Crescimento histórico no mercado de fusões & aquisições no mês de nov/19. No acumulado do ano o aumento do número de transações foi de 24%, e o montante dos investimentos foi da ordem de 31,7%. E o protagonismo foi do investidor nacional e das operações de porte superior a um bilhão de reais.
De jan a nov, foram 924 operações, com um crescimento de 24,0%, gerando um volume de investimentos de R$ 322,8 bilhões e crescimento de 31,7%.
No mês de novembro foram realizadas 94 transações, com uma queda de 5,1%, e investimentos de R$ 37,5 bilhões - representando um aumento de 23,7%, comparativamente ao mês anterior. Se comparado com o mesmo mês do ano anterior o crescimento do volume de transações foi de 34,3%.
No acumulado dos doze meses sinaliza um crescimento de 18,5% do número de transações, com 1017 operações, comparativamente ao mesmo período acumulado do ano anterior - nov/18.
Valor médio das transações acumuladas no ano é de R$ 349,4 milhões, representando um crescimento de 6,1% sobre igual período do ano anterior.
O maior crescimento do número de transações no acumulado do ano ocorreu nos negócios de porte superior a R$ 1,0 bilhão, com 77 negócios e crescimento de 63,8%.
Os setores de TI, OUTROS e INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS foram os mais ativos nos primeiros onze meses do ano. TI e IMOBILIÁRIO foram os que mais cresceram.
O maior apetite no mês ficou por conta dos investidores Estratégicos com 59 operações. Os Financeiros realizaram 35 operações.
Os investidores de Capital Nacional foram responsáveis por 66 operações no mês. No acumulado do ano, 642 operações - crescimento de 34%. O investimento foi da ordem de R$ 170,2 bilhões, o equivalente a 52,7% do total, correspondendo a um crescimento de 72,5 % em relação ao mesmo período do ano anterior
Os investidores de Capital Estrangeiro realizaram no mês 28 operações, no montante de R$ 11,1 bilhões. No acumulado do ano foram 282 operações e R$ 152,7 bilhões, com um crescimento de 6,0%
Foram mapeados 28 negócios realizados por investidores de 12 países. Os EUA, com 11 operações foi o de maior apetite, seguido por Canadá e Itália com 3 negócios cada.
Maior transação do mês de novembro 2019, foi a Magazine Luiza com a oferta de R$ 4,7 bi e atraindo fundos tech à base acionária - No total, a oferta chegou a R$ 4,7 bilhões, considerando uma oferta secundária de R$ 430 milhões com a venda de ações detidas pela família Trajano. Da demanda pela oferta, 60% veio dos estrangeiros,
A operação de maior expressão financeira no ano foi a venda pela Petrobrás da TAG para Engie e Caísse de Dépôt por US$ 8,6 bi. A segunda, foi a compra da Avon pela Natura.
Os Tops Trends do mês - Em um ambiente de taxa de juros baixa e inflação sob controle, é percebida nessa combinação a retomada dos investimentos no Brasil. E o retorno do crescimento tem bases e fundamentos para ser um crescimento mais prolongado e com firme previsão de alta para o Ibovespa. Se historicamente o estrangeiro representava cerca de 70% a 80% das demandas de ofertas de companhias brasileiras e os locais de 20% a 30%, esse negócio se inverteu completamente hoje. É exatamente o oposto. A demanda local é tão grande que a lógica do tamanho das transações e da estrutura das transações acabou também mudando. Tem ofertas entre R$ 300 milhões a R$ 800 milhões, o que historicamente não acontecia e hoje acontece de uma forma saudável por conta dos investidores locais. A agenda de IPOs em 2020 será muito mais intensa do que foi em 2019.
Operações de Fusões e Aquisições divulgadas com destaque pela imprensa brasileira no decorrer do mês de NOVEMBRO de 2019.
ANÁLISE DO MÊS DE NOVEMBRO
Concentração setorial - Os 5 setores mais ativos responderam no mês de novembro por 60,6% do total das operações.
