Queda de 30,8% em março/20, no volume de fusões e aquisições de empresas de Tecnologia da Informação – TI e Telecom, no Brasil. Foram realizadas 18 transações.
Em relação ao valor dos negócios, apurou-se o montante de R$ 4,3 bilhões, representando uma redução de 40,8%, comparativamente ao mesmo mês do ano anterior.
O Indicador de Volume de Transações de M&A do mês sinaliza uma tendência de queda. A propósito, o setor de TI foi um dos mais fortemente influenciado pela crise do Covid-19, estimando uma queda em torno de 40% em relação ao previsto para este mês.
O primeiro trimestre de 2020, registrou um crescimento de 34,3%, com 94 negócios, correspondendo a um investimento de R$ 12,8 bilhões - volume superior em 50,1%, em relação ao mesmo período do ano passado.
Os segmentos de maior volume de operações no mês foram os de Mídia e Software.
Os investidores Estratégicos foram mais ativos em volume, com 13 negócios realizados, enquanto os investidores Financeiros ficaram com 5. Por sua vez , os Investidores Nacionais responderam por 13 operações e os Estrangeiros somente por 5.
Em relação ao montante, os Estrangeiros foram responsáveis por 94,0% dos investimentos, e os Nacionais por 6% do total.
O valor médio das transações no ano foi de R$ 135,7 milhões, crescimento de 11,8% em relação ao mesmo mês do ano anterior.
A maior transação no mês de março/20, foi a OLX anunciando a compra de 100% do Grupo Zap por cerca de R$2,9 bi.
Operações de Fusões e Aquisições de Tecnologia da Informação – TI e Telecom, noticiadas com destaque na imprensa brasileira ao longo do mês corrente As informações deste relatório, elaborado pelo Blog FUSÕES & AQUISIÇÕES (http://fusoesaquisicoes.blogspot.com.br) estão apresentadas em blocos, detalhando as transações por Volumes e Valores, Segmentos, Racional do Investimento, Porte das empresas, Perfil do Investidor, Destaques do mês, etc.
ANÁLISE DO MÊS
Principais constatações.
Volume de negócios - No primeiro trimestre de 2020, com 94 transações, apresentou um crescimento de 34,3% comparativamente ao mesmo período de 2019. No mês março de 2020, foram apuradas 18 transações, representando uma queda de 30,8% comparativamente ao mesmo mês do ano anterior (26 transações).
O setor de TI foi um dos setores que mais sofreu a influência da pandemia no mês de março/20, estimando-se uma queda em torno de 40% em relação ao previsto para este mês.Vale mencionar que no período de jan e fev/20, ainda sem a influência do covid-19, o crescimento realizado foi 49% superior a projetado para o período.
No fluxo de transações trimestrais, verificou-se uma ligeira queda em relação ao trimestre anterior, já incorporando os efeitos da pandemia nos negócios de M&A do setor.
Tendência - O objetivo do Indicador de Volume de Transações de M&A é sinalizar uma expectativa de tendência, com base na análise do verificado nos períodos semestrais móveis. O período móvel findo em mar/20, sinaliza uma perspectiva de queda. Possivelmente o próximo trimestre irá incorporar fortemente o impacto da pandemia.
Maiores apetites - Os segmentos de maior volume de operações em março/20 foram os de Mídia, Software e Serviços de TI, representando uma concentração de 84%.
Segmentação - Na classificação entre os Segmentos de TI no corrente mês, os subsegmentos de Conteúdo/mídia digital e serviços de marketing (comunicação de marketing e marketing/mídia de tecnologia) e BPO: serviços financeiros; contabilidade, recursos humanos...; Outsourcing; Treinamento de SERVIÇOS DE TI lideraram. No acumulado do quadrimestre, SOFTWARE vem liderando o número de transações, seguido por SERVIÇOS DE TI.
Valor dos investimentos - No mês de março, o total das transações, incluindo as operações que divulgaram os valores (91,2%) e as não divulgadas (estimadas 8,8%), alcançaram R$ 4,3 bilhões, representando uma queda de 40,8%, em relação ao mesmo mês do ano anterior. Vale lembrar que em mar/19, duas operações no montante de R$ 6,5 bilhões representaram 90% dos negócios realizados. O montante das transações no primeiro trimestre de 2020, alcançou R$ 12,8 bilhões, representando um crescimento de 50,1% sobre igual período do ano anterior.
