30 abril 2020

Fusões e Aquisições - destaques da semana 20 a 26/abr/2020

Divulgadas 14 operações de Fusões e Aquisições com destaque pela imprensa na semana de 20 a 26/abr/2020.  Envolvem direta ou indiretamente empresas brasileiras de 5 setores e um investimento da ordem de R$ 1,9 bilhão.

Covid-19:  Nesta semana foi anunciada uma transação  de grande porte, acima de R$ 1,0 bilhão, possivelmente a única do mês de abril, e de acordo com o comprador as negociações já vinham há um ano e que “a maior” parte já havia sido concluída antes da entrada na quarentena. O aumento da incerteza, causada pela volatilidade dos mercados e pelas previsões contrastantes sobre o tempo necessário de isolamento social, fez diversas transações serem interrompidas temporariamente ou canceladas de vez. Há quem, no entanto, mantenha o ritmo de compras durante a pandemia. De outro lado, comentam-se também sobre às  formas mais usuais de avaliar uma empresa, seja pelo fluxo de caixa sustentado mas que as projeções de rentabilidade ficaram inconfiáveis, seja por múltiplo de Ebitda de empresa comparável, só que é discutível se o mesmo múltiplo pago num passado recente continuará fazendo sentido para o futuro próximo, sem ninguém conhecer a extensão dos impactos da crise atual. A dificuldade é que, neste momento, ninguém quer discutir preço, até para não ficar com a fama de oportunista. Pelo menos em curto e médio prazo, as negociações devem ser mais locais. O mundo pode até ter mudado definitivamente, mas continuará a ter empresas comprando umas às outras. O pôquer do M&A agora pede jogadores ainda mais frios. Concomitantemente, ao menos 500 grandes empresas brasileiras - com faturamento anual acima de R$ 500 milhões e dívidas de mais de R$ 300 milhões - terão de passar por processo de reestruturação, em decorrência da crise detonada pelo novo coronavírus. Não se descarta que, dessas 500, uma centena tenha pedidos de recuperação judicial. Os mais combalidos pela crise serão fagocitados pelos menos combalidos. Haverá um grande movimento de consolidação. Quanto aos estrangeiros, países em desenvolvimento vão sofrer mais. A desvalorização dos ativos no Brasil será maior que em outros mercados. Alguns fundos já estão procurando com interesse em olhar oportunidades de ativos baratos aqui.

ANÁLISE DA SEMANA

Principais transações





NEGÓCIOS DA SEMANA


"Market Movers" - Brasil

  • UOL vende operação de centros de dados  -  O fundo de investimentos americano Colony Capital comprou a operação de data center do UOL, conhecida como UOL Diveo, a partir da qual está montando um novo player no mercado brasileiro, a Scala Data Centers S/A.  Não foi revelado o valor do negócio. De acordo com fontes ouvidas pela Bloomberg, o fundo avaliou os ativos adquiridos entre US$ 300 e US$ 400 milhões, algo entre R$ 1,6 bilhão e R$ 2,1 bilhões. 23/04/2020
"Market Movers” - Exterior


  • Facebook compra participação na indiana Jio Platforms por 5,25 bilhões de euros - A Jio Platforms incorpora vários serviços, incluindo a rede móvel Reliance Jio, que possui 388 milhões de assinantes e dominou seus rivais no mercado móvel na Índia desde o seu lançamento em 2016. A Reliance Industries chamou a parceria de "sem precedentes de várias maneiras" e disse que era o maior investimento minoritário por uma empresa de tecnologia em qualquer lugar do mundo e o maior investimento direto estrangeiro (IED) no setor de tecnologia na Índia. Com o investimento planejado, a Jio Platforms está avaliada em cerca de US$ 66 bilhões.  22/04/2020

