10 dezembro 2019

Eletrobras sinaliza que União deve ficar com 45% da empresa após privatização

O presidente Wilson Ferreira Júnior reafirmou que espera que o projeto de lei sobre a privatização da companhia seja aprovado no Congresso no 1º semestre de 2020 O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Júnior, sinalizou nesta terça-feira que a União poderá ficar com cerca de 45% da companhia, após uma eventual privatização.

 “O governo vai ficar com menos de 51%. Ele não vai acompanhar o aumento de capital. Ele vai ficar com um enorme estoque, uns 45%”, disse o executivo, durante palestra na Associação Comercial do Rio de Janeiro.

No início de novembro, ao entregar o projeto de lei de privatização da Eletrobras à Câmara dos Deputados, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, havia indicado que a União ficaria com cerca de 40% da elétrica, após a desestatização.

Durante explicação sobre o processo de venda da companhia, Ferreira indicou que o restante da participação do governo na empresa, pós-privatização, poderia dobrar de valor, devido à mudança no controle da elétrica. Segundo ele, situação semelhante ocorreu com a BR Distribuidora, que passou primeiramente por um IPO e, em seguida, por uma chamada de capital, na qual a Petrobras ficou com 37,5% da companhia.

Além disso, o presidente da Eletrobras reafirmou que espera que o projeto de lei sobre a privatização da companhia seja aprovado nas duas casas do Congresso no primeiro semestre de 2020. Com isso, segundo ele, será possível fazer a operação de privatização da empresa, no segundo semestre do mesmo ano. “Imaginamos que [o Congresso] possa aprovar [o projeto de lei] no primeiro semestre. No segundo semestre, nós fazemos essa operação”, disse o executivo.

Após uma eventual privatização, a companhia deverá analisar a oportunidade de investir em outros países da América Latina, segundo Ferreira Junior. “A Eletrobras, no momento que for privada, deve olhar a América Latina como uma região onde ela tem características distintas para investir”, disse o executivo. Ele acrescentou ainda que a empresa já está estudando um conjunto de alternativas de integração na América do Sul, tanto em geração quanto em transmissão de energia.

Geração de caixa de R$ 10 bi

A geração de caixa da companhia passará de R$ 10 bilhões em 2019, de acordo com Ferreira Junior. No acumulado dos primeiros nove meses do ano, a companhia totaliza um Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 7,053 bilhões.

O executivo contou que, nos últimos três anos, a empresa reduziu custos em 40%. Segundo ele, serão mais R$ 300 milhões de redução de custos, em 2020, e outros R$ 500 milhões mais à frente. Ele acrescentou que a companhia, por meio das subsidiárias Furnas e Chesf, colocará em operação 250 megawatts (MW) de parques eólicos entre dezembro deste ano e janeiro do ano que vem.

O executivo lembrou ainda que atualmente estão à venda participações em 38 sociedades de propósito específico (SPEs) de transmissão e energia eólica. “Devemos anunciar no fim do ano o que faremos com elas [SPEs à venda]”, completou Ferreira. Valor Econômico .. Leia mais em yahoo 10/12/2019


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10 dezembro 2019



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