Próxima de sua conclusão, a união das fornecedoras de tecnologia EMC e Dell vai criar o maior conglomerado do mundo no fornecimento de tecnologia para nuvem e data center e deve pressionar o setor na medida em que as novas soluções convergentes da empresa chegarem ao mercado.
A nova companhia, que atuará sob a marca Dell Technologies é resultado de uma tendência que já engloba todas as grandes fornecedoras de TI: adequar os produtos e serviços à nova onda tecnológica que "sacudiu" o setor: a computação em nuvem e a crescente relevância dos dados nos modelos de negócio.
CEO e fundador da Dell e futuro executivo-chefe da Dell Technologies, Michael Dell explicitou a preocupação durante o congresso global da EMC, realizado na cidade norte-americana de Las Vegas. De acordo com ele, lidar com a quantidade cada vez maior de dados gerados a partir de diversos dispositivos é "o desafio de nossa geração" e o principal fator para a união entre as duas empresas - vale lembrar que o principal negócio da EMC é o fornecimento de tecnologia para storage, ou armazenamento de dados.
A perspectiva apresentada por Dell considera que, em 2031, o número de objetos conectados à rede - sejam eles computadores, celulares, carros ou eletrodomésticos - deve bater os 200 bilhões, frente os cerca de 25 bilhões atuais, gerando um ativo "tão valioso que se torna até difícil entender o que será possível fazer".
Ainda de acordo com Dell, a chamada "terceira revolução industrial" gerada pela internet das coisas vai impactar de maneira significativa o mercado de data centers - que passarão a ser baseados na nuvem e, por consequência, mais baratos. A expectativa do CEO da Dell é que, também em 2031, a capacidade de armazenamento deverá ser mil vezes maior que a vista hoje.
Futuro
Ainda pairam dúvidas sobre como a fusão entre EMC e Dell afetará o consumidor brasileiro, mas a tendência é que empresários tenham acesso à uma nova gama de soluções hiperconvergentes, que combinem diversas funcionalidades em um mesmo equipamento - tal qual alguns produtos adicionados ao portfólio da Dell no final de abril.
Vale lembrar que a empresa de Michael Dell é líder no mercado brasileiro de PCs, com cerca de 18,4% do market share para o consumidor final e 27% do mercado corporativo. Ainda assim, os canais de venda da companhia e os da EMC devem passar por um redesenho no País, assim como o corpo de funcionários das duas empresas. No início do ano, 60 funcionários da fábrica da Dell em Hortolândia (SP) foram demitidos, o que, segundo a empresa, se deu por adequação à economia.
Gigantes
Assim que concluído o negócio de US$ 67 bilhões anunciado em outubro passado, a Dell Technologies - que seguirá como Dell EMC no ramo de storage - terá cerca de 18% do market share global do fornecimento de infraestrutura para data centers e nuvem.
Até que a fusão ocorra de forma definitiva (o que ainda depende de acordo com acionistas da EMC) a líder do segmento segue sendo a HP, com 15,7% do mercado. Para Michael Dell, contudo, a maior rival tomou caminho distinto. "A HP separou o edge [a oferta de novo serviços] do core [a oferta tradicional]. Isso significa reduzir os investimentos. Nós vamos na direção oposta ao combinar nossos ativos com a EMC, unindo recursos para a próxima revolução industrial", disse, em referência ao desmembramento da HP em duas empresas distintas. DCI Leia mais em portal.newsnet 04/05/2016
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04 maio 2016
Fusão entre Dell e EMC pode ditar os caminhos da computação em nuvem
quarta-feira, maio 04, 2016
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Ruy Moura
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