As seis distribuidoras de energia no Norte e Nordeste que a Eletrobras pretende vender antes da privatização da companhia inteira têm problemas maiores que algumas das potenciais interessadas previam inicialmente.
Há grande risco de não haver ofertas para algumas --ou quase todas-- as empresas à venda, segundo executivos do setor ouvidos pela coluna sob a condição de não terem suas identidades reveladas.
A Eletrobras deverá liquidar as distribuidoras que não encontrarem um comprador. Em 2017, geraram prejuízo de R$ 4,18 bilhões. As due dilligences (auditoria dos ativos e de seus riscos) nas empresas têm encontrado problemas de duas naturezas.
Uma delas é da qualidade da infraestrutura, que já se sabia sucateada, mas os especialistas detectaram problemas ainda mais graves, conforme pessoas do setor.
O outro problema é relativo a pendências de dívidas na Justiça e na esfera administrativa. Parte dessas distribuidoras tinha um subsídio para funcionar, quando precisavam de gás, e ao mesmo tempo, deviam para fornecedores.
Esse passivo foi assumido pela Eletrobras, mas ainda há riscos, afirmam executivos. Há casos em que os estados cobram ICMS com base nos subsídios recebidos.
Para um outro empresário, cinco dessas companhias não deveriam ser vendidas. As do Norte, em especial são muito deficitárias, diz. Deveriam ficar, com Itaipu e Eletroncuclear, na empresa que remanescerá da Eletrobrás.
O governo deveria renovar a concessão dessas empresas com a condição de serem privatizadas em cinco anos. Durante esse período, seria contratada uma gestão privada para ver se as companhias se viabilizariam, sugere ele.
Distribuidoras à venda
- Cepisa (Companhia Energética do Piauí)
- Ceal (Companhia Energética de Alagoas)
- Eeltroacre
- Ceron (Centrais Elétricas de Rondônia)
- Boa Vista Energia
- Amazonas Energia
13 milhões de habitantes atendidos
6 estados
29% do território nacional
Fonte: BNDES por Folha de S. Paulo Online Leia mais em gsnoticias 02/04/2018
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