Crescimento de 34,3% do número de operações em relação ao mês do ano anterior. Foram divulgadas com destaque pela imprensa no mês de novembro 94 transações em 21 setores da economia brasileira, registrando uma queda de 5,1% em relação ao mês anterior ( 99 operações). No confronto com o mesmo mês do ano anterior, constata-se um crescimento de 34,3%, quando foram apuradas 70 negócios.
Evolução nos últimos 5 anos - No acumulado dos primeiros onze meses de 2019, apuradas 924 operações, registra um crescimento de 24,0% se confrontado com igual período de 2018, quando foram realizadas 745 operações.
Maiores apetites x maiores quedas. Setores mais representativos. No gráfico dos setores mais ativos no acumulado do corrente ano, além de TI, destacam-se OUTROS e INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS.
No acumulado do ano, o segmento com maior crescimento no número de transações em relação o mesmo período do ano passado foi o de TI, com um aumento de 98 operações, seguidos por
IMOBILIÁRIO e INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS
Os setores que apresentaram maiores quedas no nº de transações no acumulado do ano, em relação ao mesmo período do ano passado, foram OUTROS - redução de 15 operações, seguido por COMPANHIAS ENERGÉTICAS e PRODUTOS QUÍMICOS E PETROQUÍMICOS.
O acumulado do volume de transações dos últimos doze meses sinaliza crescimento robusto. O mês sinaliza crescimento de 2,4% do número de transações de M&A acumuladas nos últimos doze meses - novembro de 2019, com 1.017 operações, comparativamente com o mesmo período do mês anterior.
Já em relação ao mesmo período acumulado do ano anterior - nov/18 - verifica-se um aumento de 18,5%.
No gráfico do acumulado, pode-se inferir ciclos distintos de crescimento e queda do número de transações. Destaca prováveis fatores que mais estão repercutindo nas expectativas de investimentos e, no detalhe, a evolução da série histórica do índice BOVESPA (desempenho das ações negociadas na B3), no mesmo período. Inclui também, a evolução da série histórica da taxa de câmbio no mesmo período.
Porte das transacões: o crescimento percentual de dois dígitos ocorreu em todos os segmentos. Das 94 transações apuradas no mês, 44 são de porte até R$ 49,9 milhões - 46,8% do total e responderam por 1,7% do seu valor.
Nos primeiros onze meses de 2019, para este mesmo porte de operações, registraram-se 524 transações representando 56,7% do total e 2,1% do valor. E um crescimento de 18,3% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Transações de porte acima de R$ 1,0 bilhão foi o segmento que apresentou maior crescimento, de 63,8%. E foram 11 operações no corrente mês.
Trimestral - Distribuição das transações por porte, ao longo dos trimestres. No acumulado, o terceiro se destaca em todos os portes.
Crescimento de 23,7% do montante dos investimentos no mês. Quanto aos montantes dos negócios realizados, estima-se o total de R$ 37,5 bilhões, com um aumento de 23,7% em relação ao mês anterior - considerando Valores Divulgados (90,5%) e Não Divulgados/Estimados (9,5%).
Em relação ao mesmo mês do ano anterior, verifica-se um crescimento de 6,2%.
Crescimento de 31,7% do montante dos investimentos no acumulado do ano. Quanto aos montantes dos negócios realizados no acumulado do ano, estima-se o total de R$ 322,85 bilhões, representando um crescimento de 31,7% em relação ao mesmo período de 2018.
Os investimentos realizados nas operações de porte acima de R$ 1,0 bilhão, foram as que apresentaram o maior crescimento, de 37,5%.
Distribuição dos montantes das transações por porte, ao longo dos trimestres. O maior montante de investimentos ocorreu no segundo trimestre e, praticamente, em todos os portes. Os negócios acima de R$ 1,0 bilhão concentram 74,0% dos Investimentos realizados no ano de 2019, apesar de representar somente 8,3% das operações apuradas.
Valor médio das transações no acumulado do ano registro crescimento de 6,1% em relação ao mesmo período do ano passado. O valor médio das transações realizadas no acumulado do ano alcançou R$ 349,4 milhões, contra R$ 329,2 milhões no mesmo período de 2018, representando um aumento de 6,1%.
