15 dezembro 2017

IPO do Burger King sai no teto da faixa de preço e movimenta R$ 2,2 bi

Responsável pelo último e mais bem-sucedido IPO do ano, o Burger King fechou ontem uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) que movimentou R$ 2,2 bilhões. Com isso, a rede de lanchonetes chegará à bolsa com uma capitalização de R$ 4 bilhões.

Com ordens de compra que chegaram quatro vezes a quantidade de ações à venda, a rede de lanchonetes conseguiu fixar o preço de seus papéis em R$ 18, no topo da faixa indicativa de preço. Neste ano, nenhuma das 12 companhias estreantes na bolsa de valores tinha conseguido alcançar isso.
Depois de abrir o capital, o Burger King pretende expandir a rede de lojas próprias e também ampliar as marcas de restaurantes em operação no Brasil.

Para isso, a rede de lanchonete levantou R$ 886,2 milhões. Atualmente a rede tem 628 restaurantes.
A administração da companhia tem avaliado trazer para o país a Popeyes, rede de frango frito que tem como acionistas a Restaurant Brands International (RBI), também acionista do Burger King no Brasil. Outra possibilidade seria a aquisição de uma marca brasileira de cafés, já que a importação da rede Tim Hortons é considerada de difícil adaptação ao paladar brasileiro.

O IPO também deu saída parcial a três de quatro acionistas do Burger King: a gestora brasileira Vinci Partners, a americana Capital International e o Temasek, fundo soberano de Cingapura. A RBI não vendeu suas ações, mas terá sua fatia reduzida de 18,69% para 6,99%, já que a companhia fez um aumento de capital.

A Vinci se manterá como maior acionista do Burger King, mas sua participação cairá de 29,8% para 11,14%, bastante próxima das fatias que Temasek (10,71%) e Capital (10,10%) terão após a abertura de capital.

De janeiro a setembro, o Burger King teve receita líquida de R$ 1,25 bilhão, um crescimento de 28,1% ante igual intervalo de 2016. A rede teve um prejuízo de R$ 18 milhões nos primeiros nove meses, contra uma perda de R$ 61,5 milhões no mesmo intervalo de 2016.

A oferta teve como coordenadores Itaú BBA, Bank of America Merrill Lynch (BofA), Bradesco BBI, BTG Pactual, J.P. Morgan e XP Investimentos.- Valor Econômico Leia mais em portal.newsnet 15/12/2017

15 dezembro 2017



0 comentários: