Queda do número de transações e investimentos em fusões e aquisições no mercado brasileiro no mês de maio/17, por conta da turbulência política. O volume de transações neste mês registrou uma queda de 37,9% em relação ao mês anterior, com 59 operações realizadas. Por sua vez, o total dos investimentos apresentou uma redução de 7,7%, com o montante de R$ 21,5 bilhões.
O período jan. a maio/17, apresentou crescimento de 17,3% no número de operações e de 5,2% no montante dos investimentos.
No acumulado dos últimos doze meses sinaliza um crescimento de 1,2% do número de transações, com 833 operações.
Porte: 54,2% das transações no mês são do porte de até R$ 50 milhões
Operações de porte de R$ 50 milhões até R$ 1,0 bilhão registraram crescimento expressivo de 55,8% nos cinco primeiro meses do ano.
O valor médio das transações no acumulado do ano registrou uma queda de 10,4%.
Os setores de TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO, COMPANHIAS ENERGÉTICAS, e OUTROS foram os mais ativos no mês.
O maior apetite neste mês ficou por conta dos investidores Estratégicos com 40 operações e responderam por 79,4% dos montantes investidos. Os Financeiros, por sua vez, realizaram 19 operações no mês. No acumulado do ano, os Estratégicos, com 230 operações responderam por 70,0% dos investimentos. Os Financeiros realizaram 95 negócios no acumulado do ano.
Predominaram os investidores de Capital Nacional, sendo responsáveis por 35 operações - 59,3%, no mês. Os investidores de Capital Estrangeiro realizaram 24 operações - 40,7%. No acumulado ano, os Nacionais responderam por 65,5% do volume de operações e os Estrangeiros por 34,5%.
Estima-se que no mês de maio/17, os investimentos estrangeiros representaram 50,5%, com R$ 10,9 bilhões.
Por país, a China com 4 operações foi o maior investidor no mês.
A maior transação em maio/17, foi o Itaú Unibanco adquirindo a XP Investimentos. O valor do negócio foi R$ 6,3 bilhões, por 49,9% das ações. 12/05/2017
Quanto às Percepções de Mercado: (i) IPOs demonstram otimismo, mas nos bastidores mercado segue cético. A aceleração da fila de ofertas iniciais de ações (IPO), que tem potencial para mais que dobrar o volume já captado no Brasil neste ano; (ii) Crise pode tirar até R$ 170 bi da economia. A crise política foi um balde de água fria para o setor real da economia. Projetos que começavam a ser desengavetados pela retomada da atividade que estava se desenhando voltaram para a gaveta; (iii) Crise política já afeta dia a dia de empresas e adia tomada de decisões. Fusões e renegociações de dívidas foram paralisados após estouro da crise política envolvendo Michel Temer.
Operações de Fusões e Aquisições divulgadas com destaque pela imprensa brasileira no decorrer do mês de MAIO de 2017.
ANÁLISE DO MÊS
Setores mais ativos - Os 5 setores mais ativos responderam por 61,0% do total das operações e 85,4% do valor total dos investimentos.
Queda de 37,9% do número de operacões em relação ao mês anterior. Foram divulgadas com destaque pela imprensa neste mês 59 transações em 18 setores da economia brasileira, registrando uma queda de 37,9% em relação ao mês anterior ( 95 operações). Comparativamente ao mesmo mês do ano anterior verificou-se um crescimento de 20,4%
Evolução nos últimos 5 anos - No acumulado dos primeiros cinco meses de 2017, apuradas 325 operações, registra-se um crescimento de 17,3% se confrontado com igual período de 2016, quando foram realizadas 277 operações.

Maiores apetites x maiores quedas. O segmento com maior apetite neste mês foi TECNOLOGIA DA INFORMACÃO, com 15 transações, representando 25,4% do total.
No gráfico dos setores mais ativos nos primeiros cinco meses de 2017, além de TI, destacam-se COMPANHIAS ENERGÉTICAS e OUTROS;
Os setores que apresentaram maiores quedas no nº de transações no acumulado do ano, em relação ao mesmo período de 2016, foram PRODUTOS QUÍMICOS E FARMACÊUTICOS, MINERAÇÃO e ALIMENTOS, BEBIDAS E FUMO. Por sua vez, os setores que mais cresceram no nº de operações foram COMPANHIAS ENERGÉTICAS, TI e HOSPITAIS E LAB. DE ANÁLISES CLÍNICAS E SAÚDE;

O volume acumulado de transações dos últimos doze meses sinaliza crescimento - O mês sinaliza aumento de 1,2% do número de transações de M&A acumuladas nos últimos doze meses - maio de 2017, com 833 operações, comparativamente com o mesmo período do mês anterior.
No gráfico do acumulado dos 12 meses, pode-se inferir ciclos distintos de crescimento e queda do número de transações, incluindo prováveis fatores que mais estão repercutindo nos investimentos.

