01 abril 2018

Boeing persegue baixo custo e aquisições

A gigante da aviação Boeing, a empresa americana que quer comprar a Embraer, vem soltando as asas.

Num mercado de crescente competição, a companhia bateu recorde de entregas e desempenho financeiro no ano passado, enquanto pressiona seus fornecedores a diminuir preços, centraliza a produção e caça parcerias e joint ventures pelo mundo, como na negociação com os brasileiros.

É uma abordagem nova, que reforça a tática agressiva da Boeing, dona de uma das maiores fábricas do mundo -e que não quer perder a dianteira do mercado.

"Estamos fazendo o que achamos melhor para a empresa, para sermos mais competitivos", disse à Folha Donna Hrinak, presidente da Boeing para a América Latina.

Produtora da bem-sucedida linha de jatos 737, 747 e 787, a Boeing viu a competição do setor aeronáutico aumentar, em especial com a pressão por redução de custos das companhias aéreas, ávidas por transportar cada vez mais gente por preços mais baixos, e com o anúncio recente de novos fabricantes na China, na Rússia e no Japão.

Atualmente, a americana disputa venda a venda com a europeia Airbus, que emparelhou o número de entregas com a concorrente na última década e teve até mais pedidos no ano passado.

Para fazer frente à concorrência, a Boeing alterou estratégias, a começar por acelerar e centralizar a produção.

Até 2020, a empresa pretende produzir por mês 60 aviões do tipo 737, um best-seller da companhia -o triplo do que fazia 20 anos atrás.

Em suas gigantescas fábricas nos arredores de Seattle, na costa oeste americana, se veem até seis jatos emparelhados, de uma só vez, na linha de produção. A empresa voltou a contratar no fim do ano passado, para dar conta da demanda.

A carteira de pedidos é considerável: 5.805 encomendas em espera, muitas das quais serão entregues em 2025.

Dentro da fábrica, a operação se tornou mais vertical. A Boeing assumiu a produção de componentes, serviços de manutenção e até a fabricação de assentos, por meio de uma joint venture anunciada no início do ano com a fábrica alemã da Adient.... Folha de S. Paulo Online Leia mais em gsnoticias 01/04/2018

01 abril 2018



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