23 abril 2020

Ações de empresas aéreas têm as maiores quedas de 2020

Com suspensão de voos por conta do coronavírus, entidades do setor lideram ranking de perdas na bolsa de valores, aponta levantamento do Yubb

O setor aéreo é, hoje, o principal afetado na bolsa de valores por conta da crise instaurada pelo coronavírus. É o que aponta levantamento realizado pelo Yubb (https://yubb.com.br/), maior buscador de investimentos do país. Em um comparativo entre os meses de janeiro a abril, o mercado aéreo está no topo das 20 ações com maiores quedas no Ibovespa. No pódio, a Azul teve uma redução de 71% na rentabilidade de seus ativos. Confira o ranking completo:

“O transporte aéreo é o setor mais afetado pela crise, segundo diversos especialistas. Nos Estados Unidos, por exemplo, os voos foram suspensos da noite para o dia, impactando imediatamente as empresas envolvidas neste mercado”, explica Bernardo Pascowitch, fundador do Yubb. No ranking, também estão ações da Gol (3º lugar, -68%) e da Embraer (9º lugar, -51%). “Classificamos a Embraer neste mesmo mercado porque, apesar de não ser uma companhia aérea, é uma fabricante de aviões, cuja queda é motivada pelo cenário negativo das demais”.

Outro mercado afetado diretamente com a situação aérea é o de turismo, que também aparece entre as primeiras posições do ranking. Em 4º e 5º lugar, respectivamente, estão a CVC Brasil (-67%) e a Smiles (-64%). “As pessoas não estão viajando e não há planos para a situação se normalizar. Aos poucos, a população vai voltar a trabalhar e a consumir. Entretanto, existem demandas prioritárias e, em um cenário de crise, há cortes daquilo que é considerado mais supérfluo. O setor de turismo presta serviços relacionados ao lazer, que não são considerados prioritários para a população em um momento de recessão econômica”, detalha Pascowitch.

Petróleo também impacta todo o Ibovespa

Além do setor aéreo, outro mercado em queda no Ibovespa é o de petróleo. A Petrobras aparece nas posições 14ª (-46,3%) e 19ª (-44,5%), enquanto a Ultrapar figura o 18º lugar (-44,6%). “Há quem chame a queda da bolsa brasileira de ‘crise do petróleo’, ao invés de atrelar ao coronavírus. Como a Petrobras tem grande presença no Ibovespa, sua desvalorização afeta diretamente todo o índice”, contextualiza Bernardo, complementando: “O que aconteceu nos últimos meses foi a guerra de preços entre Rússia e Arábia Saudita. Por conta dessa disputa, o preço do barril despencou e os Estados Unidos não concordam com os valores. Além disso, há uma diminuição no consumo de derivados de petróleo. Atualmente, carros e aviões estão usando menos combustível, por exemplo. A crise do petróleo nada mais é do que uma grande quantidade de oferta com uma demanda baixa, o que faz o preço cair”.

Paralelamente, a IRB Brasil ocupa o 2º lugar entre as quedas, com uma perda de 69% da sua rentabilidade. Para o especialista, a questão da empresa de resseguros tem a ver com a sua gestão. “A IRB Brasil está passando por vários problemas internos. Em março, alguns conselheiros disseram que as ações da empresa estavam sendo compradas pela Berkshire Hathaway. Foi uma notícia bem vista no mercado, mas alguns dias depois, o fato foi negado pela própria Berkshire. Isso trouxe uma enorme desvalorização, gerando uma crise de confiança e credibilidade”, conclui o especialista.

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23 abril 2020



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