29 dezembro 2017

Gávea, Vinci e Kinea saem a preço pretendido no IPO

Depois de uma tentativa de IPO fracassada no início deste ano, os fundos Gávea, Vinci e Kinea, do Itaú, conseguiram fechar ontem a venda da totalidade de suas ações na locadora de veículos Unidas com um retorno considerado satisfatório. As fatias de 13,5% de cada um dos três fundos foram vendidas por um total de R$ 398,6 milhões (R$132,9 milhões para cada um). Segundo uma pessoa com conhecimento do assunto, o preço por ação alcançado ficou próximo ao teto do intervalo de preços pretendido no IPO da empresa, que terminou cancelado em fevereiro por falta de demanda que assegurasse ao menos o piso do intervalo. A banda ia de R$ 15,15 a R$ 18,71 por ação. Na mesma época, a concorrente Movida, do grupo JSL, concretizou sua oferta inicial.

Os três fundos entraram na Unidas em junho de 2011, com aporte de R$ 100 milhões cada um para assumir uma fatia de 47,2% da empresa. Na época, a Unidas, controlada no país pelo grupo português Principal, estava em dificuldades financeiras e o dinheiro foi usado para sanear a companhia. A fatia dos fundos posteriormente foi a cerca de 60% e caiu a 40,5% em 2016 quando venderam um terço de sua posição à locadora americana Enterprise. Entre distribuição de resultados nesses seis anos e meio, venda de ações à Enterprise e o negócio assinado ontem de manhã com a Locamerica - e que será totalmente pago em dinheiro -, os três fundos obtiveram um retorno superior ao do CDI e da bolsa no período. Não foi espetacular, mas foi considerado satisfatório pelos fundos, principalmente quando levam em conta o cenário ruim da economia nos últimos anos.

A Movida chegou a negociar a compra do controle da Unidas, apurou o Valor, mas a Locamerica acabou levando a melhor. A Enterprise tinha direito de preferência e resistiu a fechar a transação, mas foi convencida de que a empresa resultante teria uma posição estratégica mais relevante. Tanto a Enterprise quanto a Principal integrarão o bloco de controle da nova empresa, com certos direitos.  - Valor Econômico Leia mais em portal.newsnet 29/12/2017

29 dezembro 2017



0 comentários: