09 abril 2013

Companhia analisa ativos de PVC da Solvay Indupa

"O grupo belga pretende vender as duas fábricas juntas", afirmou uma fonte do setor A

 petroquímica Braskem avalia a compra de ativos da área de PVC da Solvay Indupa, controlada pelo grupo belga de mesmo nome, apurou o Valor. O grupo químico anunciou, no fim do ano passado, que poderá se desfazer de seus ativos na área de PVC - um deles no Brasil e outro na Argentina. Essas unidades estão estimadas entre US$ 600 milhões e US$ 800 milhões, de acordo com especialistas do setor.

 "O grupo belga pretende vender as duas fábricas juntas", afirmou uma fonte do setor. A produção dessas duas unidades soma cerca de 540 mil toneladas/ano. A fábrica da Solvay no Brasil está instalada em Santo André (São Paulo) e a da Argentina na região da Baía Blanca.

 As petroquímicas Braskem e a mexicana Mexichem, controladora da Amanco, são apontadas pelo mercado como potenciais compradoras. Procurada pela reportagem, a Braskem informou que avalia constantemente oportunidades no mercado. Nenhum porta-voz do grupo mexicano foi encontrado para comentar o assunto.

 Se concretizar a aquisição, a petroquímica brasileira se torna uma das maiores produtoras de PVC na América Latina. A principal concorrente na região é a Mexichem. "Faria todo o sentido para Mexichem, que atua no varejo. O mesmo vale para a Braskem, que é verticalizada para cima [com produção de eteno]", disse a mesma fonte.

 No ano passado, a Braskem inaugurou uma unidade produtora de PVC, com capacidade para 400 mil toneladas/ano, em Alagoas. O investimento nesse negócio foi da ordem de R$ 1 bilhão.

 "O mercado gostou dos últimos movimentos feitos pela Braskem com a venda de ativos considerados não estratégicos", disse uma fonte. Nesse pacote, foram incluídas a Unidade de Tratamento de Água (UTA) e Cetrel, vendidas para a Odebrecht Ambiental por R$ 652 milhões, no fim do ano passado, além da Varient, empresa de distribuição de resinas termoplásticas, negociada em 2010 para as empresas Sasil, com sede na Bahia, e da Piramidal, de São Paulo. Essas duas empresas assumiram ativos de diferentes regiões de atuação da companhia.

 Desde o ano passado, a Braskem tem adotado um discurso de cautela para futuros investimentos. Em 2012, a receita líquida da empresa ficou em R$ 35,5 bilhões, alta de 9% sobre o ano anterior. Todavia, fechou com prejuízo líquido de R$ 738 milhões, resultado 52% superior ao de 2011. Valor Econômico
Fonte: interjornal 09/04/2103

09 abril 2013



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