Crescimento do volume de fusões e aquisições realizadas em março/17.
O volume de transações neste mês registrou um crescimento em relação ao mês anterior de 27,8%, com 69 operações realizadas. Por sua vez, o valor total dos investimentos apresentou uma queda de 65,2%, com o montante de R$ 7,2bilhões.
No acumulado dos últimos doze meses sinaliza um crescimento de 2,8% do número de transações, com 811 operações.
Porte: 53,7% das transações são do porte de até R$ 50 milhões
Operações de porte de R$ 50 milhões até R$ 1,0 bilhão registraram crescimento expressivo de 56,8% no trimestre.
O valor médio das transações no acumulado do ano registrou uma queda de 6,8%.
Os setores de TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO e SERVIÇOS PORTUÁRIOS E AEROPORTUÁRIOS foram os mais ativos no mês.
O maior apetite neste mês ficou por conta dos investidores Estratégicos com 48 operações e responderam por 61,4% dos montantes investidos. Os Financeiros, por sua vez, realizaram 21 operações no mês. No acumulado do ano, os Estratégicos, com 119 operações responderam por 69,6% dos investimentos. Os Financeiros realizaram 52 negócios no trimestre.
Predominaram os investidores de Capital Nacional, sendo responsáveis por 47 operações - 68,1%, no mês. Os investidores de Capital Estrangeiro realizaram 22 operações - 31,9%. No acumulado ano, os Nacionais responderam por 63,2% do volume de operações e os Estrangeiros por 36,8%.
Estima-se que no mês de março/17, os investimentos estrangeiros representaram 51,6%, com R$ 3,7 bilhões.
Por país, os EUA com 4 operações foi o maior investidor no mês, representando 18,2% dos investimentos estrangeiros.
A maior transação em março/17, foi a Brookfield comprando TerraForm, de energia renovável.
Quanto às Percepções de Mercado, vale destacar: (1) Oferta de ações reaparece como alternativa a empresas; (2) Perspectiva de retomada econômica faz mais empresas serem alvo de aquisição.
Operações de Fusões e Aquisições divulgadas com destaque pela imprensa brasileira no decorrer do mês de MARÇO de 2017.
ANÁLISE DO MÊS
Setores mais ativos - Os 5 setores mais ativos responderam por 68,1% do total das operações e 45,9% do valor total dos investimentos.
Crescimento de 27,8% em relação ao mês anterior. Foram divulgadas com destaque pela imprensa neste mês 69 transações em 17 setores da economia brasileira, registrando um crescimento de 27,8% em relação ao mês anterior ( 54 operações). Comparativamente ao mesmo mês do ano anterior verificou-se um crescimento de 46,8%
Evolução nos últimos 5 anos - No acumulado do primeiro trimestre de 2017, apuradas 171 operações, registra-se um crescimento de 17,9% se confrontado com igual período de 2016, quando foram realizadas 145 operações.
Maiores apetites x maiores quedas. O segmento com maior apetite neste mês foi TI, com a realização de 28 transações, representando 40,6% do total.
No gráfico dos setores mais ativos no primeiro trimestre de 2017, além de TI, destacam-se OUTROS; HOSPITAIS E LAB.DE ANÁLISES CLÍNICAS
Os setores que apresentaram maiores quedas no nº de transações no primeiro trimestre do ano, em relação ao mesmo período de 2016, foram PRODUTOS QUÍMICOS E FARMACÊUTICOS e MINERAÇÃO. Por sua vez, os setores que mais cresceram no nº de operações foram os mesmos dos mais ativos.
O volume acumulado de transações dos últimos doze meses sinaliza crescimento - O mês sinaliza aumento de 2,8% do número de transações de M&A acumuladas nos últimos doze meses - março de 2017, com 811 operações, comparativamente com o mesmo período do mês anterior.
No gráfico do acumulado dos 12 meses, pode-se inferir ciclos distintos de crescimento e queda do número de transações, incluindo prováveis fatores que mais estão repercutindo nos investimentos. As mudanças políticas mais recentes sinalizam uma alteração da saúde econômica do país com expectativas positivas quanto ao crescimento dos investimentos.