Segregação setorial nos últimos três anos - Comparando-se o número de transações do primeiro trimestre do ano, por segmentos, compiladas nos últimos três anos, verifica-se o significativo crescimento dos segmentos de Software e Mídia.
* Corrigido em 25/05/2020
Porte das Empresas - O objetivo é proporcionar uma visão das transações classificadas em função do porte das empresas. Utilizou-se o critério adotado pelo BNDES e aplicável a todos os setores para a classificação do porte em função da Receita Bruta anual (informada ou estimada).
Em relação ao porte, os investidores deram preferência para empresas de pequeno porte no presente mês. E o crescimento mais significativo ocorreu nos negócios de porte das médias empresas.
• Microempresa <= R$ 2,4 milhões
• Pequena empresa > R$ 2,4 milhões e <= R$ 16 milhões
• Média empresa > R$ 16 milhões e <= R$ 90 milhões
• Média-grande empresa > R$ 90 milhões e <= R$ 300 milhões
• Grande empresa > R$ 300 milhões
Perfil do investidor - Em relação ao perfil do investidor no corrente mês, das 18 operações destacadas, os Investidores Estratégicos foram responsáveis por 13 negócios. Desse volume, 10 operações foram realizadas por empresas de capital nacional e 3 de capital estrangeiro. Os investidores Financeiros realizaram 5 negócios, sendo 3 de capital nacional.
No acumulado do primeiro trimestre de 2020, o Investidor Estratégico se destaca com maior número de operações - 49.
Por sua vez, o Investidor de Capital Nacional foi mais ativo com 81 operações (86,2%), enquanto o Investidor Estrangeiro foi responsável por 13 negócios (13,8%).
Investimentos nacionais & estrangeiros - Já no que tange ao montante das transações no mês, de R$ 4,3 bilhões, os Investidores Estrangeiros foram responsáveis por 94,0% dos investimentos enquanto os Nacionais ficaram com 6,0%.
O montante das transações no acumulado do ano, alcançou R$12,8 bilhões, representando um crescimento de 50,1% sobre igual período do ano anterior. Os Investidores estrangeiros responderam por 64,7%, com montante estimado em R$ 8,3 bilhões, enquanto os Nacionais foram responsáveis por 35,3%, com um valor de R$ 4,5 bilhões.
(1) Empresa adquire outra empresa (controladora ou não) relevante do ponto de vista estratégico, a fim de ter acesso a tecnologia, produto ou serviço.
(2) Fundo de Investimento Private Equity; Venture Capital, Angel;
(3) Empresa de capital nacional adquirindo participação em empresa brasileira (controladora ou não).
(4) Fundo de Investimento de capital estrangeiro adquirindo participação em empresa brasileira (controlador ou não).
Valor médio dos investimentos - O valor médio das transações no acumulado do ano foi de R$ 135,7 milhões, representando um crescimento 11,8% em relação ao valor médio do mesmo mês do ano passado.
Nacionalidade dos investidores - Em relação à nacionalidade das empresas que estão investindo no Brasil no mês de março/20, quando foram registradas 5 operações de quatro países.
Maior transação no mês de março/20: - OLX anuncia compra de 100% do Grupo Zap por cerca de R$2,9 bi - A OLX Brasil, joint venture entre a norueguesa Adevinta e a holandesa Prosus, afirmou que seus negócios são "altamente complementares”. A OLX Brasil foi criada em 2010 e nos últimos anos tem se concentrado no mercado imobiliário. O Grupo Zap, criado a partir de uma fusão da ZAPImóveis com a Viva Real em 2017, teve em 2018 lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) negativo em 18 milhões de reais e receita líquida de 217 milhões, segundo dados citados pela OLX. 03/03/2020
Relação das transações - A relação das transações de Fusões e Aquisições na área de TI, segue a data em que foram divulgadas pela imprensa e compiladas pelo blog fusoesaquisicoes.blogspot.com. Todas podem ser pesquisadas e localizadas no blog.
- RELATÓRIO ANTERIOR: TI - RADAR de Fusões e Aquisições, em fevereiro/20
M&A - QUEM, O QUÊ, QUANDO, QUANTO, COMO e POR QUÊ
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