HUMORES & RUMORES

M & A - VENDA

  • Liminar barra compra por Bunge de duas esmagadoras de soja no Paraná - Tanto a Imcopa quanto a Bunge contestaram a decisão que suspendeu a venda das unidades. Uma liminar prejudicou o plano da Bunge para assumir duas unidades de processamento de soja no Paraná pertencestes à empresa Imcopa, de acordo com documentos judiciais vistos pela Reuters. A decisão provisória, concedida no mês passado e ainda não divulgada, foi solicitada por duas entidades panamenhas identificadas como “terceiros interessados” nos autos do processo. A liminar suspendeu os efeitos do leilão de alienação de duas unidades produtivas da Imcopa, pelas quais a Bunge havia dado um lance de 50 milhões de reais. A oferta de 17 de fevereiro, feita no âmbito do plano de recuperação judicial da Imcopa aprovado pelos credores em 2017, também implicou a assunção, pela Bunge, de cerca de 1 bilhão de reais de dívidas relacionadas aos ativos.24/04/2020
  • Covid-19 impõe paralisação em aquisições de empresas, mas pode abrir mercado de ativos ‘estressados’ - A pandemia do novo coronavírus impôs uma parada obrigatória em grande parte das transações de fusões e aquisições (M&A, na sigla em inglês), dada a dificuldade de estabelecer um preço para os ativos na mesa em um momento de paralisação da economia, com cerca de um terço da população mundial em isolamento social. Especialistas acreditam que, no momento, as partes que estavam em negociação antes da pandemia tentam ganhar tempo, para seguir com os planos após estabilização da economia. De outro lado, existe ainda a expectativa de que a crise comece a movimentar outros tipos de negócios, como a venda de ativos por empresas em dificuldades financeiras. 21/04/2020
  • 'Haverá apetite de investidores para infraestrutura no pós-crise', diz Montezano - O presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Gustavo Montezano, acredita que, passada a crise, o setor de infraestrutura ganhe mais relevância e volte a atrair o investimento. Está mantida, portanto, a agenda de privatizações, como da Eletrobras e Correios. Da mesma forma, o cronograma de venda de estatais de saneamento básico, que está em andamento nos Estados do Acre, Alagoas, Amapá e Rio de Janeiro. "Haverá, sim, apetite de investidores para infraestrutura no pós-crise", disse Montezano, acrescentando que não é possível, porém, calcular o "grau do apetite", diante da retração da riqueza no mundo. Para fazer frente aos desafios, o BNDES vai se concentrar nas ações de enfrentamento da crise. Com isso, sua atuação como credor deverá sofrer transformações, disse Montezano. A estratégia é segurar o caixa, reter liquidez, para atuar no que chamou de "segunda onda", de reconstrução da economia. Segundo ele, não está em discussão nenhum repagamento ao Tesouro Nacional. "Assim que o mercado tiver um horizonte mais claro, vamos voltar à nossa agenda", acrescentou....  19/04/2020
  • Conselho de administração da AES Tietê rejeita por unanimidade oferta da Eneva - O conselho de administração da AES Tietê rejeitou, de forma unânime, a proposta de combinação de negócios apresentada pela Eneva no início de março, conforme informou a companhia na noite deste domingo. Segundo fato relevante divulgado pela empresa, em reunião realizada neste domingo, o conselho concluiu que a proposta, classificada pela geradora como hostil, “subavalia a companhia”, e possui termos e condições “inadequados ao melhor interesse da companhia e do conjunto de seus acionistas, tendo em vista, principalmente, a incompatibilidade existente entre os negócios e as estratégias da companhia e da Eneva.” No fato relevante, a AES Tietê critica o modelo de negócios da Eneva, baseado em fontes fósseis como o gás natural e o carvão, e afirma que há uma série de incertezas e riscos relacionados às atividades da rival, por exemplo relacionados à atividade de exploração e produção (E&P) de hidrocarbonetos. 19/04/2020
  • Terra Santa Agro mira venda de áreas para reduzir dívida, diz CEO - A companhia conta com um portfólio de terras de aproximadamente 133,4 mil hectares. A Terra Santo Agro, uma das principais companhias produtoras de grãos no país, percebeu sinais de aquecimento na demanda por áreas agrícolas para a safra 2020/21 e está atenta a oportunidades de venda que contribuam para reduzir as dívidas da empresa, disse o CEO, José Humberto Prata Teodoro Júnior. "Os produtores de grãos estão mais capitalizados por causa do câmbio e interessados em aquisições... Sim, estamos atentos e podemos aproveitar o momento (para vender), e isso pode ser desde um negócio pontual até operações maiores e mais significativas que ajudam a melhorar nosso perfil de endividamento", afirmou o executivo em entrevista à Reuters. "É possível que tenhamos boas oportunidades de (negociação) de terras nos próximos meses", acrescentou o executivo, sem detalhar o que estaria em negociação. "Desde de janeiro fomos afetados pelos impactos da Covid-19 neste setor e, como não houve a entrega, ficamos sem a contrapartida, o caixa que seria gerado (com os pagamentos)", disse Teodoro. Passadas as medidas mais restritivas, as operações começam a ser retomadas "timidamente". "Eu diria que de 100% dos embarques postergados, 20% ou 30% vão acontecer nos próximos meses. O restante ficará para o segundo semestre", estimou.   20/04/2020

M & A  - COMPRA

  • Boeing desiste de comprar área de aviação comercial da Embraer - Em meio a maior crise de sua história – que envolve dois acidentes com seu principal avião e a paralisação do setor aéreo em decorrência da pandemia da covid-19 -, a Boeing anunciou que encerrou as negociações para comprar a divisão de aviação comercial da Embraer. As empresas haviam anunciado o acordo de US$ 4,2 bilhões em julho de 2018 e o fim das conversas deixa a empresa brasileira em situação delicada. A companhia americana, no entanto, responsabilizou a fabricante brasileira de aviões pela não conclusão do negócio. Em nota, a Boeing afirmou que “exerceu seu direito de rescindir (o contrato) após a Embraer não ter atendido as condições necessárias”, mas não especificou quais eram essas condições. O prazo limite para uma das partes romper o acordo era sexta-feira, 24. Os termos e condições aprovados em 17 de dezembro de 2018 definiram a criação de uma joint venture (Boeing Brasil Commercial) contemplando ativos do segmento de Aviação Comercial da Embraer e serviços relacionados (segmento de Serviços & Suporte) com 80% de participação da Boeing e 20% da Embraer. 25/04/20 
  • Pacote a grande empresa pode alcançar 10 setores, diz BNDES - Ainda segundo o presidente do banco, as primeiras operações para os setores já em discussão devem ser liquidadas ao longo do mês de maio. O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Gustavo Montezano, afirmou ontem, em evento virtual promovido pelo banco Itaú, que o pacote de ajuda às grandes empresas mais vulneráveis à pandemia mundial, em conjunto com um sindicato de bancos comerciais públicos e privados, pode alcançar de nove a dez setores. Hoje, as iniciativas do grupo de trabalho estão concentradas em quatro setores: elétrico, aéreo, automotivo, e varejo não alimentício.20/04/2020

