As incertezas em relação ao desempenho da economia brasileira fizeram com que no mês de abril/16, o volume de operações de fusões e aquisições de empresas de Tecnologia da Informação – TI e Telecom, apresentasse queda de 25,0% em relação ao mês de abr/15, bem com uma redução de 23,8%, no acumulado do primeiro quadrimestre de 2016. Em relação ao montante dos investimentos no mês verificou-se uma queda de 88,3% em relação ao mês anterior, e um crescimento de 191% no quadrimestre.
Os segmentos de SOFTWARES, SERVIÇOS DE INTERNET e SERVIÇOS DE TI concentram o maior número de operações no mês.
Quanto ao racional do investimento as operações direcionadas à Escala predominaram.
Transações envolvendo empresas de pequeno porte foram em maior volume.
Em abril os investidores estratégicos foram mais ativos em volume, como também os de capital nacional.
No acumulado do 1º Quadrim/16, o Investidor Estratégico foi o mais ativo. Os Investidores Estrangeiros foram responsáveis por 90,8% dos investimentos no acumulado do quadrimestre. Os EUA foram responsáveis por 27% dos negócios.
O Indicador de Volume de Transações de M&A do mês sinaliza uma queda contínua.
A maior transação no mês foi a Stone Pagamentos adquirindo 100% da Elavon do Brasil. A Stone teria desembolsado R$ 1 para adquirir a Elavon do Brasil e ainda assumido cerca de R$ 300 milhões em patrimônio líquido negativo.
Operações de Fusões e Aquisições de Tecnologia da Informação – TI e Telecom, noticiadas com destaque na imprensa brasileira ao longo do mês corrente As informações deste relatório, elaborado pelo Blog FUSÕES & AQUISIÇÕES (http://fusoesaquisicoes.blogspot.com.br) estão apresentadas em blocos, detalhando as transações por Volumes e Valores, Segmentos, Racional do Investimento, Porte das empresas, Perfil do Investidor, Destaques do mês e Relação das Transações.
ANÁLISE DO MÊS
Principais constatações.
No mês de abril/16 foram realizadas 18 transações, representando uma queda de 25,0% em relação a abr/15 (24 operações) e redução de 10,0% em relação ao mês imediatamente anterior (20 transações). No acumulado do primeiro quadrimestre de 2016,a queda foi de 23,8% comparativamente ao mesmo período de 2015.
No fluxo de transações realizadas, os altos e baixos continuam.
O objetivo do Indicador de Volume de Transações de M&A é sinalizar uma expectativa de tendência, com base na análise do verificado nos períodos semestrais móveis. O período móvel findo em abril/16, mantém o viés de queda.
Os segmentos de maior volume de operações em abr/16, foram os de SOFTWARES, SERVIÇOS DE INTERNET e SERVIÇOS DE TI com 94,4% do total
Na classificação entre os Segmentos de TI no mês de abril, os subsegmentos de Provedores de acesso de SERVIÇOS DE INTERNET e BI, CRM, ERP, HR, SCM,CM,.. (Horizontais App) e de SOFTWARE foram os mais ativo. No acumulado deste ano, SOFTWARE vem liderando o número de transações.
No que tange aos montantes das transações, incluindo as operações que divulgaram os valores (63,7%) e as não divulgadas (estimados) 36,3%, o mês totalizou cerca de R$ 603 milhões, representando uma queda de 88,3% em relação ao mês anterior, e um crescimento de 191% no quadrimestre.
Comparando-se o número de transações do primeiro quadrimestre, por segmentos, compiladas nos últimos três anos, verifica-se crescimento em um segmento e queda em outros seis.
RACIONAL DO INVESTIMENTO
A intenção é distinguir as transações de M&A na área de TI, Telecom e Mídia, em função da Tese de Investimento, ou seja, os conceitos que prevaleceram para a aquisição da empresa-alvo. Na maior parte das vezes a notícia não é muito clara a respeito dos direcionadores de valor que levaram à aquisição. Mesmo assim, procurou-se identificar as premissas sobre o Racional da transação para segregar em 4 grandes grupos, de modo a permitir o entendimento das principais vetores que estão orientando os investidores estratégicos e financeiros.
