Quando o TikTok ainda era Musical.ly, o Facebook fez uma oferta. Hoje, critica o app por censurar conteúdo
Nesta semana, o Facebook usou o Brasil para testar uma nova ferramenta do Instagram: Cenas, ou Reels. Com isso, o usuário pode gravar e editar vídeos de 15 segundos com rapidez e compartilhar com amigos. Se soa familiar, é porque é uma ferramenta idêntica ao do popular app TikTok, que conta com 500 milhões de usuários por mês.
Recentemente, Mark Zuckerberg criticou a empresa chinesa por censurar conteúdo desfavorável ao governo da China. Em discurso público feito na Universidade de Georgetown, comparou i Facebook à ByteDance, dona do TikTok.
“Enquanto serviços como o Whatsapp estão sendo usados por manifestantes e ativistas em todo lugar por conta da forte criptografia e proteções de privacidade, no TikTok, o aplicativo chinês crescendo no mundo todo, menções desses mesmos protestos são censurados, até aqui nos Estados Unidos,” disse Zuckerberg.
“É essa a internet que queremos?”, completou.
Fontes contaram ao BuzzFeed, no entanto, que existe um motivo por trás das críticas: Zuckerberg tentou comprar o app em 2016, quando era chamado Musical.ly, e fracassou.
“O Facebook está tão bravo que o TikTok é a única coisa que eles não conseguem vencer que eles decidiram usar argumentos geopolíticos e deputados em Washington (D.C.) para brigar por ele,” disse um ex-funcionário de alto escalão do Facebook.
A tentativa de compra do Musical.ly começou em 2016. O aplicativo, com sede corporativa em Xangai, era visto pelo Facebook como uma maneira de atrair jovens às suas marcas e também entrar no mercado chinês. A rede social de Zuckerberg é banida na China.
Segundo o BuzzFeed, as conversas pela compra do app ficaram sérias, mas nunca se concretizaram. A Bloomberg, por sua vez, afirmou que o Facebook abriu saiu da mesa de negociação por conta da forte afinidade do Musical.ly na China.
Em 2017, a também chinesa ByteDance comprou o app e o fundiu com outro, o Douyin. Assim nasceu o Tiktok.
O governo americano chegou a convocar executivos da ByteDance para depor a respeito de suas práticas de censura e privacidade de dados. Ninguém da empresa foi e o Congresso americano deixou a cadeira reservada ao executivo vazia, como sinal de desaprovação.
Em nota ao Business Insider, o Facebook respondeu à notícia do Buzzfeed: “Nós queremos nossos serviços na China porque acreditamos em conectar o mundo inteiro. Nunca conseguimos chegar num acordo sobre o que seria necessária para isso, então agora temos mais liberdade de falar e defender os valores em que acreditamos — e é exatamente isso que estamos fazendo,” disse em nota... Leia mais em epocanegocios 13/11/2019
14 novembro 2019
Antes de criticar TikTok, Zuckerberg tentou comprar
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quinta-feira, novembro 14, 2019
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Ruy Moura
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