PRIVATE EQUITY & VENTURE CAPITAL

  • O mundo não parou - O grupo Lorentzen criou um fundo, batizado de Helser, para investir na área da saúde. As primeiras compras de participações devem ser de um laboratório de diagnósticos e de um plano odontológico.  19/04/2020

OFERTA DE AÇÕES

  • Estapar define faixa de preço para IPO e operação pode movimentar R$ 336 mi - Faixa indicativa de preços na sua oferta pública inicial de ações foi definida entre R$ 10,50 e R$ 13,00; a companhia pretende vender 28,6 milhões de ações ordinárias. A Allpark Empreendimentos, Participações e Serviços, que opera sob a marca de estacionamentos Estapar, definiu a faixa indicativa de preços na sua oferta pública inicial de ações ( IPO, na sigla em inglês),  24/04/2020
  • Ações de empresas aéreas têm as maiores quedas de 2020 - Com suspensão de voos por conta do coronavírus, entidades do setor lideram ranking de perdas na bolsa de valores, aponta levantamento do Yubb. O setor aéreo é, hoje, o principal afetado na bolsa de valores por conta da crise instaurada pelo coronavírus. É o que aponta levantamento realizado pelo Yubb, maior buscador de investimentos do país. Em um comparativo entre os meses de janeiro a abril, o mercado aéreo está no topo das 20 ações com maiores quedas no Ibovespa. No pódio, a Azul teve uma redução de 71% na rentabilidade de seus ativos. Confira o ranking completo: “O transporte aéreo é o setor mais afetado pela crise, segundo diversos especialistas. Nos Estados Unidos, por exemplo, os voos foram suspensos da noite para o dia, impactando imediatamente as empresas envolvidas neste mercado”, explica Bernardo Pascowitch, fundador do Yubb. No ranking, também estão ações da Gol (3º lugar, -68%) e da Embraer (9º lugar, -51%). “Classificamos a Embraer neste mesmo mercado porque, apesar de não ser uma companhia aérea, é uma fabricante de aviões, cuja queda é motivada pelo cenário negativo das demais”. Outro mercado afetado diretamente com a situação aérea é o de turismo, que também aparece entre as primeiras posições do ranking. Em 4º e 5º lugar, respectivamente, estão a CVC Brasil (-67%) e a Smiles (-64%).   23/04/2020
  • Bolsas globais caem com impactos econômicos do coronavírus e queda do petróleo - Bolsas asiáticas, europeias e americanas fecharam em queda; B3 permaneceu fechada hoje devido ao feriado. As bolsas globais fecharam com perdas nesta terça-feira (21) com os impactos econômicos do coronavírus e a continuidade do movimento de queda nos preços do petróleo no mercado futuro. Em Nova York, o Dow Jones recuou 2,67%, para 23.018,88 pontos; o S&P 500 caiu 3,07%, a 2.739,56 pontos; e o Nasdaq fechou em queda de 3,48%, a 8.263,23 pontos. As empresas do setor de energia registram queda forte, e dados do setor de moradia piores do que o esperado também pesam nas negociações. Na Ásia e na Europa, as bolsas fecharam em queda generalizada. O índice pan-europeu Stoxx 600 caiu mais de 3%. A queda do petróleo também pesou sobre os preços das empresas de energia, mas alguns dados econômicos também foram mal recebidos pelo mercado europeu No Brasil, a B3 permaneceu fechada nesta terça em razão do feriado de Tiradentes, mas o fundo de índice (ETF) EWZ, que representa ações brasileiras na bolsa de Nova York, recuou 3,21%. 24/04/2020