No período do 1ºQuadrim/16, as operações com o racional do investimento direcionado para Escala prevaleceram - voltadas para ampliar a participação de mercado em alguns segmentos ou geografias. Destaque é a queda significativa do número de transações voltadas para Escopo
(1) Aumentar a atual capacidade ou faturamento; penetrar em novos mercados geográficos
(2) Aumentar ofertas de novos produtos e serviços – expansão/ complemento do mix, ampliar competências
(3)Aumentar market-share, aproveitar sinergias e economias de escala, geralmente entre duas companhias com negócios similares
(4) Empresa brasileira adquire empresa de capital estrangeiro – acesso a mercados globais seja no âmbito do escopo, seja de escala;
PORTE DAS EMPRESAS
O objetivo é proporcionar uma visão das transações classificadas em função do porte das empresas. Utilizou-se o critério adotado pelo BNDES e aplicável a todos os setores para a classificação do porte em função da Receita Bruta anual (informada ou estimada).
Em relação ao porte, os investidores deram preferência para empresas de pequeno porte no presente mês.
• Microempresa <= R$ 2,4 milhões
• Pequena empresa > R$ 2,4 milhões e <= R$ 16 milhões
• Média empresa > R$ 16 milhões e <= R$ 90 milhões
• Média-grande empresa > R$ 90 milhões e <= R$ 300 milhões
• Grande empresa > R$ 300 milhões
PERFIL DO INVESTIDOR
Em relação ao perfil do investidor das 18 operações destacadas, os Investidores Estratégicos foram responsáveis por 16 negócios em abr/16. Desse volume, 12 operações foram realizadas por empresas de capital nacional e 4 de capital estrangeiro. Os investidores financeiros, representados por Fundos de Investimentos realizaram 2 negócios, ambos de capital nacional.
No acumulado do 1º Quadrim/16, o Investidor Estratégico se destaca com maior número de operações - 48. Entre eles sobressai o Investidor Nacional com 32. Já no que tange ao montante das transações, os Investidores Estratégicos representaram 83,9%. Por sua vez, os Investidores Estrangeiros foram responsáveis por 90,8% dos investimentos.
(1) Empresa adquire outra empresa (controladora ou não) relevante do ponto de vista estratégico, a fim de ter acesso a tecnologia, produto ou serviço.
(2) Fundo de Investimento Private Equity; Venture Capital, Angel;
(3) Empresa de capital nacional adquirindo participação em empresa brasileira (controladora ou não).
(4) Fundo de Investimento de capital estrangeiro adquirindo participação em empresa brasileira (controlador ou não).
VALOR MÉDIO
O valor médio das transações nos primeiros quatros meses de 2016, por Segmento de TI, foi de R$ 120 milhões, representando um crescimento de 209% em relação ao mesmo período de 2015. O valor médio de maior crescimento foi o de Serviços de TI, influenciado fortemente pela operação de venda pela CCR da empresa Serviços e Tecnologia de Pagamentos (STP) Sem Parar, para a DBTrans/ Fleetcor.
NACIONALIDADE DOS INVESTIDORES
Em relação à nacionalidade das empresas que estão investindo no Brasil no mês de abr/16, foram registrados 4 operações de países distintos. No acumulado do ano, foram 22 operações com investidores estrangeiros. Os EUA foram responsáveis por 27% dos negócios.
MAIOR TRANSAÇÃO DIVULGADA NO MÊS
As maiores transações neste mês foi a Stone Pagamentos, adquirente de cartões que atua no mercado brasileiro comprou 100% da Elavon do Brasil. A Stone teria desembolsado R$ 1 para adquirir a Elavon do Brasil e ainda assumido cerca de R$ 300 milhões em patrimônio líquido negativo. 4/04/2016
RELAÇÃO DAS TRANSAÇÕES
A relação das transações de Fusões e Aquisições na área de TI, segue a data em que foram divulgadas pela imprensa e compiladas pelo blog fusoesaquisicoes.blogspot.com. Todas podem ser pesquisadas e localizadas no blog.
- RELATÓRIO ANTERIOR: TI - RADAR de Fusões e Aquisições, em abril/2016
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