Operações de porte de R$ 50 milhões até R$ 1,0 bilhão registraram um expressivo crescimento de 56,8%, no primeiro trimestre/17. Nos últimos três anos as operações de pequeno porte - até R$ 49,9 milhões - são maioria. No acumulado do primeiro trimestre/17, verificou-se expressivo crescimento de 56,8%, do número de transações de porte de R$ 50 milhões até R$ 1,0 bilhão, comparativamente ao mesmo período do ano anterior. Por sua vez, as transações de grande porte, maiores de R$ 1,0 bilhão, tiveram queda significativa - 44,4%.
Porte das transações no mês: 62,3% das transações são do porte de até R$ 50 milhões - Das 69 transações apuradas no mês, 43 são de porte até R$ 49,9 milhões - 62,3% do total e responderam por 6,2% do seu valor. No acumulado do ano de 2017, para este mesmo porte de operações, registraram-se 97 transações representando 56,7% do total e 3,2% do valor.
No 1º trim/17, cerca de 2,9% das operações respondem por 47,8% dos montantes envolvidos - No topo da pirâmide foi apurada uma transação neste mês, com porte acima de R$ 1,0 bilhão, representando 1,4% do número de operações e responderam por 19,1% do valor das transações. No acumulado do primeiro trimestre, são 5 transações que correspondem a 2,9% e respondem por 47,8% do valor total das transações.
Queda de 65% do montante das operações em relação ao mês anterior. Quanto aos montantes dos negócios realizados em março de 2017, estima-se o total de R$ 7,2 bilhões, representando uma queda de 65,2% em relação ao mês anterior - considerando Valores Divulgados ( 67,9%) e Não Divulgados/Estimados (32,1%).Comparativamente ao mesmo mês do ano anterior a queda foi de 40,4%
Crescimento de 9,9% dos investimentos no primeiro trimestre de 2017. O valor total dos negócios no primeiro trimestre/17, alcançou R$ 35,0 bilhões, representando um crescimento de 9,9% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Valor médio das transações no primeiro trim/17, teve queda de 6,8%. O valor médio das transações realizadas neste ano alcançou R$ 205,0 milhões, contra R$ 219,9 milhões no mesmo período de 2016, representando uma queda de 6,8%
Investidores estratégicos estão com maior apetite - O maior apetite neste mês ficou por conta dos investidores Estratégicos com 48 operações (69,6%), e responderam por 61,4% dos montantes investidos. No acumulado do ano, os estratégicos, com 119 operações responderam por 69,6% dos negócios e 64,2% dos investimentos. Os Financeiros, por sua vez, realizaram 21 operações no mês e 52 no acumulado do ano de 2017.
Predomínio dos investidores Nacionais no volume de transações. Os investidores de Capital Nacional foram responsáveis por 47 operações - 68,1%, no mês e por 48,4% dos investimentos. Os investidores de Capital Estrangeiro realizaram 22 operações - 31,9%. No acumulado do ano, os Nacionais - 108 operações - responderam por 63,2% do volume de operações e os Estrangeiros por 63 negócios - 36,8%.
Os investidores Estrangeiros responderam por 51,7% dos investimentos realizados no primeiro trimestre de 2017. Estima-se que no mês de março/17, os investimentos estrangeiros representaram 51,6%, com R$ 3,7 bilhões. No acumulado do ano, os investimentos estrangeiros totalizam R$19,9 bilhões, correspondendo a 56,7%. Os investidores nacionais responderam no mês por 48,4% do montante das operações com R$ 15,2 bilhões, e no acumulado do ano por 43,3%.
Por país, os EUA, com 4 operações, foi o maior investidor no mês, representando 18,2% dos investimentos estrangeiros.
Maior transação do mês - A maior transação em mar/17, foi a Brookfield comprando TerraForm, de energia renovável.
