14 dezembro 2017

As 10 maiores operações de fusões e aquisições da história

Após muita negociação, hoje (14), foi anunciada a compra da Twenty-First Century Fox pela Disney, por US$ 52,4 bilhões. O acordo inclui os estúdios das mega-produções da “Marvel” e o desenho animado “Os Simpsons”. Não estão inclusas na operação as redes de televisão do Grupo Fox, como o noticioso Fox News e o esportivo Fox Sports.

A iniciativa da Disney é vista como uma estratégia de fortalecimento nos serviços de streaming, onde a Netflix reina. A Fox detém uma participação na plataforma Hulu, junto à Comcast Corp e à Time Warner. Agora, a Disney também assume essa fatia.

Os US$ 52 bilhões envolvidos na transação espantam, mas ainda estão longe de representar a maior fusão e aquisição da história, que ocorreu no final do século 20. Cinco das dez maiores sinergias entre grandes empresas ocorreram nos últimos quatro anos, e todas, nas últimas duas décadas.

10. Fusão da Exxon com a Mobil (1998)

Além de ser uma das maiores da história, a fusão da Exxon e a Mobil juntou novamente algumas das 34 empresas que surgiram após a decisão da Justiça norte-americana de desmembrar a Standard Oil, em 1911. A empresa do lendário empresário John D. Rockefeller detinha o monopólio de venda do petróleo e seus derivados no início do século 20. A fusão de 1998 deu origem à maior petrolífera do mundo, sob o nome de ExxonMobil, avaliada na época em US$ 80 bilhões.


9. Compra da Time Warner pela AT&T (2016)

A empresa de telefonia AT&T adquiriu o conglomerado de mídia Time Warner, em outubro 2016, por US$ 85 bilhões, mas a compra ainda não foi concretizada. O Departamento de Justiça dos EUA, sob o comando da administração de Donald Trump, entrou com uma ação em novembro de 2017 para impedir o negócio. Os Democratas acusam Trump de impedir a fusão devido às sucessivas críticas que o mandatário recebe da CNN, de propriedade da Time Warner. A alegação oficial do Departamento de Justiça é impedir a consolidação de um conglomerado que seja uma das maiores fornecedoras de internet e TV paga nos EUA (AT&T), contando com um amplo catálogo de filmes e canais de televisão aberta e fechada (Time Warner).

8. Compra do ABN Amro pelo RFS Holding (2007)

Em 2007, os primeiros efeitos da crise financeira do sub-prime já aconteciam, o que fragilizou o balanço do banco holandês ABN Amro. Essa foi a oportunidade para o grupo liderado pelo britânico Royal Bank of Scotland (RBS) comprar o ABN, por US$ 98 bilhões, com uma subscrição do governo britânico de US$ 20 bilhões. O consórcio era composto pelo RBS, o espanhol Santander e o belga Fortis.

7. Fusão da Heinz com a Kraft (2015)

Outra fusão em que teve a digital de Lemann e seus sócios da 3G Capital. Dessa vez, a Heinz fechou um acordo de fusão com a Kraft e criou a quinta maior companhia de alimentos e bebidas do mundo, avaliada, na época, entre US$ 70 bilhões e US$ 100 bilhões.

6. Compra da Warner-Lambert pela Pfizer (1999)

A Pfizer não mediu esforços para incorporar a farmacêutica e empresa de higiene pessoal Warner-Lambert, por US$ 111,8 bilhões, o que a tornou, na época, a maior farmacêutica dos EUA e a quinta do mundo.

5. Compra da SABMiller pela Anheuser-Busch InBev (2015)

As maiores cervejarias do mundo se uniram após a Anheuser-Busch InBerv, a maior empresa do ramo, e com Jorge Paulo Lemann como um dos acionistas, adquirir a britânica SABMiller, a segunda do setor, por US$ 130 bilhões em ações e dívidas. A operação resultou em uma empresa com o valor de mercado de US$ 270 bilhões.

4. Fusão da Dow Chemical com a DuPont (2015)

As norte-americanas Dow Chemical e DuPont resolveram se juntar, em dezembro de 2015, para formar um gigante do setor químico avaliado em US$ 130 bilhões. Sob o nome DowDuPont, o grupo criou três empresas independentes: uma com foco em agricultura, outra em especialidades químicas e a terceira em ciências dos materiais. A fusão foi concretizada em setembro de 2017.

3. Compra de 45% da Verizon Wirelles pela Verizon Communications (2013)

A empresa de telefonia americana Verizon Communications adquiriu, em setembro de 2013, 45% da participação da Vodafone na operadora móvel Verizon Wireless, por US$ 130 bilhões. Assim, a Verizon obtinha 100% do controle da operadora móvel mais lucrativa dos EUA.

2. Compra da Time Warner pela AOL (2000)

O anúncio da compra do conglomerado de mídia Time Warner pela provedora de acesso à internet America On-Line (AOL) tomou as manchetes dos principais noticiários do mundo, em janeiro de 2000, pois uma empresa da Nova Economia incorporava uma tradicional por US$ 165 bilhões em ações. A AOL só pôde realizar a compra, entretanto, por surfar na bolha da internet, que estourou três meses depois. A desvalorização das ações da AOL e seus problemas operacionais levaram à separação das empresas, em 2009.

1. Compra da Mannesman pela Vodafone (1999)

Vodafone Group é a maior operadora de celular do Reino Unido e, em 1999, adquiriu a maior empresa de telefonia da Alemanha, por US$ 180,95 em ações, após três meses de longas e difíceis negociações. Especialistas na época apontaram que o negócio ocorreu depois de a Mannesman adquirir a Orange, então a terceira maior operadora móvel na Grã-Bretanha, o que seria uma ameaça à liderança da Vodafone. Leandro Manzoni  Leia mais em forbes.uol 14/12/2017


14 dezembro 2017



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