Dois anos após a oferta pública inicial da Brasil Insurance, sete sócios fundadores da holding de corretoras de seguros uniram patrimônio de R$ 500 milhões e abriram, este mês, uma gestora de recursos próprios. Com escritórios em São Paulo e Rio de Janeiro, a Unio Investimentos tem planos de aportar capital em empresas de pequeno e médio portes de segmentos como serviços, tecnologia e infraestrutura.
Bruno Padilha, sócio da Unio e atual presidente do conselho da BR Insurance, diz que os investimentos serão feitos com horizonte de longo prazo, acima de dez anos, e sem preocupação com liquidez. No momento, a Unio negocia com uma empresa da área de serviços financeiros, segmento em que Padilha enxerga potencial para consolidação setorial.
De modo geral, a gestora mira companhias com faturamento máximo de R$ 300 milhões e cada investimento não deve superar R$ 50 milhões. Além da injeção de recursos, a Unio pretende ajudar na concepção dos planos de expansão e investimentos das empresas, compartilhando a experiência dos seus sócios.
A Unio vai avaliar ainda aportes em companhias em dificuldade financeira ("turnaround"), projetos construídos do zero ("greenfields") e empresas novatas ("start ups"). Companhias sem sucessão gerencial também estão no radar da gestora, afirma Padilha.
Recém-estruturada, a Unio passa a ser o maior acionista individual da BR Insurance, com 10% do capital da companhia, fatia avaliada hoje em cerca de R$ 190 milhões na bolsa de valores. A holding de corretoras continua sendo uma prioridade para a gestora. Até 2015, há restrição ("lock up") para venda das ações detidas na companhia. "Não temos pressa alguma [de vender]", diz.
O comitê de investimentos da Unio será liderado por Padilha e José Ricardo Brun Fausto. Ambos eram integrantes do fundo Gulf, que concebeu e preparou a Brasil Insurance para a abertura de capital em outubro de 2010.
Os demais sócios da Unio são os empresários do ramo de corretoras de seguros Marcelo Andrade, Ernesto Ciampollini, Fabio Franchini, Igor Pinheiro e Tuca Ramos. Presidente da Brasil Insurance desde maio, Ramos ficará afastado das atividades cotidianas da Unio, dedicando-se exclusivamente ao comando da companhia.
Todos os demais sócios da Brasil Insurance terão a oportunidade de coinvestir na Unio, mas a gestora não tem planos de administrar recursos de terceiros. "Queremos sócios, não clientes", afirma Padilha.
Um dos projetos da gestora é replicar a experiência de consolidação obtida com a Brasil Insurance para outros setores pulverizados. É o caso dos segmentos de educação, no qual as fusões e aquisições ficaram restritas ao ensino superior, e de saúde, em que o movimento de consolidação ficou reservado às operadoras.
Nesses segmentos, diz Padilha, há boas companhias que não capturam sinergias de escala e diversificação dos negócios. "Com reforço da Unio, essas empresas podem ampliar a capacidade de investimento e atração de profissionais", diz.
A Brasil Insurance controla atualmente 46 corretoras de seguros. De acordo com Padilha, a empresa gera caixa suficiente para honrar seu plano de alcançar cem corretoras em até três anos, sem a necessidade de realizar um oferta subsequente de ações. Por Marina Falcão Valor
Fonte: cvmclipping 28/01/2013
28 janeiro 2013
Sócios da BR Insurance abrem gestora
segunda-feira, janeiro 28, 2013
Compra de empresa, Investimentos, Plano de Negócio, Private Equity, Tese Investimento, Transações MA
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Ruy Moura
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