TOP TRENDS

  • PIB per capita terá pior década em mais de 100 anos, diz Ibre - Projeção aponta queda anual média de 0,6% em dez anos, resultado inferior ao da década de 1980. Com essa sequência de resultados, o PIB per capita deve encerrar esta década com queda média anual de 0,6%, o pior desempenho desde a primeira década do século passado. C om a economia caminhando para mais um ano de recessão, a década atual (2011-2020) pode ser a de maior empobrecimento médio da população brasileira em mais de 100 anos, tomado como referência o Produto Interno Bruto (PIB) per capita - definido pelo quociente do valor do PIB com a população total. Cálculos do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) obtidos pelo Valor mostram que o PIB per capita deverá recuar 4,1% em 2020, impactado pelas medidas de isolamento social do novo coronavírus, para R$ 30.780. Esse valor será o menor nível da renda desde 2007 (R$ 29.778). Se confirmada a projeção para 2020, o Brasil terá registrado quatro anos de queda do indicador no período de apenas uma década. O PIB per capita brasileiro também recuou nos anos de 2014 (-0,3%), 2015 (-4,4%) e 2016 (-4,1%). Desde então, exibia uma lenta recuperação. Com essa ponderação, o levantamento mostra que o PIB per capita brasileiro cresceu nas sete primeiras décadas século 20, considerando a média anual da década. O melhor desempenho foi na década de 70, período do chamado “milagre econômico”, com avanço de 5,8%.  23/04/2020
  • Guedes diz que retomada econômica pode ser em ‘V’: ‘vamos surpreender o mundo’ - Para Guedes, o Brasil tem tomado medidas melhores ou iguais que a de outros países, inclusive países avançados. O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta segunda, 20, que a recuperação econômica, após a crise do novo coronavírus, será em "V", com retomada tão rápida quanto a queda. "Vamos surpreender o mundo", disse o ministro, em entrevista ao vivo para o BTG Pactual, no canal do banco no YouTube. Na visão do ministro, as hipóteses do governo para os efeitos econômicos do novo coronavírus, quando ainda se pensava que o choque seria apenas no comércio exterior, se revelaram razoáveis após os primeiros dados da balança comercial. "As exportações brasileiras não caíram ainda, estão subindo. A queda das exportações para Europa, de 1%, para EUA, de 30%, e para Argentina, de 30%, foi compensada pelo aumento acelerado das exportações para China", disse o ministro. Guedes defendeu que a economia cresceu no primeiro ano do governo mesmo sendo um ano de reformas e que indústrias e o crédito privado cresciam a dois dígitos. "Economia estava crescendo na margem em 1,7% e a arrecadação crescendo 20% acima do previsto", completou. 20/04/2020
  • Fusões e Aquisições devem ser retomadas no 2S20, aponta TTR - Se espera um forte aumento no volume de negociações para acordos de Fusões e Aquisições motivadas por distressed. A segunda edição do relatório apresenta alguns dos dealmakers mais importantes do país, que descrevem o impacto imediato e futuro que uma pandemia do Covid-19 está causando nos principais setores da economia. A maior economia da América Latina teve sua parcela de incerteza na década passada, mas nenhuma crise anterior levou a tal paralisação. No entanto, a rotina se mantém entre altos e baixos e duas grandes recessões nos últimos 10 anos amenizaram a euforia que os negociadores estavam sentindo no início de 2020. “Ficamos todos muito otimistas este ano em termos de fusões e aquisições, mercado de capitais e ações ”, concordou Reinaldo Grasson, diretor de M&A e Dívida Consultiva na Deloitte em São Paulo. “As empresas estavam obtendo bons resultados, tinham forte balanços patrimoniais, a bolsa de valores estava em alta histórica. Sob todos os ângulos, foi muito, muito positivo”. Perspectivas de Fusões e Aquisições — O contato pessoal que é exigido na negociação de acordos de fusões e aquisições tornou- se impossível nas condições atuais. A dificuldade de executar negócios sem reuniões presenciais, visitas ao local e due diligence levará as fusões e aquisições para o terceiro e quarto trimestre, com negociações realmente sendo retomadas apenas no segundo semestre, disse Reinaldo Grasson, diretor de fusões e aquisições de Deloitte.  Por enquanto, a maioria das empresas estão se concentrando em seus próprios negócios em questões de liquidez, após a acentuada redução na demanda que está aumentando a cautela dos investidores, disse Grasson; "Estamos vendo clientes colocando transações em espera para ver quando a quarentena terminará e as empresas poderão voltar aos negócios.” As fusões e aquisições motivadas por distressed vão decolar uma vez que a a incerteza sobre a duração das restrições à atividade econômica diminuam. Muitas empresas estão sofrendo apesar de possuir sólidos fundamentos e planos de negócio eficazes, semelhante ao que aconteceu após o escândalo "lava jato", disse Marcos Flesch, sócio da Cescon Barrieu. 21/04/2020
  • Confiança dos empresários é a menor da história com pandemia de Covid-19, diz CNI - O Índice de Confiança do Empresário Industrial registrou queda recorde entre março e abril, de 25,8 pontos. Entre janeiro e abril o recuo foi de 30,8 pontos. Levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) revela que, em meio à pandemia da Covid-19, a confiança da indústria brasileira é a mais baixa da história. O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) registou queda recorde de 25,8 pontos e ficou em 34,5 pontos, numa escala de 0 a 100. É o menor patamar e a maior baixa da série histórica iniciada em 2010. O índice também já havia recuado em fevereiro e março; o recuo acumulado foi de 30,8 pontos. “A queda na confiança dos empresários pode contribuir para a paralização dos investimentos, ou seja, para o agravamento da crise econômica”, avalia o diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Abijaodi. “Há dificuldades no fluxo de insumos, mercadorias e trabalhadores e as medidas de isolamento social e o consequente 'desaparecimento do consumidor' resultou em forte queda na receita das empresas”, explica o relatório técnico do ICEI, que também pontua a redução e o encarecimento do crédito, enquanto as despesas fixas continuam. Antes da queda de 25,8 pontos, registrada entre março e abril, o maior recuo num único mês havia sido de 5,8 pontos, em junho de 2018, como consequência da greve dos caminhoneiros. A atual redução traduz o cenário atual de queda forte contração na atividade e elevada incerteza em razão da pandemia da Covid-19. O ICEI é o resultado de dois componentes: as condições atuais e as expectativas. A queda registrada no último mês está mais relacionada com as expectativas que são negativas e geram incertezas do que com as condições atuais, que são de redução da atividade até o momento. O índice de Condições Atuais caiu 20,2 pontos, para 34,1 pontos, enquanto o índice de Expectativas, caiu 28,6 pontos, para 34,7 pontos. 18/04/2020

