Empresa afirma que perspectiva é de que o plano de desinvestimento avance no ano que vem em decorrência da melhoria das condições da economia do país
O ano de 2020 deverá apresentar um cenário mais favorável ao plano de desinvestimentos da Cemig. A expectativa da empresa é de otimismo uma vez que sua visão é de melhoria da economia no país.
Com isso, alguns dos processos que a estatal mineira vem promovendo, finalmente, poderão ser concluídos. O diretor da Cemigpar, Daniel Faria, não apontou quais negócios podem ser anunciados, mas indicou que as intenções de vender a participação da empresa onde a elétrica não está no comando ou não são o core business continuam na lista.
Dentre os principais ativos dessa lista figuram a Gasmig, Light, as participações nas UHEs Santo Antônio (3.568 MW, RO) e em Belo Monte (11.233, PA).
Segundo o executivo em entrevista a jornalistas após a teleconferência de resultados com analistas e investidores, o programa continua e não há pressa, uma vez que a alavancagem da estatal recuou a 3,03 vezes a relação entre a dívida líquida sobre o ebitda, mais importante índice que levou a companhia a adotar o plano de desinvestimentos, anunciado ainda em 2016. “O programa continua, não mudou a meta de venda de ativos que não produzam o resultado esperado ou porque tem consumo [ou potencial de gerar consumo] de capital na forma de necessidade de investimentos da Cemig”, afirmou ele.
Faria não destacou quais dos ativos estariam na linha de frente, mas se mostrou confiante que o processo deverá apresentar avanços a partir de 2020. Na Gasmig a renovação da concessão estadual já foi conseguida e com o projeto de modernização do mercado de gás natural no país, em breve o ativo deverá ser oferecido ao mercado. Já no caso das usinas os negócios deverão ser mais complexos uma vez que no caso de Santo Antonio há um dos sócios, a Camargo Corrêa, em recuperação judicial.
Já em Belo Monte que está prestes a ser concluída, há a possibilidade de retomada das conversas para a venda. Inclusive, na próxima terça-feira, 19 de novembro, a Agência Nacional de Energia Elétrica vai liberar a última turbina da maior usina totalmente brasileira em potência instalada. Nesse caso a questão está concentrada em saber quais os acionistas que desejarão se desfazer do ativo.
Quanto à Light, Faria destacou que a Cemig tem feito o que chamou de “lição de casa”. Isso significa que entre as ações estão a recente troca de comando da elétrica fluminense, o follow on onde a mineira reduziu sua participação no capital social e ainda outras ações como os planos de combates a perdas e inadimplência e a AGE que será realizada em meados de dezembro, convocada para eleger um novo conselho de administração. Com isso, a Cemig afirma avaliar todas as opções que se mostrarem no momento que considerar mais adequado para a venda de sua parcela na Light. Entre elas a venda das ações em bolsa, ou ainda a venda direta a um novo controlador. O fator principal, comentou, é que a opção deva trazer valor à Cemig.
“O ano de 2020 é importante, isso não significa que não deixou de acontecer o desinvestimento nos anos anteriores, mas consideramos que o ambiente de 2020 está mais propício e o país está melhor. Deveremos ter mais oportunidades de efetivar vendas em 2020 não é questão de pressa e sim de oportunidade. O processo de venda continua, mas sem dúvida a destinação desses recursos que serão obtidos será diferente do que era projetado no passado”, finalizou... Leia mais em canalenergia 18/11/2019
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