Operações de porte de R$ 50 milhões até R$ 1,0 bilhão registraram um expressivo crescimento de 55,8%, nos primeiros cinco meses do ano. Nos últimos três anos as operações de pequeno porte - até R$ 49,9 milhões - continuam sendo a maioria.
No acumulado do ano, verificou-se expressivo crescimento de 55,8%, do número de transações de porte de R$ 50 milhões até R$ 1,0 bilhão, comparativamente ao mesmo período do ano anterior. Por sua vez, as transações de grande porte, maiores de R$ 1,0 bilhão, tiveram queda de 5,6%.

Porte das transações no mês: 54,2% das transações são do porte de até R$ 50 milhões - Das 59 transações apuradas no mês, 32 são de porte até R$ 49,9 milhões - 54,2% do total e responderam por 3,1% do seu valor. No acumulado do ano de 2017, para este mesmo porte de operações, registraram-se 174 transações representando 53,5% do total e 2,9% do valor.
Nos primeiros cinco meses de 2017, cerca de 10,2% das operações respondem por 74,1% dos montantes envolvidos - No topo da pirâmide foram apuradas 6 transações neste mês, com porte acima de R$ 1,0 bilhão, representando 10,2% do número de operações e responderam por 74,1% do valor das transações. No acumulado dos primeiros cinco meses do ano, são 17 transações que correspondem a 5,2% e respondem por 54,1% do valor total das transações.

Queda de 7,7% do montante das operações em relação ao mês anterior. Quanto aos montantes dos negócios realizados em maio de 2017, estima-se o total de R$ 21,5 bilhões, representando uma queda de 7,7% em relação ao mês anterior - considerando Valores Divulgados ( 67,8%) e Não Divulgados/Estimados (32,2%). Comparativamente ao mesmo mês do ano anterior o crescimento foi de 89,9%

Crescimento de 5,2% dos investimentos nos primeiros cinco meses de 2017. O valor total dos negócios nos primeiros cinco meses de 2017, alcançou R$ 79,9 bilhões, representando um crescimento de 5,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. Destaques para o crescimentos dos investimentos nas transações de porte de R$ 50 milhões até R$ 1,0 bilhão e de queda significativa para os investimentos de porte superior a R$ 1,0 bilhão.

Valor médio das transações no acumulado do ano teve queda de 10,4%. O valor médio das transações realizadas neste ano alcançou R$ 245,7 milhões, contra R$ 274,1 milhões no mesmo período de 2016, representando uma queda de 10,4%

Investidores estratégicos predominam no volume de operacões - O maior apetite neste mês ficou por conta dos investidores Estratégicos com 40 operações (67,8%), e responderam por 79,4% dos montantes investidos. No acumulado do ano, os estratégicos, com 230 operações responderam por 70,8% dos negócios e 70,0% dos investimentos. Os Financeiros, por sua vez, realizaram 19 operações no mês e 95 no acumulado do ano de 2017.
Investidores Nacionais com maior apetite no volume de transações. Os investidores de Capital Nacional foram responsáveis por 35 operações - 59,3%, no mês e por 49,5% dos investimentos. Os investidores de Capital Estrangeiro realizaram 24 operações - 40,7%. No acumulado do ano, os Nacionais - 213 operações - responderam por 65,5% do volume de operações e os Estrangeiros por 112 negócios. 34,5%.

Os investidores Nacionais responderam por 50,0% dos investimentos realizados nos primeiros cinco meses de 2017. Estima-se que no mês de maio/17, os investimentos nacionais representaram 49,5%, com R$ 10,6 bilhões. No acumulado do ano, os investimentos nacionais totalizam R$ 39,95 bilhões, correspondendo a 50,0%. Os investidores estrangeiros responderam no mês por 50,5% do montante das operações com R$ 10,87 bilhões, e no acumulado do ano por 50,0%.