M&A - COVID-19 e seus impactos

  • A nova onda das fusões - Enquanto o mercado de aquisições e integrações está quase congelado, algumas empresas saem às compras. No pós-crise, o atual represamento de transações poderá resultar num boom? O mundo mudou. A frase ouvida, e sentida, por quase todos nas últimas semanas faz ainda mais sentido para quem estava em qualquer uma das pontas da mesa de negociações de alguma fusão ou aquisição logo antes da avassaladora chegada das contaminações com o novo coronavírus. O aumento da incerteza, causada pela volatilidade dos mercados e pelas previsões contrastantes sobre o tempo necessário de isolamento social, fez diversas transações serem interrompidas temporariamente ou canceladas de vez. Há quem, no entanto, mantenha o ritmo de compras durante a pandemia. Mesmo que de forma muito diferente do que fazia antes, as aquisições continuam fazendo parte da rotina de Bruno Haddad, presidente da operação brasileira da DaVita, empresa americana especializada em serviços de diálise  “A nossa expectativa é continuar com o nível de investimentos e de crescimento por este ano.” O desafio é aprender rapidamente como se adaptar aos novos processos em épocas de pandemia. Isso serve para todos os envolvidos. Não só para os negociadores das empresas, que ficam sem a possibilidade de fazer presencialmente o jogo de cena de cena de mostrar desinteresse para conseguir um acordo mais favorável, mas também para os advogados responsáveis pelos contratos e consultores especializados em fusões. José Diaz, sócio de fusões e aquisições do escritório de advocacia Demarest, diz que mudou o dia a dia. “Em vez de ficarmos cinco dias trancados numa sala com um monte de papel e sem dormir, levamos dez dias em conversas por videoconferência”, afirma. “Estamos aprendendo a ganhar mais eficiência. Trancado numa sala é mais rápido. Agora, o documento vai e volta, mas no fim chegamos no mesmo lugar.”  Por outro lado, entre os setores extremamente afetados pela crise estão a indústria, em especial, a de mineração e a petroquímica, e o setor de infraestrutura. Segundo Diaz, “também sumiu aquele dinheiro mais arriscado, para investir em startups.” Grandes processos que estavam no radar estão interrompidos e podem levar muitos meses para serem finalizados – se forem algum dia. São os casos da venda de refinarias da Petrobras  e da operadora de telefonia Oi. Também interrompeu tratativas o grupo Bloomin’ Brands, que colocou a rede de restaurantes Outback à disposição. O ativo interessava ao fundo Advent e à rede de hamburguerias Madero. A última entrou em processo de demissão de 600 pessoas e parece agora mais preocupada em atravessar a crise que expandir. Carlos Priolli, sócio-diretor da consultoria Alvarez & Marsal, diz que o mercado está muito volátil. “Fica difícil fazer a precificação das empresas”, afirma. “E o problema é que o dono da empresa acha que ela ainda vale mais e quer vender pelo preço pré-coronavírus, e o comprador quer adquirir pelo pós-coronavírus”, observa. O impasse, então, se instala. Há duas formas mais usuais de avaliar uma empresa. Pelo fluxo de caixa sustentado, se traz a valor presente a projeção de lucro futuro – mas as projeções de rentabilidade ficaram inconfiáveis. Ou pega-se uma empresa comparável que foi negociada e se contabiliza qual foi o múltiplo de seu Ebitda, levado em consideração para definir o preço. Só que é discutível se o mesmo múltiplo pago num passado recente continuará fazendo sentido para o futuro próximo, sem ninguém conhecer a extensão dos impactos da crise atual.  Segundo Priolli, até existem fundos agressivos já de olho nos ativos mais desvalorizados. Há dinheiro no mercado para isso. “Mas eles aguardam uma visibilidade melhor das condições econômicas para voltarem ao ritmo normal”, diz. “A crise ainda é curta. Por sua intensidade, parece que ela começou há um ano, mas tem pouco mais de um mês”, destaca o executivo. Outra grande questão que prejudica as tratativas é o financiamento. Espera-se a procura por formas mais criativas para não perder valor nos negócios, como vendedores aceitando pagamentos em parcelas. Uma das mais importantes fontes de recursos para aquisições neste ano deveria vir da onda de aberturas de capital prevista para a bolsa de valores. Mais de 20 empresas programavam fazer IPO em 2020. Todas interromperam ou estão revendo essa decisão. Grande parte utilizaria o dinheiro levantado para ganhar mercado por meio de aquisições, o que, no mínimo, foi adiado. Com base no padrão das crises de 2001 e 2008, a Alvarez & Marsal prevê queda de 64% no volume de transações no Brasil, em comparação a 2019.  “Mas, quanto mais demorar para a economia reabrir, existirá mais inércia a dificultar a retomada. Ainda que ocorra um boom de transações represadas, esses negócios vão substituir processos novos que seriam realizados, porque os compradores serão os mesmos.” Empresas em recuperação judicial também podem buscar vender ativos mais rapidamente, para sobreviver. “A dificuldade é que, neste momento, ninguém quer discutir preço, até para não ficar com a fama de oportunista”, afirma Motta. Uma grande esperança para estimular o mercado, além dos ativos em desconto, é a desvalorização do real, que poderia atrair investidores estrangeiros com dólares em caixa. Mas, Priolli, da A&M, não acredita nessa alternativa: “O estrangeiro tem muito receio com o nível de volatilidade brasileira”. Por isso, pelo menos em curto e médio prazo, as negociações devem ser mais locais. “Quem está no Brasil já está mais acostumado a isso”, diz. “Existem discussões em curso em que ambos os acionistas mantêm interesse no negócio, mas agora eles estão focados em resolver os riscos de caixa.” Ou seja, com tanta instabilidade, dá para acreditar que os próximos meses serão marcados por poucos bravos investidores se juntando à DaVita e à Nutrien na contramão do congelamento do mercado de fusões e aquisições. Essa tendência, no entanto, deve ser revertida em algum momento. O mundo pode até ter mudado definitivamente, mas continuará a ter empresas comprando umas às outras. O pôquer do M&A agora pede jogadores ainda mais frios.  24/04/2020
  • "Mais de 500 grandes empresas terão reestruturação” - Para consultor à frente da reestruturação do Grupo X, de Eike Batista, e da Odebrecht, o avanço da covid-19 provocou evento 'sem precedentes' e incomparável a outras crises. À frente de 120 reestruturações corporativas e da renegociação de R$ 180 bilhões em dívidas nos últimos dez anos, Ricardo Knoepfelmacher calcula que ao menos 500 grandes empresas brasileiras - com faturamento anual acima de R$ 500 milhões e dívidas de mais de R$ 300 milhões - terão de passar por esse processo, em decorrência da crise detonada pelo novo coronavírus. Para ele, a pandemia da covid-19 é um evento "sem precedentes" e incomparável a crises anteriores, como a de 2008. "Temos hoje um choque de ausência de demanda. Setores inteiros da economia tiveram de parar durante meses", diz. Em relação aos setores mais afetados, como aviação e entretenimento, Ricardo K faz uma analogia ao que ocorreu no Brasil com a Lava Jato, quando empresas de infraestrutura e construção civil perderam de 70% a 90% de seu faturamento de uma hora para outra. "A diferença é que nós não sabemos quando vai acabar", afirma. 24/04/2020
  • Com queda das ações na Bolsa, empresas tentam se proteger de tentativas de compra de controle - Papéis desvalorizados pela crise do coronavírus favorecem ofensivas de investidores pelo comando das companhias. A crise gerada pelo coronavírus está aumentando o temor de ofertas hostis para a aquisição do controle de empresas. Com a perda de quase US$ 11,5 trilhões em valor de mercado das companhias de capital aberto no mundo desde 11 de março, quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a pandemia de coronavirus, governos e empresas dos mais diversos setores vêm criando mecanismos de defesa para aquisições indesejadas.. 21/04/2020
  • "Até com reabertura, recuperação da China é muito lenta", diz consultor - Após a queda de 6,8% no PIB no primeiro trimestre deste ano, ante o mesmo período de 2019, a China deve demorar para se recuperar - assim como ocorrerá com a maioria das economias após a pandemia da covid-19 -, segundo o americano Arthur Kroeber, fundador da consultoria Gavekal Dragonomics, especializada em China. Uma evidência disso é que hoje, seis semanas após começar a reabrir a economia, a China tem apenas 40% dos pequenos negócios operando. "A China está rodando entre 80% e 90% do nível de sua atividade normal. Voltar a 100% pode levar meses. A mensagem é que, até se você começar a reabrir a economia, a recuperação é muito lenta", afirma ele. Analistas acham que a China pode se tornar um líder global depois da crise, dado que respondeu melhor ao vírus. Concorda? Não. Na crise financeira de 2008, muita gente previu um declínio dos EUA e que, em dez anos, a China seria a líder global. Dez anos depois, os EUA continuaram sendo uma economia maior e, de longe, mais poderosos que a China. A China teve ganhos, mas foram moderados. Agora deve ocorrer algo parecido. Inicialmente, a China parece estar indo muito bem, conseguiu controlar as coisas, enquanto os EUA parecem estar no caos. O sistema americano é dinâmico e resiliente. Depois de um período confuso, ele descobre como colocar as coisas de volta aos trilhos, enquanto a China é fundamentalmente mais rígida. Mas, claro, a China deve ganhar um pouco mais de prestígio e credibilidade depois de mostrar que seu sistema é eficiente. É um ganho para a China, mas não muda a relação de poder entre os dois países.  20/04/2020