“PERCEPÇÕES” DO MERCADO - notícias que se destacaram:
Oferta de ações reaparece como alternativa a empresas. Além de recorrer a fusões e aquisições, as empresas ganharam neste ano uma fonte alternativa de captação de recursos: as ofertas de ações em bolsa de valores. Praticamente paradas desde 2014, essas transações começaram a ressurgir com mais força no começo de 2017. As ofertas de ações de CCR, Lojas Americanas, Movida e Hermes Pardini já movimentaram R$ 7,9 bilhões. O volume caminha para ultrapassar os R$ 10,7 bilhões do ano passado inteiro, já que grandes IPOs (ofertas iniciais de ações, na sigla em inglês), como o do supermercado financeiro XP Investimentos e da varejista Carrefour, ainda devem acontecer. A oferta subsequente da transmissora e geradora de energia Alupar e a estreia da companhia aérea Azul em bolsa também estão em curso. 28/03/2017
Perspectiva de retomada econômica faz mais empresas serem alvo de aquisição. A perspectiva de recuperação da economia brasileira deve movimentar o mercado de fusões e aquisições neste ano. Ninguém arrisca um exercício de futurologia para fazer projeções, mas a percepção de banqueiros de investimento e advogados é que a expectativa de retomada econômica trouxe um ânimo adicional para potenciais compradores. Do lado das companhias, a notícia vem em boa hora, já que para muitas delas a venda de ativos é a única alternativa para reestruturar seus passivos. "Há compradores de grandes grupos estrangeiros e locais que entendem que o Brasil está num ponto de inflexão, e eles estão buscando empresas para comprar", afirma Alessandro Farkuh, diretor de fusões e aquisições do Bradesco BBI. Além da perspectiva de um cenário econômico mais favorável, os compradores de ativos encontram uma oferta bastante extensa de empresas à venda ou em busca de alguém para se unir por causa do elevado grau de endividamento. "Alguns grupos veem a oportunidade de comprar ativos que não vinham a mercado antes”. Diante de problemas de liquidez, é via fusões e aquisições que as empresas estão buscando se reestruturar. "Vendeu, entrou dinheiro, desalavanca rápido, a empresa desafoga, passa a ter um rating melhor, tem mais capacidade de crédito e quando a economia voltar a crescer ela tem mais capacidade de se desenvolver", diz um banqueiro que preferiu não ter seu nome divulgado. "Em última instância, posso dizer que algumas empresas estão dando um passo para trás para poder dar dois ou três para frente." Ainda não concluído, o programa de venda de ativos da Petrobras trouxe ao caixa da companhia R$ 7,23 bilhões no ano passado. Essa foi uma das medidas que permitiram à empresa conseguir em fevereiro uma melhora da classificação de risco pela S&P Global, abrindo espaço para uma redução no custo de empréstimos. Empresas de energia, saúde, educação, óleo e gás, seguro e varejo são alguns dos alvos. A cadeia do agronegócio, ainda bastante concentrada nas mãos de brasileiros, também deve ver mais ativos candidatos à venda. 28/03/2017
SUMÁRIO DOS DESTAQUES DO MÊS - FUSÕES E AQUISIÇÕES
A ordem da relação das transações de Fusões e Aquisições segue a data em que foram divulgadas pela imprensa e/ou postadas no blog fusoesaquisicoes.blogspot.com. e podem ser localizadas nos endereços abaixo.
DESTAQUES DA:
- SEMANA DE 27/mar a 02/abr/17
- SEMANA DE 20 a 26/mar/17
- SEMANA DE 13 a 19/mar/17
- SEMANA DE 06 a 12/mar/17
- SEMANA DE 27/fev a 05/mar/17
DESTAQUES DO MÊS ANTERIOR
• FUSÕES E AQUISIÇÕES: 54 TRANSAÇÕES REALIZADAS EM FEVEREIRO/17
• TI - RADAR de Fusões e Aquisições, em fevereiro/2017
M&A - QUEM, O QUÊ, QUANDO, QUANTO, COMO e POR QUÊ
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