O grupo mexicano Negotio Magni foi autorizado a adquirir até 3,5% do banco de investimentos BR Partners, do banqueiro Ricardo Lacerda. O aval para o ingresso de capital estrangeiro na instituição financeira foi concedido na quarta-feira, dia 29, pelo Banco Central (BC). Será o primeiro aporte do exterior no BR Partners.
O Negotio Magni pertence aos bilionários mexicanos Roberto Hernandez, Alfredo Harp Helú e Esteban Malpica, ex-donos do Banamex, recentemente vendido ao Citibank. No Brasil, os mexicanos já têm investimentos em empresas como a Hypera Pharma e UOL, dono da PagSeguro, de maquininhas. O valor da participação no BR Partners não foi divulgado.
» Portas abertas. O aval para o negócio ocorre após o governo Bolsonaro ter facilitado a entrada de capital estrangeiro em instituições financeiras brasileiras. Em decreto publicado em setembro, o Banco Central foi autorizado a reconhecer o interesse do governo brasileiro e aprovar ou não a entrada de grupos internacionais nos bancos locais.
» Caminho mais curto. Antes, era necessário ter a benção do BC, mas também do presidente da República, que deveria publicar um decreto para cada caso, o que tornava o processo mais burocrático. Com um obstáculo a menos, a tarefa anda mais rápido.
» Geladeira. Esfriou o interesse dos quatro maiores escritórios de agentes autônomos credenciados à XP Investimentos - Messem, Monte
Bravo, Acqua Investimentos e Eu Quero Investir! - pela Guide Investimentos. É que a chinesa Fosun, dona da corretora, não quer se desfazer da operação, mas conquistar um parceiro estratégico.
» Quadra. Para os “big four” da XP só interessava uma compra integral, de olho na carteira de 85 mil clientes e R$ 25 bilhões de custódia contratada da Guide. Sem os quatro no páreo, o BTG vem sendo apontado como o mais provável sócio dos chineses. O Estado de S.Paulo - Coluna do Broadcast - Leia mais abinee. 31/01/202
02 fevereiro 2020
Grupo mexicano comprará fatia do BR Partners
domingo, fevereiro 02, 2020
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Ruy Moura
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