RELAÇÃO DAS TRANSAÇÕES

  • Há quem, no entanto, mantenha o ritmo de compras durante a pandemia. Mesmo que de forma muito diferente do que fazia antes, as aquisições continuam fazendo parte da rotina de Bruno Haddad, presidente da operação brasileira da DaVita, empresa americana especializada em serviços de diálise  “A nossa expectativa é continuar com o nível de investimentos e de crescimento por este ano.”Desde que a empresa comprou a sua primeira clínica no Brasil, em 2016, aproveitando a abertura do mercado de saúde para companhias estrangeiras, a DaVita foi consolidando o mercado. Em 42 meses, adquiriu 55 operações, para chegar ao porte atual de 48 clínicas e seis unidades de atendimento intra-hospitalar, além de um centro de acesso vascular. Nos primeiros 100 dias de 2020, parece até que o mundo não mudou para a empresa: foram cinco aquisições. Ao todo, o investimento foi de R$ 100 milhões em expansões, considerando também a compra de máquinas. Duas das aquisições aconteceram em mercados novos para a empresa – Natal e Goiânia –, a última delas na segunda-feira 13. “O número de clínicas avaliadas para aquisição até aumentou com a crise”, afirma Haddad. “A demanda atual gera um desafio claro para as clínicas menores, que não têm grande capacidade de investimentos, e elas reveem os seus planos de continuarem independentes.” De fato, um dos efeitos do tratamento de doentes graves da Covid-19 é o aumento do uso de máquinas de hemodiálise, por conta de falhas nos rins de diversos pacientes.  Com a necessidade de isolamento, o que mais mudou na rotina de Haddad e de sua equipe de aquisições foi a intensificação do trabalho a distância. Os processos de compras ainda levam o tempo usual, entre quatro meses a um ano, desde a auditoria prévia ao fechamento da transação. “A grande dificuldade está em estruturar uma forma de fechar aquisições a distância”, diz Haddad. Finalizada a compra, começa a fase de integração, que precisa ser feita presencialmente. Na compra da clínica de Goiânia, um pequeno grupo gestor foi deslocado de Brasília para evitar viagens aéreas. 24/04/2020
  • Startup especializada em marketing de influência adquire empresa curitibana - Com o mercado de marketing digital em constante mudança, uma das tendências que mais chama a atenção atualmente de especialistas são comunidades. Analisando este cenário, a Squid, empresa especialista em marketing de influência, anunciou hoje a aquisição da Duopana, plataforma de construção de comunidades online. O valor da transação não foi revelado e o movimento é parte de uma nova fase da Squid, que no ano passado, com o reposicionamento trouxe foco justamente para esse tipo de estratégia. Além de novas funcionalidades para os influenciadores engajarem suas audiências, a plataforma traz um ambiente que também poderá ser explorado por empresas, engajarem clientes e colaboradores para compartilhar conhecimento por texto, vídeos e até mesmo criando cursos. 24/04/2020
  • UOL vende operação de centros de dados por mais de R$ 1,5 bi - Fundo Digital Colony faz aquisição de olho na demanda por infraestrutura digital. O valor da operação não foi revelado, mas executivos com conhecimento do mercado consultados pelo Valor estimam que o negócio seja superior a R$ 1,5 bilhão.O fundo de investimentos americano Colony Capital comprou a operação de data center do UOL, conhecida como UOL Diveo, a partir da qual está montando um novo player no mercado brasileiro, a Scala Data Centers S/A.  Não foi revelado o valor do negócio. De acordo com fontes ouvidas pela Bloomberg, o fundo avaliou os ativos adquiridos entre US$ 300 e US$ 400 milhões, algo entre R$ 1,6 bilhão e R$ 2,1 bilhões, com o dólar em R$ 5,46. Quase uma década atrás, no final de 2010, a UOL comprou a americana Diveo por R$ 693,5 milhões, o equivalente a cerca de US$ 412 milhões, em um ano no qual o dólar chegou a bater na hoje inacreditável quantia de R$ 1,68. Ganzi também revelou que as negociações já vinham há um ano e que “a maior” parte já havia sido concluída antes da entrada na quarentena (certamente, o coronavírus não deve ter prejudicado muito o comprador, num momento em que o Grupo Folha precisa de capital). "A estratégia de investimentos da Scala na América Latina é bastante agressiva e seus data centers de qualidade viabilizarão a chegada da nova geração de conectividade e mobilidade na região", afirma Peigo. A Digital Colony, braço de investimentos digitais da Colony, tem muita bala na agulha. No ano passado, a empresa gastou US$ 14,3 bilhões para levar a rede de fibra ótica da Zayo Group Holdings, presente nos Estados Unidos e Europa. 23/04/2020
  • Vinci Energies adquire a Planus Informática e Tecnologia - A VINCI Energies adquiriu a empresa brasileira Planus Informática e Tecnologia , que se dedica a soluções de Tecnologia da Informação e Comunicação, localizada em São Paulo. Fundada em 1987 por Marcos Ierizzo, a empresa conta com mais de 200 colaboradores e opera no país inteiro, com unidades em três cidades. A Planus Informática e Tecnologia entrega soluções em TI B2B personalizadas, integradas e flexíveis. Em 2019, a receita gerada foi de 110 milhões de reais em quatro segmentos principais: Redes Corporativas, Suporte, Gerenciamento de Impressoras e Dispositivos e Soluções em Nuvem.  24/04/2020
