07 novembro 2018

Com reforma, Brasil Plural prevê 30 IPOs em 2019

Guiado pela perspectiva de que o governo de Jair Bolsonaro coloque em prática promessas da campanha para a economia, Rodolfo Riechert, presidente do Brasil Plural, diz acreditar que o ano de 2019 será marcado por um crescimento de 3% a 4% e uma onda de ofertas públicas iniciais (IPO) de empresas na bolsa de valores.

O banco, que trabalha atualmente no IPO do BMG, está envolvido em mais quatro processos de abertura de capital, segundo o executivo. Sem dar detalhes, Riechert disse que "o setor financeiro virá forte" nas novas ofertas de ações.

Otimista, o executivo afirma que se a reforma da Previdência for aprovada e houver privatizações e cortes de impostos para pessoas jurídicas, pode haver uma retomada mais forte e acelerada da economia. Essas mudanças, segundo Riechert, se refletem no mercado financeiro e podem levar a bolsa brasileira a receber mais de 30 novas empresas no próximo ano.

"As privatizações devem atrair capital estrangeiro e também de companhias locais, que podem querer comprar pedaços dessas estatais. E com o crescimento econômico, as empresas também precisarão de mais dinheiro para estoque, para investir", diz. Uma saída, então, seria buscar financiamento no mercado, seja com abertura de capital ou emissões de dívidas. "Estou bem animado, acho que o mercado será outro", aposta.

Ao mesmo tempo em que as empresas devem buscar a bolsa, Riechert acredita que as pessoas também vão buscar mais investimentos, especialmente de renda variável. Esse aumento de demanda será ocasionado tanto pelo crescimento cada vez maior das plataformas, como é o caso da Genial, controlada do Brasil Plural, como pela expectativa de que os juros continuem baixos - o que faz com que os produtos de renda fixa percam atratividade.

"Se o mercado realmente mudar, as pessoas vão ter que se acostumar a ter um pouco mais de renda variável nas carteiras", afirma. Esse movimento, segundo Riechert, é outro motivador para que mais empresas abram capital.

"O investidor vai precisar de papel, de novas ideias. E com a economia andando, mesmo as empresas que estiverem 'patinando' vão começar a ganhar dinheiro e o mercado vai passar a ser uma alternativa de financiamento", afirma.

Riechert afirma, contudo, que as companhias que estão planejando estrear na bolsa em 2019 devem fazer isso ainda no primeiro semestre, já que o segundo será "permeado pelas privatizações", o que pode tirar as ações de companhias privadas dos holofotes dos investidores.

Além da necessidade de aprovação de reformas e de uma agenda de privatizações, Riechert cita a autonomia do Banco Central como outro ponto importante. "Se o BC for independente pela Constituição, isso poderia atrair capital." Outra questão levantada pelo executivo para acelerar a retomada seria o aumento dos investimentos em tecnologia. O executivo, inclusive, elogiou a intenção do novo presidente de visitar Israel. "É o país estrangeiro com mais ações na Nasdaq. O [aplicativo] Waze é israelense. Precisamos estar perto desses países", diz.- Valor Econômico Leia mais em portal.newsnet 07/11/2018

07 novembro 2018



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