17 outubro 2018

Gestor global mostra otimismo com Brasil, aponta BofA

Faltando menos de duas semanas para a eleição no Brasil, gestores de fundos globais demonstram um aumento de otimismo com o desempenho dos ativos domésticos.

A maioria espera que o Ibovespa termine o ano acima de 85 mil pontos e uma parcela projeta níveis superiores a 95 mil.

Para o câmbio, mais da metade dos entrevistados estima que o dólar estará cotado abaixo de R$ 3,80 no término de 2018. Isso é o que revela pesquisa realizada pelo Bank of America Merrill Lynch (BofA) com gestores de fundos neste mês.

Conforme o levantamento, dois terços dos entrevistados afirmam que o Ibovespa deve terminar o ano acima de 85 mil pontos, ante 20% no mês passado. E uma parcela de 23% estima que o índice superará os 95 mil, enquanto nenhum dos gestores apostava num nível tão elevado na última sondagem. O salto de confiança também veio para o câmbio: mais da metade dos profissionais ouvidos aponta que o dólar deve ficar abaixo de R$ 3,80 no fim do ano, o que representa um aumento ante os 20% do mês passado.

Nesse cenário, o Banco Central pode encontrar espaço para manter a Selic no nível atual de 6,5%. Mais de 70% dos gestores dizem acreditar que o BC não deve atuar diante da pressão de uma depreciação do real, o que, para o BofA, demonstra redução do temor sobre elevação de juros. No entanto, um terço afirma que isso deve perdurar apenas enquanto o BC espera por esclarecimentos no cenário.

A confiança dos participantes do mercado é motivada pela expectativa eleitoral. De acordo com a sondagem, 58% dos investidores afirmam acreditar que existe mais de 70% de chance de um candidato de "centro-direita" vencer a corrida presidencial.

Em relação ao cenário global, os investidores se mostram mais pessimistas com o crescimento econômico. Para 85% dos gestores, a economia global está no último ciclo de crescimento, e 38% responderam que esperam uma desaceleração em 2019, na pior perspectiva para o crescimento global desde novembro de 2008.

Em meio a esse cenário, os investidores acreditam que o dólar deve ficar sobrevalorizado frente às moedas emergentes. Para 35% dos participantes da pesquisa, o lucro das empresas não deve crescer mais de 10% nos próximos 12 meses, uma mudança em relação ao levantamento de fevereiro, em que 35% dos entrevistados esperavam uma melhora dos lucros acima desse patamar.

Em termos de alocações, um total líquido de 22% dos participantes disse estar com uma posição acima da média do mercado em ações globais, próximo do percentual de julho quando 19% afirmaram estar com essa posição. Um total líquido de 50% dos participantes afirmou estar com uma alocação abaixo da média do mercado em bônus. Valor Econômico -Leia mais em abinee. 17/10/2018


17 outubro 2018



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