  • Pomartec capta R$ 687 mil - Em rodada na CapTable, startup voltada à fruticultura contou com aporte institucional do Badesul. A Pomartec, startup voltada à fruticultura de precisão, captou R$ 687 mil em investimentos na rodada aberta na CapTable, operação de equity crowdfunding da Startse.Até agora, foram mais de 300 investidores com valores a partir de 500 reais, além de um investimento institucional do Badesul, agência de fomento vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo do Rio Grande do Sul. A organização fez um aporte de R$ 99 mil no que parece ser o primeiro investimento feito por um banco de fomento por meio de uma plataforma de crowdfunding no Brasil.  23/04/2020
  • Empresa nacional de medicina é vendida e gera retorno de seis vezes para o Criatec - O Fundo Criatec anunciou a venda do Grupo RPH para a Ygeia Medical. O Grupo RPH, vanguardista no mercado de medicina nuclear no Brasil, entrega soluções completas para médicos, clínicas e hospitais, através de suas diferentes unidades de negócio. A planta fabril localizada em Porto Alegre, produz e comercializa Kits Liofilizados. Estes são “ligados” a elementos radioativos (radioisótopos) nos Serviços de Medicina Nuclear, formando um radiofármaco final. A tecnologia é usada em exames de imagem e tratamentos em Medicina Nuclear. 22/04/2020
  • Empresa de Curitiba compra startup do segmento de previdência e estima crescer 55% - A empresa de tecnologia Gateware anunciou a aquisição da Bexpo, companhia especializada em soluções de inovação voltada para a área da Previdência Social. A transação colaborará para aumentar a cartela de clientes da Gateware em 50% e impulsionar o crescimento da empresa, previsto para 55% este ano. Atualmente, possui atuação em três estados do Brasil e também na Argentina. Com a compra, a Bexpo será incorporada pela Gateware. O principal produto da Bexpo é o aplicativo LivID, que permite que os idosos possam fazer a prova de vida de maneira totalmente digital, por meio de dispositivos móveis, para a obtenção de pagamentos de aposentadorias ou de pensão. A solução inclui tecnologias de inteligência artificial, reconhecimento facial e serviços antifraude. Atualmente fundações privadas de aposentadoria em diversos estados do Brasil já utilizam a solução.20/04/2020
  • Mobbuy e Infocards unem operações e expandem oferta de serviços - A Mobbuy, plataforma de pagamentos móveis baseada em smartphones, acaba de anunciar sua fusão com a área de processamento de subadquirentes da Infocards. Com a fusão, nasce uma nova Mobbuy, agora com capacidade de atender o mercado desde a captura de transações até o processamento de pagamentos, atendendo seus clientes com mais rapidez e segurança. Na verdade, a Mobbuy está se fundindo com a parte da Infocards – sistema de subadquirência – que permaneceu com o Marco Antonio José, ex-sócio e fundador da Infocards. Parte da Infocards – a área de cartões Private Label, já havia sido adquirida pela DMCard no final do ano passado. De acordo com os sócios da nova empresa, Luciano Barbezani e Marco Antonio José, as soluções das duas companhias são complementares, o que deve ampliar a atuação da companhia, que continuará se chamando Mobbuy.Com 11 clientes, a Mobbuy espera chegar a 60 clientes nos próximos cinco anos, atingindo um faturamento de R$ 12 milhões/ano e atendendo cerca de 12 mil estabelecimentos comerciais em todo o Brasil. 20/04/2020
  • Bahema adquire Escola Viva por R$ 50 milhões - O grupo educacional Bahema (BAHI3) informou na última sexta-feira (17) que fechou um acordo de aquisição da Escola Viva pelo valor de R$ 50 milhões, entre dívidas bancárias e passivos fiscais. A Bahema exerceu a opção de compra de 100% das ações da empresa. Com a transação, a Escola Viva, localizada na Vila Olímpia e com aproximadamente 830 alunos do ensino Infantil até o ensino médio, passará a integrar o Critique, grupo de escolas que reúne as instituições com metodologia de estímulo do pensamento crítico e da autonomia. A companhia submeterá a operação à ratificação dos acionistas na próxima Assembleia Geral Extraordinária (AGE), marcada para acontecer até abril de 2021. A Bahema exerceu a opção de compra de 100% das ações da Escola Viva, que passará a integrar o Critique  20/04/2020
  • JHSF compra fatias de Alexandre Accioly nos restaurantes Fasano do Rio -  A JHSF (JHSF3) parece ter encerrado uma briga societária que atrapalhava o bom andamento dos restaurantes do Fasano no Rio de Janeiro. Segundo um comunicado enviado ao mercado na noite desta sexta-feira (17), a empresa acertou a compra das participações que o empresário Alexandre Accioly possui no Gero (40%) e no Marea (30%). A participação societária da AALU Participações, holding de Accioly, na São Sebastião do Rio de Janeiro Administração de Restaurantes também foi adquirida. 18/04/2020

