19 abril 2013

Shell está interessada em comprar ativos da Petrobras no Golfo do México

Empresa também está habilitada a participar da 11ª rodada de licitações de petróleo da ANP

 A petrolífera Shell está interessada em comprar ativos no Golfo do México, incluindo os da Petrobras, afirmou o presidente da companhia, Peter Voser, em entrevista no Rio de Janeiro nesta quinta-feira (18).

 Ele acrescentou que a Shell está avaliando os ativos, mas não tomou nenhuma decisão sobre uma eventual aquisição.

 A Petrobras tem um programa de desinvestimento de US$ 9,9 bilhões, de acordo com o Plano de Negócios da companhia, divulgado no mês passado.

 Entre os atraentes ativos da Petrobras no Golfo estão os campos em produção de Cascade e Chinook, onde a estatal realizou grandes descobertas de petróleo.

 Xisto na América Latina
 A Shell está considerando a venda de fatias em ativos de gás de xisto em blocos na América Latina para compartilhar riscos, disse Voser.

 Ele afirmou ainda ver grandes perspectivas para ativos petrolíferos não convencionais na América Latina, apontando semelhança na região com a geologia onde o gás de xisto é abundante.

 Rodadas no Brasil
 Mais cedo, após reunião com a presidente Dilma Rousseff para discutir perspectivas da empresa no Brasil, em Brasília, o presidente da Shell afirmou que os leilões de áreas de exploração de petróleo e gás no país previstos para 2013 despertam interesse da empresa.

 "Antecipamos com muito interesse a participação da Shell nas rodadas de licitação que ocorrerão em 2013, uma vez que elas abrirão a oportunidade de explorarmos o potencial...", afirmou ele a jornalistas, após o encontro com a presidente.

 A Shell já está habilitada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para participar da 11ª rodada, marcada para maio, e poderá fazer ofertas nos outros dois leilões —o do pré-sal, previsto para novembro, e o de gás não convencional, marcado para outubro.

 "Esperamos assim participar de projetos de larga escala e assim contribuir substancialmente para o desenvolvimento não só nos próximos anos, mas também nas próximas décadas", completou ele. Por Jeb Blount | Reuters
Fonte: iG 18/04/2013

19 abril 2013



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