11 abril 2013

Com FedEx, Portlink muda de nome

Grupo americano fecha parceria com a empresa brasileira, com a qual trabalha desde novembro

 Uma das três maiores empresas de transporte aéreo de cargas do mundo, a americana FedEx anuncia, nesta quinta-feira, uma associação com a Portlink Logística Multimodal, de Santa Catarina. É a segunda negociação da FedEx com uma companhia brasileira em menos de um ano, após a compra da Rapidão Cometa, em 2012.

 O acordo com a Portlink não envolveu dinheiro. A empresa brasileira passa a adotar a marca FedEx Trade Networks (FTN), braço de logística do grupo americano. As duas companhias trabalham juntas desde novembro e abriram um escritório no Rio de Janeiro. Como a FTN já tinha uma base em São Paulo, antes da parceria com a Portlink, um terceiro escritório poderá ser anunciado até o fim de 2013. 

O presidente e principal executivo global da FTN, Fred Schardt, afirmou que o acordo não envolve troca de ações, mas ele não descartou essa possibilidade no futuro. "Nesse estágio não há uma troca de ações, mas tudo é possível", disse. Segundo ele, um dos principais benefícios dessa associação, para a FedEx, é a experiência da Portlink no transporte marítimo de cargas para terceiros.

 A Portlink foi fundada em 2004, em Itajaí, por Bruno Erichssen Barbieri e Marcos J. Soares da Silva. É uma das 10 maiores do país no transporte marítimo de cargas, mas sem ter navios (que são subcontratados). Entre seus principais clientes estão fornecedores de peças de grande porte para plataformas marítimas de petróleo e rebocadores da Petrobras.

 "A FedEx pode agora oferecer aos seus clientes toda a cadeia de fornecimento de soluções logísticas e de transportes", disse Schardt. Ele acrescenta que o acordo vai permitir à FedEx acelerar, no Brasil, uma estratégia global em curso, a de ser uma empresa completa de logística e de transporte de cargas multimodal.

 Para os sócios e diretores da Portlink, o ganho está na adoção da marca FedEx e na futura integração com os serviços da FedEx Express e da Rapidão Cometa, que se tornará FedEx em até dois anos. Essa negociação, anunciada em maio de 2012, chamou a atenção pois a Rapidão, em infraestrutura, é muito maior do que a FedEx no Brasil.

 "Teremos acesso a uma rede global de escritórios. Podemos ir agora aos nossos clientes e oferecer ambas as soluções, marítimas e aéreas", afirmou Barbieri. A FTN tem em torno de 140 escritórios no mundo. Tanto os executivos da Portlink quanto Schardt afirmaram que a aliança não envolve ativos, "mas capital humano", pois ambas desenvolvem soluções como desembaraço aduaneiro.

 "O Brasil está entre os 10 maiores mercados para nós. O seu crescimento tem sido excepcional. O país tem potencial para se situar entre os cinco maiores mercados mundiais para a FTN", disse Schardt. Os resultados específicos da FTN não são divulgados. Integram o desempenho da FedEx Express. Os últimos dados disponíveis mostram que a FedEx Express teve receita total de US$ 6,7 bilhões no terceiro trimestre do ano fiscal de 2013, um aumento de 2,4% em relação aos US$ 6,5 bilhões de igual período de 2012. O ano fiscal da FedEx começa em junho e termina em maio. Fonte: Alberto Komatsu / Valor Econômico
Fonte:mundologistica 10/04/2013

11 abril 2013



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