15 outubro 2019

IPO da C&A já tem demanda que supera a oferta de ações, diz Estadão

Mesmo visto com desconfiança por grande parte dos agentes de mercado, a oferta inicial de ações da C&A já teria completado demanda suficiente para superar a oferta. Isso quer dizer que o volume de ações que será negociado já completou o livro uma semana após as reuniões com os investidores. As informações são da edição desta terça-feira da Coluna do Broadcast, do jornal O Estado de S.Paulo.

Pelo cronograma do prospecto apresentado pela companhia, a precificação deverá acontecer no dia 24, no mesmo dia que a oferta do BMG também terá seu valor definido. De acordo com a publicação, a expectativa é que a procura pelo papel seja elevada entre os investidores do segmento de varejo, assim como aconteceu com a Vivara (VIVA3). A tese é que as ofertas de marcas que são conhecidas do público têm atratividade entre as pessoas físicas.

A faixa indicativa de preços da C&A está entre R$ 16,50 e R$ 20, com a companhia estimada a um valor de mercado de 18 vezes o seu lucro. Em comparação com a Vivara, por exemplo, o total foi de 23 vezes o lucro. A rede de joalheria levantou R$ 2,3 bilhões no IPO, sendo que o segmento de varejo representou 13% desse total.

Vale a pena?

O período de reserva para as ações da C&A tiveram início na segunda-feira com um valor mínimo de R$ 3 mil. Para Rodrigo Wainberg, analista da SUNO Research, não vale a pena o investimento na varejista concorrente da Renner (LREN3).

Para ele, existe um “sério conflito de interesse com o controlador, porque aproximadamente metade da emissão é para pagar intercompany loan (empréstimos entre as empresas) girando a 170%, enquanto a Lojas Renner e a Guararapes é 100% e 110% respectivamente”.

Além disso, Wainberg salientou que a marca está “envelhecida”, e seu controlador é uma família holandesa que não conhece muito bem o varejo brasileiro.

“A marca C&A está envelhecida, o número de lojas permanece o mesmo em três anos, o SSS no primeiro semestre de 2019 está abaixo da inflação. A que ponto a companhia entende o seu público alvo?”, completou o analista. Investing.com Brasil Leia mais em moneytimes 15/10/2019

15 outubro 2019



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