RELATÓRIOS - DESTAQUES DA SEMANA


QUEM, O QUÊ, QUANDO, QUANTO, COMO e POR QUÊ
 A pesquisa FUSÕES E AQUISIÇÕES - DESTAQUES DA SEMANA tem o propósito de captar o “clima” do mercado das operações de Fusões e Aquisições bem como sinalizar suas principais tendências. Trata-se da compilacão semanal das notícias visando tornar mais acessíveis e conhecidos os negócios de fusão, aquisição e venda realizados entre empresas com atuação no Brasil. Todas as informações sobre os negócios citados no presente relatório são obtidos a partir de notícias publicadas pela imprensa e divulgadas no “estado" pelo blog FUSOESAQUISICOES.BLOGSPOT http://fusoesaquisicoes.blogspot.com, não sendo feita qualquer verificação quanto à sua veracidade, precisão ou integridade do conteúdo. Sempre que possível, serão mencionados os nomes dos compradores – investidor estratégico ou fundos de private equity, dos vendedores, a tese de investimento e principais “value drivers”, o valor da transação, forma de pagamento, múltiplos praticados (Valor da Empresa/EBITDA, Valor da Empresa/Receita) etc. Muitas vezes a notícia não é clara a respeito dos valores/forma de pagamentos e respectivos múltiplos. É bem-vinda toda e qualquer contribuição para tornar as informações mais precisas e transparentes. Caso o conteúdo estiver em desacordo, nos contate que estaremos retirando o mesmo ou corrigindo a respectiva  informação. Blog FUSÕES & AQUISIÇÕES

30 abril 2020



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