foi marcado por uma forte queda do Ibovespa, de 8,43%, na maior queda mensal desde maio de 2018, quando o índice recuou 10,87% por conta da greve dos caminhoneiros no Brasil.

Desta vez, a questão que levou à forte baixa do mercado não foi interna, mas global. Boa parte das maiores quedas do Ibovespa tem relação com o surto de coronavírus, que atingiu novo patamar como fonte de preocupação nos mercados com o caso da Covid-19 se espalhando fortemente por países fora a China, com destaque na Europa para o aumento na Itália,

A pior queda do índice no mês ficou com a CVC (CVCB3), com baixa de 29,51%, conforme dados da Economatica. Também entre as maiores baixas do mês, estiveram as ações da Gol (GOLL4, -25,26%) e da Azul (AZUL4, -25,01%), refletindo justamente esse período de incerteza sobre o impacto da doença na demanda de viagens. Apesar de serem poucos

Os papéis das três empresas tiveram expressiva queda especialmente nos últimos três pregões do mês, com a expectativa de que os resultados das companhias possam ser deteriorados também a depender do impacto da doença para a economia brasileira.

Segundo Betina Roxo, analista da XP Investimentos, o setor aéreo sofre como um todo. Contudo, pondera, no Brasil, ainda não se vê um impacto tão direto porque a economia ainda não está sofrendo, como aconteceu na China, por exemplo, onde houve cancelamento de voos.

“Além disso, essas empresas aéreas nacionais não têm participação no mercado lá fora, mas são empresas que 50% do custo são dolarizados”, explica a analista. “Estamos falando de empresas que cada 5% de depreciação do real, a margem cai 1 ponto percentual, o que atrapalha bastante os resultados”.

Em relatório do fim de janeiro, o Bradesco BBI havia apontado esperar que o coronavírus tivesse impacto primeiramente sobre a demanda de tráfego internacional. “Também acreditamos que preocupações crescentes com viagens internacionais podem desviar a demanda para viagens domésticas de lazer, beneficiando empresas como Gol, Azul e e CVC. No entanto, se novos casos de coronavírus forem confirmados em mais países, a demanda doméstica também pode estar em risco”, afirmaram os analistas.

No caso da CVC, o analista Richard Cathcart ressaltou ainda que o impacto dependeria também se o surto se tornasse uma pandemia (e em que regiões) e que as viagens domésticas poderiam ganhar força ante viagens internacionais.  A ponderação foi que, caso fosse confirmada a doença no Brasil (o que ocorreu efetivamente na quarta-feira, 26), o cenário seria mais negativo. “No auge do zika em 2015-16, o tráfego aéreo doméstico e as vendas nas mesmas lojas da CVC enfraqueceram, embora seja difícil saber exatamente quanto disso foi causado pelo zika e quanto se deve ao enfraquecimento da economia”, avaliou.

Outra ação que é impactada fortemente pelo surto de coronavírus, assim como todo o setor dela, é a JBS (JBSS3), com baixa de 17,69% em fevereiro, que sofreu com o impacto do coronavírus no consumo de carnes global (e especialmente da China). Conforme relatório do Rabobank divulgado nesta sexta, as importações de carne bovina pela China recuarão no primeiro semestre deste ano devido à doença, com potencial de reprimir o movimento positivo recente das exportações de carne por conta da peste suína africana no gigante asiático.... Leia mais em infomoney 28/02/2020


28 fevereiro 2020



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