Por país, a China, com 4 operações, foi o maior investidor no mês, representando 15,5% dos investimentos estrangeiros. Em termos de montantes, o Reino Unido foi o país com maior apetite, com 46,2% dos investimentos estrangeiros.
Maior transação do mês - A maior transação em maio/17, foi o Itaú Unibanco adquirindo a XP Investimentos. O valor do negócio foi R$ 6,3 bilhões, por 49,9% das ações. 12/05/2017
“PERCEPÇÕES” DO MERCADO - notícias que se destacaram:
IPOs demonstram otimismo, mas nos bastidores mercado segue cético. A aceleração da fila de ofertas iniciais de ações (IPO, na sigla em inglês), que tem potencial para mais que dobrar o volume já captado no Brasil neste ano, de cerca de R$ 14,5 bilhões, segundo a B3 e considerando a oferta da BRMalls, passa uma mensagem de otimismo. Nos bastidores, entretanto, é vista com ressalvas diante da mais grave crise do governo Michel Temer. As avaliações são de que existe o risco de algumas ofertas não se concretizarem a despeito do empenho do mercado de formar um cordão de isolamento em torno das reformas. Ainda assim, a recomendação pelos bancos de investimento é deixar tudo preparado para a próxima janela de IPOs ou até mesmo fresta, que pode se abrir antes das férias no hemisfério Norte, caso o imbróglio político não contamine a aprovação do ajuste na previdência. 31/05/2017
Crise pode tirar até R$ 170 bi da economia. A crise política foi um balde de água fria para o setor real da economia. Projetos que começavam a ser desengavetados pela retomada da atividade que estava se desenhando voltaram para a gaveta, à espera de qual será o encaminhamento das reformas. As estimativas preliminares sinalizam perdas para a atividade em 2017 entre R$ 25 bilhões, no cenário mais otimista, e R$ 170 bilhões, no mais pessimista, na comparação com que se esperava antes das denúncias envolvendo o presidente Michel Temer. Os primeiros impactos da crise apareceram nos indicadores financeiros. Em apenas uma semana, as empresas brasileiras perderam R$ 161 bilhões em valor de mercado, segundo a Economática. Já as companhias com dívidas em dólar viram seus passivos aumentarem em R$ 7,2 bilhões. 27/05/2017
Crise política já afeta dia a dia de empresas e adia tomada de decisões. Fusões e renegociações de dívidas foram paralisados após estouro da crise política envolvendo Michel Temer. Exatamente no momento em que as empresas começavam a recuperar o fôlego após dois anos seguidos de recessão, a delação dos executivos da JBS, que envolveu o presidente Michel Temer, jogou o Brasil em uma nova onda de incerteza. A consequência imediata, apurou o \'Estado\', foi a paralisia em acordos que estavam para ser fechados - como fusões e renegociações de dívidas - e a suspensão de projetos de abertura de capital. Em um período em que as vendas começavam a se reanimar, empresas também já sentiram os primeiros impactos negativos em seu dia a dia. A tão aguardada recuperação econômica, que já vinha sendo celebrada, pode ser adiada até o ano que vem, segundo Alexandre Bertoldi, sócio-gestor da Pinheiro Neto Advogados, que assessora grandes processos de fusões e aquisições. "O Brasil estava dando sinais de recuperação. Mas as operações de mercado de capitais vão parar durante esse período de volatilidade - e tinha muita coisa engatilhada", afirmou Bertoldi. "Os investimentos em infraestrutura vão sofrer um atraso enorme. Dependendo do que acontecer, (o retorno do crescimento) fica abortado até 2018. Fontes ouvidas pelo Estado afirmaram que neste atual momento de incertezas o Brasil voltou a ficar barato - e neste vácuo que entrarão investidores menos avessos a riscos. 24/05/2017
SUMÁRIO DOS DESTAQUES DO MÊS - FUSÕES E AQUISIÇÕES
A ordem da relação das transações de Fusões e Aquisições segue a data em que foram divulgadas pela imprensa e/ou postadas no blog fusoesaquisicoes.blogspot.com. e podem ser localizadas nos endereços abaixo.
- SEMANA DE 29/maio a 04/jun/17
- SEMANA DE 22 a 28/maio/17
- SEMANA DE 15 a 21/mai/17
- SEMANA DE 08 a 14/mai/17
- SEMANA DE 01 a 07/mai/17
DESTAQUES DO MÊS ANTERIOR
- FUSÕES E AQUISIÇÕES: 95 TRANSAÇÕES REALIZADAS EM ABRIL/17
- TI - RADAR de Fusões e Aquisições, em abril/2017
M&A - QUEM, O QUÊ, QUANDO, QUANTO, COMO e POR QUÊ
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