A maior queda do valor médio do acumulado do ano ficou por conta das transações de porte superior a R$ 1,0 bilhão, comparativamente com o mesmo período do ano anterior, com 16,1%
Crescimento de 7,0% do valor médio do porte das transações acumuladas nos últimos doze meses. O valor médio do porte das transações dos últimos doze meses, no montante de R$ 353,9 milhões, registrou crescimento de 7,0%.
Investidores Estratégicos predominaram no volume e no montante das operações - O maior apetite neste mês ficou por conta dos investidores Estratégicos com 59 operações (62,8%), e responderam por 67,3% dos montantes investidos.
No acumulado do ano, os Estratégicos, com 603 operações - cresceram 12,9% - responderam por 65,3% dos negócios e 63,3% dos investimentos.
Os investidores Financeiros realizaram 35 operações no mês de novembro no montante R$ 12,3 bilhões. No acumulado do ano os investidores financeiros alcançaram 321 operações - crescimento de 52,1% - correspondendo a 34,7% dos negócios e 36,7% dos investimentos.
Investidores Nacionais com maior apetite no volume de transações no acumulado do ano. Os investidores de Capital Nacional foram responsáveis por 66 operações - 70,2%, no mês.
No acumulado do ano, os investidores nacionais foram responsáveis por 642 operações - crescimento de 34,0% em relação ao ano anterior, e responderam por 69,5% das operações. O investimento foi da ordem de R$ 170,2 bilhões, o equivalente a 52,7% do total, correspondendo a um crescimento de 72,5 % em relação ao mesmo período do ano anterior.
Investidores Estrangeiros responderam no acumulado do ano por 47,3% do montante das transações. Os investidores de Capital Estrangeiro realizaram no mês, 28 operações no montante de R$ 11,1 bilhões. No acumulado do ano, os Estrangeiros investiram cerca de R$ 152,7 bilhões (47,3%) com crescimento de 6,0%, em 282 operações.
No mês de novembro/19, foram mapeados 28 negócios realizados por investidores de 12 países. Os EUA, com 11 operações (39,3%), foi o de maior apetite estrangeiro no mês, alcançado 31,5% do total destes investimentos. Seguido pelo Canadá e Itália com 3, Espanha e Franca com 2 negócios cada.
Maior transação do mês de novembro/2019 - Magazine Luiza conclui oferta de R$ 4,7 bi e atrai fundos tech à base acionária - No total, a oferta chegou a R$ 4,7 bilhões, considerando uma oferta secundária de R$ 430 milhões com a venda de ações detidas pela família Trajano. Da demanda pela oferta, 60% veio dos estrangeiros, mas na hora na alocação a equação se inverteu: os locais ficaram com 60% e o restante foi alocado com os gringos. Essa é a maior oferta de ações de uma empresa privada em 2019, ficando para trás apenas das ofertas do IRB Brasil Re, BR Distribuidora e Petrobrás. 13/11/2019
Maiores negócios nos onze meses de 2019.
Distribuição da participação das duas maiores transacões e respectivos montantes, mensalmente, ao longo dos primeiros onze meses do ano. Destacando-se os dois maiores negócios de 2019.
Tops TRENDS do mês
- JP Morgan recomenda apostar no Brasil em 2020 e vê alta firme do Ibovespa - Banco trabalha com Ibovespa entre 126 mil e 144 mil pontos e tem mercado brasileiro entre os principais temas de investimento na América Latina. O JP Morgan apresentou um longo relatório sobre os temas de investimento na América Latina para 2020 e quem abre a lista de recomendações é o Brasil, com firme previsão de alta para o Ibovespa. Segundo o banco, temos uma narrativa única entre os mercados emergentes, considerando uma agenda ampla e profunda de reformas que segue adiante apesar da “implementação barulhenta”. 21/11/2019
- Para o head do Bradesco BBI, 2020 será o ano dos IPOs - Alessandro Farkuh prevê a maior movimentação da história na Bolsa, o aumento da demanda local e uma enxurrada de dinheiro no mercado de capitais. A julgar pelo cenário traçado pelo executivo, esse é só o início de uma retomada que tem tudo para fazer do próximo ano um marco para o setor. “2020 será o nosso melhor ano”, diz ele. O ambiente macroeconômico favorável, aliado a taxa de juros e inflação baixas devem fazer com que os investidores busquem mais liquidez. E isso deve trazer cerca de R$ 500 bilhões para o mercado de capitais. Qual é o perfil dos investidores? Historicamente, se olharmos a participação de investidores estrangeiros e locais no mercado de capitais, o estrangeiro representava cerca de 70% a 80% das demandas de ofertas de companhias brasileiras e os locais de 20% a 30%. Esse negócio se inverteu completamente hoje. É exatamente o oposto. A demanda local é tão grande que a lógica do tamanho das transações e da estrutura das transações acabou também mudando. Tem ofertas entre R$ 300 milhões a R$ 800 milhões, o que historicamente não acontecia e hoje acontece de uma forma saudável por conta dos investidores locais. Recentemente, o presidente da B3, Gilson Finkelsztain, disse que a próxima onda na Bolsa será de empresas de médio porte. Isso vai acontecer? Já está na nossa cara, aumentou. Já temos o maior pipeline que tivemos historicamente em operações em mercado de capitais, tanto em abertura de capital e follow-on. A agenda de IPOs em 2020 será muito mais intensa do que foi em 2019. 19/11/2019
- Temos sentido ânimo de investimento voltando, diz presidente do Itaú - “Não é um voo de galinha. Tem bases e fundamentos para ser um crescimento mais prolongado”, disse Candido Bracher. O presidente do Itaú Unibanco, Candido Bracher, afirmou que nota uma melhora no humor dos investidores com a aprovação da reforma da Previdência, o que já levou a equipe de análise econômica do banco a aumentar as projeções para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020. “E não é um voo de galinha. Tem bases e fundamentos para ser um crescimento mais prolongado”, afirmou Bracher em teleconferência com jornalistas nesta terça-feira para comentar o desempenho do terceiro trimestre de 2019. 05/11/2019
- ‘O ano de 2019 está longe de terminar’ - Em um ambiente de taxa de juros baixa e inflação sob controle, o Credit Suisse vê nessa combinação a retomada dos investimentos no Brasil. “O investidor está aprendendo a viver neste cenário, que traz um leque grande de oportunidades. Esse benefício, a gente nunca viu antes”, diz Bruno Fontana, responsável pela área de banco de investimento do Credit Suisse. As empresas listadas em Bolsa levantaram, até outubro, cerca de R$ 70 bilhões no mercado de capitais, valor que pode atingir até R$ 100 bilhões. “Boa parte desses recursos é para expansão. Neste ano, tivemos três grandes eventos que explicam essa narrativa do que tem sido o ano e o que está por vir. O primeiro, que já aconteceu, é o fim da política fiscal expansionista, que era o Estado financiando o crescimento brasileiro. A gente precisa do surgimento da iniciativa privada para capitanear essa nova expansão da economia. E entro aqui no segundo ponto: a queda da taxa de juros. Pela primeira vez, temos um cenário de inflação e juros baixos. Esse cenário está aqui para ficar e gera diversos impactos positivos. O principal é a queda drástica na alavancagem (dívidas), não só das companhias brasileiras, mas também do indivíduo. O que se tem de capital disponível, seja para investir ou poupar, está muito mais claro. Hoje é possível ter previsibilidade. O retorno tem de ser real porque eu não posso mais me financiar com base em dívida pública. Isso também traz o famoso ciclo virtuoso de que o investimento está calcado em fundamentos positivos. Ou seja, o setor privado tem de investir.06/11/2019
A ordem da relação das transações de Fusões e Aquisições segue a data em que foram divulgadas pela imprensa e/ou postadas no blog fusoesaquisicoes.blogspot.com. onde podem ser localizadas.
- Fusões e Aquisições: 99 transações realizadas em outubro/19
- TI - RADAR de Fusões e Aquisições, em outubro/2019
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